Milagre de eleição nos EUA! Enquanto não sabemos quem é o próximo presidente de lá, o partido democrata do estado de Wincosin conseguiu fazer com que Tim Curry, o mestre que interpreta o memorável Frank-N-Furter no clássico Rocky Horror Picture Show, reencarnasse em seu velho personagem na semana passada para uma recriação do filme inteiro via zoom. Embora não conte com a maior parte do elenco original (além de Curry, só compareceram Nell Campbell – a Columbia – e Barry Bostwick – o Brad), o grande feito desta releitura é tirar Curry da reclusão, uma vez que ele sofreu um derrame em 2012. Mas mesmo com as sequelas do ocorrido e esquecendo alguns trechos, ele ainda mantém o bom humor e a sagacidade, felizmente.
https://www.youtube.com/watch?v=Bn75i_9d3_E&ab_channel=mintox
https://www.youtube.com/watch?v=FF-GNdQ7o-I&t=466s&ab_channel=mintox
https://www.youtube.com/watch?v=oyHloRgUaCE&ab_channel=mintox
https://www.youtube.com/watch?v=Y7_xhnB3UpA&ab_channel=mintox
https://www.youtube.com/watch?v=5sGFEeK9sHg&ab_channel=mintox
https://www.youtube.com/watch?v=kpuE010tpa8&ab_channel=mintox
https://www.youtube.com/watch?v=jmwQ8RHO-j8&ab_channel=mintox
Além dos atores do elenco original, a recriação do clássico de 1975 ainda contou com novatos no elenco como Lance Bass, Rosario Dawson, Jason George, Seth Green, Jason Alexander, Colleen Ballinger, David Arquette e Taylor Schilling, além de apresentações musicais de Bob Weir, Peppermint, Dresdeb Dolls, entre outros.
O grupo Tenacious D do ator Jack Black aproveita as eleições nos EUA para ressuscitar “Time Warp”, um dos grandes hits do musical cult Rocky Horror Picture Show – e esta versão, feita para incitar os eleitores norte-americanos ao voto à presidência, contou com uma série de participações especiais, do humorista Eric Andre à senadora Elizabeth Warren, passando pelos atores Michael Peña, Sarah Silverman, George Takei, Susan Sarandon, Jamie Lee Curtis, o diretor John Waters, os músicos Reggie Watts, Peaches, Phoebe Bridgers e Karen O, entre outros.
Na primeira sessão do Cine Doppelgänger de 2019, eu e a Joyce Pais, do site Cinemascope, discutiremos dois clássicos sobre homens que vestem roupa de mulher – Quanto Mais Quente Melhor, de 1959, com Tony Curtis, Jack Lemmon e Marilyn Monroe, e The Rocky Horror Picture Show, de 1975, com Tim Curry – e explicamos como eles impactaram na sociedade de seus tempos. A sessão De Salto Alto acontece neste sábado, a partir das 14h, de graça, na Casa Guilherme de Almeida (mais informações aqui) – e as inscrições podem ser feitas aqui.
É com imensa satisfação que apresentamos, eu e a Joyce Pais do Cinemascope, a segunda temporada do Cine Doppelgänger, série de debates sobre cinema que apresentamos desde o meio de 2018 na Casa Guilherme de Almeida, em São Paulo. E a segunda temporada vem com grandes novidades – a primeira delas é que não vamos mais exibir os dois filmes na íntegra, deixando mais tempo para o debate sobre as duas películas que escolhemos para comparar diferentes aspectos de títulos conhecidos e desconhecidos do público que, aos poucos, vai sendo formado aos sábados. Por isso, a partir do dia 19 de janeiro começamos a dissecar duas produções por sábado em quatro horas de conversa, mostrando cenas dos filmes, entrevistas, comentários e ensaios sobre a dupla que escolhemos para cada sessão. E nessa segunda temporada tem de tudo: do Bandido da Luz Vermelha a Quanto Mais Quente Melhor, passando por filmes de Almodóvar, Godard, John Waters, Karim Aïnouz, Orson Welles, João Moreira Salles, Russ Meyer, Jim Jarmusch e mais. Comentamos a nova temporada no vídeo abaixo e você pode confirmar a presença na primeira edição aqui (além de confirmar presença no evento que criamos no Facebook). O melhor é que é de graça.
19 de janeiro: De Salto Alto
Dois clássicos extravagantes de épocas diferentes contam com protagonistas masculinos que, por diferentes motivos, usam roupas femininas. Como a imagem feminina mudou ao olhar masculino entre a deliciosa fuga de Tony Curtis e Jack Lemmon ao lado de Marilyn Monroe em Quanto mais quente melhor (1959), de Billy Wilder, e o universo kitsch do clássico cult de Jim Sharman, em The Rocky Horror Picture Show (1975)?
23 de fevereiro: O Comum Bizarro
Russ Meyer e John Waters são autores associados a filmes de baixo orçamento com personalidades extravagantes, mas a partir de suas obras mais icônicas, Faster, Pussycat! Kill! Kill! (1965) e Pink Flamingos (1972), é possível ver seu apreço pelo ordinário e pela vida simplória.
23 de março: Uma Pequena Sociedade
Enfoques diferentes sobre como o ambiente escolar influencia a socialização dos jovens: enquanto o francês Entre os Muros da Escola (2006), dirigido por Laurent Cantet, mostra como a sala de aula apenas reflete o que acontece fora dela, o espanhol Má Educação (2004), dirigido por Pedro Almodóvar, investiga esta influência além da questão curricular.
13 de abril: o meio é a mensagem
Dois marcos do cinema, a obra-prima que inaugura o cinema moderno, Cidadão Kane (1941), de Orson Welles, e o ápice do cinema marginal, O Bandido da Luz Vermelha (1968), de Rogério Sganzerla, contam histórias de protagonistas inspirados em personalidades reais a partir de como suas vidas foram retratadas pelas principais mídias de seu tempo.
18 de maio: Aquele Maio
Duas testemunhas diferentes do histórico maio de 1968 em Paris contam suas histórias: o documentarista brasileiro João Moreira Salles revê sua infância e família à luz daqueles acontecimentos no excelente No Intenso Agora (2017), enquanto um dos principais protagonistas daquela época, o cineasta francês Jean-Luc Godard, registra os acontecimentos em tempo real em seu Tudo Vai Bem (1972).
15 de junho: Deserto Interior
Duas jornadas para dentro de existências solitárias, o O Céu de Suely (2006), do diretor cearense Karim Aïnouz, e Homem Morto (1995), dirigido pelo norte-americano Jim Jarmusch, exprimem o sentimento de distância da realidade a partir de locais ermos do nordeste brasileiro e do faroeste dos EUA.