Um dos nomes mais ativos da cena pós-punk paulistana dos anos 80, Thomas Pappon foi guitarrista do Fellini, baterista do Smack e dos Voluntários da Pátria, além de diretor artístico da gravadora Stilleto e produtor dos discos de estreia de bandas como Pin Ups e Black Future. Mas é no grupo The Gilbertos, projeto solo que assume formações diferentes à medida em que o tempo passa, em que ele consegue lapidar aquilo que mais gosta de fazer: compor canções. A cada fase, o grupo de um homem só, que já tem quatro discos lançados, assume musicalidade e estética diferentes, de acordo com o astral de seu autor e tenho a enorme satisfação de trazê-lo para palco do Centro da Terra nesta terça-feira (mais informações aqui), onde apresenta diferentes fases do repertório da banda ao lado do baixista Ricardo Salvagni e do baterista Lauro Lellis, ambos com passagens por diferentes fases de sua principal banda, o Fellini. Em mais um de seus raros shows – é o sexto na história da banda -, Pappon promete um show pesado com ênfase no rock progressivo alemão e no glam rock, duas de suas maiores paixões. Bati um papo com ele sobre o que nos aguarda nesta noite de terça.
Então aumenta o som…
Gang do Eletro – “Velocidade do Eletro”
Justin Timberlake – “Suit & Tie (Four Tet Remix)”
Fellini – “Rock Europeu (Pedro Zopelar + Ricardo Salvagni Remix)”
Phoenix – “Trying to Be Cool”
Melody’s Echo Chamber – “Some Time Alone, Alone”
My Bloody Valentine – “A New You”
Tame Impala – “Mind Mischief (The Field Remix)”
Memory Tapes – “Let Me Be”
Snoop Lion – “Here Comes the King”
A Cor do Som – “Razão”
Grupo Cravo e Canela – “Se Ganho na Loteca”
Sambanzo – “Capadócia”
Tulipa Ruiz – “A Ordem das Árvores”
Ween – “Freedom of ’76”
Yo La Tengo – “Decora”
Kendrick Lamar – “Bitch, Don’t Kill My Vibe”
Ricardo Salvagni, um dos integrantes originais do grupo paulistano Fellini, está revisitando sua obra em remixes ao lado de Pedro Zopelar – e eles estão sendo expostos em seu Soundcloud. As revisitas trazem o som do grupo para o século 21 sem perder aquele ar de underground brasileiro pré-Collor – e assim, o hit “Rock Europeu”, exemplo abaixo, perde velocidade para assumir um parentesco dos momentos mais eletrônicos do Cure. Bem bom.