Rico Dalasam chegou onde queria

, por Alexandre Matias

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Lembro quando convidei Rico Dalasam para uma temporada no Centro da Terra e ele me explicou que queria sair de onde estava se vendo preso, entre a pista de dança e a bateção de cabelo. Acompanhado de seu maestro, o tecladista Dinho Souza, ele apresentou quatro edições do show Elefantes, Mantras e Trava-Línguas, em que apresentava-se sobre beats eletrônicos, acompanhado de teclados e guitarras, a cargo de Moisés Guimarães, além de usar efeitos em sua voz. Deixava o hip hop e a dance music num segundo plano para abraçar o R&B em composições ousadas, que acompanharam nestes últimos anos, reconstruindo sua reputação para um lugar intimista, melancólico e quase sempre solitário. O novo EP Dolores Dala Guardião do Alívio, que além de Dinho também traz produções de Mahal Pita, ex-BaianaSsytem e parceiro de Giovani Cidreira na dupla Mano Mago, mostra o rapper concluindo esta transformação e achando um lugar próprio na música brasileira hoje.

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