Incal: O filme

Nos anos 80, o produtor de animação Pascal Blais reuniu alguns nomes da revista Heavy Metal para trazer para a telona a obra máxima de Moebius e Jodorowsky – O Incal. Mas só sobraram alguns trechos desses filmes, pra contar a história…

Vi no Cruz.

A importância de Steve Jobs

Conversei com o Cruz nessa quinta-feira sobre a saída de Steve Jobs do principal cargo da Apple. Não riam da cara que eu estou fazendo no printscreen do vídeo, não foi de propósito (hehe).

A volta da bolha

Escrevi na capa do Link de hoje, sobre as especulações do mercado digital nos EUA e uma possível formação de uma nova bolha. Além do meu texto abaixo, vale conferir as opiniões do Renato Cruz (que acha que vai ter bolha) e do Pedro Doria (que acha que não) no site do Link. Também recomendo dar uma olhada no Personal Nerd que a Carla e o Murilo fizeram para explicar o que foi a bolha de 1999. E a ilustra abaixo, que veio deixo a capa de um caderno de cultura digital com cara de anos 50, é do Farrell.

Prova de fogo
Anúncios de abertura de capital podem inflar uma nova bolha, como a de 1999

No início da retrospectiva de 2010 do Link, escolhemos o crescimento global do Facebook como um dos principais acontecimentos do ano passado. E, na matéria da capa da edição de 5 de dezembro, a repórter Carla Peralva entrevistou o autor do livro O Efeito Facebook (ed. Intrínseca), David Kirkpatrick. E, ao comentar como seria 2011 para a maior rede social do mundo, ele não pestanejou: “De onde veio o botão ‘Curtir’ vem muito mais. Especula-se que, quando o Facebook lançar suas ações na bolsa, a capitalização será tão alta que ele poderá ser a primeira empresa de um trilhão de dólares”.

Um trilhão de dólares? Nenhuma empresa na história chegou nem sequer à metade deste valor. No dia que estávamos fechando esta matéria, fui conversar com o repórter de economia Renato Cruz, que arregalou os olhos e foi consultar sua base de dados. US$ 419,4 bilhões é o preço da empresa mais valiosa do mundo, a Exxon. Cruz perguntou quem havia falado este valor, desconfiado, e ao quando disse quem era o autor – Kirkpatrick trabalhou por anos na revista Forbes –, ficou claro que não era só sensacionalismo.

Quando 2011 começou, veio uma série de notícias mostrando que, sim, havia uma expectativa muito grande em relação ao aumento de investimentos em empresas digitais – não só o Facebook. Embora a própria rede de Mark Zuckerberg tenha aberto o ano das especulações, ao ser valorizada, no primeiro dia útil do ano, em US$ 50 bilhões.

Não parou por aí. Janeiro ainda viu a rede social profissional Linkedin anunciar que abriria capital na bolsa norte-americana e viu seu preço subir para US$ 175 milhões. Analistas avaliaram o Foursquare, uma rede social há menos de dois anos em US$ 250 milhões. O site de compras coletivas Groupon, que quase foi comprado pelo Google no fim de 2010 por US$ 6 bilhões, estaria valendo US$ 15 bilhões. O Twitter dobrou de valor em menos de dois meses (de US$ 3,7 bi passou a valer entre US$ 8 bi e US$ 10 bi). Fevereiro viu a empresa de games sociais Zynga ser avaliada em US$ 10 bi e o blog Huffington Post ser vendido para a America Online por US$ 315 milhões. É muito dinheiro.

A última vez que se viu tanto dinheiro assim entrar no mercado de empresas digitais foi no final do século passado, quando os negócios da web passaram por seu primeiro grande trauma: a famigerada bolha de 1999 (veja mais no Personal Nerd ao lado). Será que este monte de dinheiro sendo injetado de forma tão rápida não seria indício que estaríamos assistindo a uma nova bolha se formando?

A bolha da web 2.0 é uma bola que vem sendo cantada desde os tempos em que o MySpace era uma rede social importante. Mas no início do mês, o ainda CEO do Google, Eric Schmidt (que deixará o cargo no próximo mês de abril), disse em entrevista a uma revista suíça que “há claros indícios de formação de uma bolha.”

Há quem discorde. Mas se lembrarmos que no início deste ano empresas como Netflix, Pandora e Zipcar viram seus valores aumentarem inesperadamente pelo simples anúncio de abertura de capital. E nomes grandes como Facebook, Linkedin, Twitter, Skype, Groupon e Zynga ainda estão para se tornar empresas públicas, não duvide que muito mais dinheiro será entornado neste ano. É a prova de fogo para o mercado digital. Se ele sobreviver a esta possível formação de bolha, aí sim estaremos em uma nova fase.

A internet e o cérebro


Ilustração: Hljod.Huskona

Rebatendo o tema do novo livro do Nicholas Carr, que diz que a internet está nos tornando mais distraídos, o professor de psicologia de Harvard Steve Pinker rebate:

“Os novos meios tornaram-se populares por um motivo. O conhecimento cresce exponencialmente; a capacidade do cérebro humano e as horas que as pessoas permanecem acordadas não. Felizmente, a internet e as tecnologias da informação nos ajudam a administrar, buscar e recuperar nossa produção intelectual coletiva em diferente escalas, do Twitter e dos pequenos vídeos aos livros eletrônicos e enciclopédias online. No lugar de nos fazer estúpidos, essas tecnologias são as únicas coisas que vão nos manter inteligentes”

Vi no Renato Cruz.

O fim de Lost por Renato Cruz

Estava desde domingo evitando spoilers (revelações sobre detalhes importantes da história) no Twitter e nos blogs que eu acompanho. Cheguei a ler várias vezes a palavra decepção, mas parava por aí.

Enquanto via o último capítulo de Lost, agora há pouco, lembrei de uma entrevista do cineasta David Lynch sobre o seriado Twin Peaks: por ele, o agente Dale Cooper nunca descobriria quem matou Laura Palmer. A emissora acabou obrigando os produtores a eleger um assassino na segunda temporada, e o interesse pela série acabou.

Eu achava que gostava mais da parte de ficção científica de Lost que da parte mística. (Se você é o único que ainda não assistiu, melhor parar por aqui.) Pois é. Não existia ficção científica. Estava todo mundo morto desde o começo. Não foi por falta de aviso do Richard Alpert. Essa teoria, que se confirmou, surgiu na internet logo após os primeiros episódios, e foi negada várias vezes pelos produtores.

Por isso tantos acontecimentos desafiavam a física, a lógica e a continuidade. Daniel Faraday, afinal, não passava de um pianista mimado. Como a ação do último episódio girou em torno de uma rolha, o principal foram os momentos idílicos e proustianos. Momentos equivalentes à irregularidade no piso que fez Marcel pensar, no livro O Tempo Redescoberto, sobre como todas aquelas pessoas importantes na sua vida, que pareciam pequenas no espaço, eram gigantes no tempo.

No final, não importa qual seja o grande tema de Lost – redenção? As perguntas não foram respondidas porque não tinham resposta. Encontrar o assassino mata a série. O último episódio serviu para destacar que o importante é a jornada. E mostrar como todos aqueles personagens acabaram se tornando gigantes, por todas as horas dedicadas a eles, durante seis temporadas, na minha e na sua vida.

* Renato publicou este texto em seu blog.

O segundo dia do Link na Cultura

Continua o Encontros Estadão & Cultura, primeiro evento do jornal na livraria e cuja pauta são os temas do Link. Ontem o papo sobre política e internet rendeu bem e hoje a conversa é sobre tecnologia e negócios e o Renato Cruz, repórter do caderno de economia do jornal, media uma conversa sobre as vantagens e as dificuldade de começar a trabalhar com uma empresa de tecnologia no Brasil. Na mesa sentam-se o Romero Rodrigues do Buscapé, o criador de um dos primeiros provedores de internet do Brasil Aleksandar Mandic; Marcelo Romeiro da Rio Bravo e Gustavo Morale da Hotwords. O papo começa às 12h30 ali no auditório da unidade da Cultura no Conjunto Nacional e a entrada é gratuita.

Se a volta de Indiana Jones não valeu…

Tentemos a adaptação do quadrinho proto-steampunk Les Aventures Extraordinaires d’Adèle Blanc-Sec, de Jacques Tardi, para o cinema. Cortesia de Luc Besson.

Dica do Cruz.

“Pelos poderes de Greyskull”

E essa exposição inteirinha dedicada ao He Man que rolou em Los Angeles?

Vi lá no blog do Cruz.