Numa rua em Berkeley, Califórnia, o epicentro da contracultura nos anos 1960 e 1970, eu achei o que poderia muito bem ter sido o local de nascimento do fenômeno.
Do lado de fora do que já foi uma loja de discos chamada Leopold’s Records, o ex-cientista de computação Lee Felsenstein me disse como, em 1973, ele e outros colegas colocaram um computador na loja, perto do mural de recados de músicos.
Eles haviam convidado as pessoas que passavam, em geral estudantes da Universidade da Califórnia, Berkeley, para entrar e digitar uma mensagem no computador.
À época, era a primeira vez que alguém que não estudasse temas científicos foi convidada a se aproximar de um computador.
“Achamos que haveria uma resistência considerável à invasão de computadores no que, segundo pensávamos, era território da contracultura”, explicou Felsenstein.
“Estávamos errados. As pessoas subiam as escadas, e tínhamos alguns segundos para lhes dizer, ‘você gostaria de usar o nosso mural de recados eletrônico, estamos usando um computador.’
“E com a palavra computador os olhos deles se abriam, brilhavam, e eles diziam: ‘uau, posso usá-lo’?”
Logo a máquina estava sendo preenchida por mensagens, que iam de um poeta promovendo seus versos e músicos oferecendo serviços a discussões sobre o melhor local para comprar pães.
O projeto, chamado Memória da Comunidade, sobreviveu por mais de uma década, instalando outros computadores na região de São Francisco. Mas só foi nos anos 1980 que um número considerável de pessoas aderiu à vida online.
Dica (antiiiiga) da Tati.
• Quem está aí? • “O Orkut perdeu o pé” • Personal Nerd: Cara a cara • Mobile World Congress: Mundo móvel • WikiLeaks à brasileira: Vazamento por via direta • Social Media Week: Quase social • O que há por trás do acordo entre Nokia e Microsoft• Servidor • Vida Digital: Jane McGonigal, designer de jogos •
• O ano do Feice • ‘Google não lançará uma rede social’ • O nascimento de uma nação • O ano em que o direito autoral foi a debate • O que o Google quer ao comprar um site de compras coletivas • O ano 10 • Domicílios voltam a ser o principal local de acesso • Mais polêmica, MySpace, Google, Zip… • Vida Digital: Bruce Sterling •
• Orkut na puberdade • Amigos, amigos… • Personal Nerd: O país do Orkut • Paypal no Brasil • Vem aí mais um produto Apple: será que é o golpe contra a TV? • Gameoverdose • Clube do jogo • Samsung, Blockbuster, iPhone 4 e Google • O homem-linux vem para cá • Vida Digital: Jason Sigal, do Free Music Archive •
• Novo léxico • A vida das palavras • Braulio Tavares: Espalha como vírus, caduca feito disquete • Personal Nerd: 404 not found • Facebook: as cifras, o filme e os Simpsons • Servidor: File, Kinect, e-books e ProEvolution Soccer • Navegar impreciso: Orkut só segue soberano no Brasil – mas até quando? • Vida Digital: Kevin Macdonald •
O clipe do Beavis & Butthead foi cortesia do Lucio, que lembrou do trecho ao linkar o trailer final do filme sobre o Facebook, The Social Network, que tem o primeiro hit do Radiohead como trilha sonora. O filme teve como base o livro Accidental Billionaires, uma biografia não-autorizada sobre a criação do site, que deve ser lançado no Brasil em breve (e que, er, foi traduzido por mim :P). Não custa lembrar que hoje foi o dia em que a rede social chegou ao meio bilhão de perfis online.