Imagens do backstage de um dos primeiros clássicos do Richard Linklater, um dos meus cineastas favoritos, separadas pela Criterion.
Vamos, claro, de Radiohead, desta vez misturado com A Scanner Darkly – bem adequado…
Waking Life – O Despertar da Vida (Waking Life, 2001, EUA). Dir: Richard Linklater. Elenco: Wiley Wiggins. 99 min. Por que ver: Linklater resume sua filmografia em um filme cabeça sobre o sentido da vida e a relação entre sonhos e a vida desperta – tradução apropriada para seu título. O jovem diretor trabalha entre filmes sérios sobre a sensação de estar vivo (a dobradinha Antes do Amanhecer/Antes do Por-do-Sol, sua obra-prima até então) e comédias adolescentes sobre a mesma sensação (Escola do Rock, Jovens Loucos e Rebeldes) e já havia encontrado um equilíbrio entre as duas metades em seu primeiro filme, o cult Slacker (1991). Mas em Waking Life ele vai além e encontra um jovem preso em um sonho em que todas as pessoas conversam entre si ou com ele sobre o sentido da vida, as relações entre as pessoas e a natureza da realidade. Cada diálogo ou monólogo tem o traço de animadores diferentes, uma vez em que foi usada a técnica da rotoscopia – desenhar sobre imagens pré-existentes – como estética do filme. Os atores estiveram lá e foram filmados em mini-DV por Linklater, mas ganham cores, traços e deformações típicas de desenhos animados feitos em um software caseiro, o propositalmente tosco Rotoshop. Fique atento: Além da sensação alucinógena causada pelo movimento e pelas cores do desenho, todo o texto do filme contribui para sua conclusão final – não é o que está acontecendo que importa, mas como. Não é o destino, mas a viagem.