Fui convidado para entrevistar o Otto no Seminário sobre Jornalismo Cultural que o Espaço Cult realiza desde ontem. Falamos sobre crítica musical numa entrevista em que convido os alunos a entrevistar comigo o percussionista pernambucano num evento que ainda teve participações do Marcos Augusto Gonçalves (o editor do caderno Ilustríssima), o Otavio Frias Filho (diretor de redação da Folha de S. Paulo), o Wellington Andrade (professor da Cásper Líbero), a Raquel Cozer (repórter que cobre literatura na Ilustrada), Isabela Boscov (crítica de cinema da Veja) e Giselle Beiguelman (editora-chefe da revista Select). O papo com o Otto começa às 14h30 e vai até às 16h. Mais informações no site do Espaço Cult.
O vocalista do Decemberists, Colin Meloy, e sua esposa, a ilustradora Carson Ellis, resolveram contar a história de uma Alice à americana, trazendo para a literatura infanto-juvenil o mesmo sabor de interior dos EUA que a banda de Meloy carrega. O resultado é Wildwood, e eis o trailer do livro abaixo, implorando pra virar animação.
Todo mundo já sabe que a mesa de Crumb e Shelton na Flip foi uma piada sem graça com momentos de vergonha alheia. Assisti a menos que dois minutos da transmissão online – que eu nem sabia que ia rolar – e desliguei quando o assunto descambou pra história da vida sexual do casal Crumb. TMI, nobody deserves.
Mas a vinda do pai do quadrinho underground americano ao Brasil ao menos proporcionou bons momentos, como esse encontro de Crumb com Rafael Coutinho, mediado pela Mona Dorf:
Ontem joguei aqui algumas frases ditas por Crumb durante a entrevista, e o post foi linkado num blog que chamava para o que seria um ”show de grosserias e mau humor” do cartunista. Daí reli e pensei que talvez, fora de contexto, pudesse sim ter essa leitura. Mas não é assim. Crumb é muito menos ranzinza do que parece. Ou melhor, ele reclama mesmo de tudo, mas está longe de ser grosseiro. Ele se sente sufocado com o assédio, é fato, detesta ser fotografado como se fosse galã e reage quase como criança. Ele é, como definiu Aline, “um cara doce”. O que não significa que não seja também um bocado debochado.
• New, restored high-definition digital transfer • 2010 audio commentary with Zwigoff • 2006 with Zwigoff and critic Roger Ebert • Outtakes and deleted scenes • Stills gallery • A booklet featuring an essay by critic Jonathan Rosenbaum
Aliás, se você não sabe nada sobre Crumb e não entende porque esse velho magrelo é tratado – com razão – como um deus, o documentário do Zwigoff é a melhor introdução ao tema.
Eis o trailer do próximo livro de Thomas Pynchon, Inherent Vice, que teoricamente é narrado pelo próprio Pynchon – o último escritor recluso (ainda depois que Salinger morreu, Rubem saiu de casa por um rabo de saia e Dalton apareceu num livro de outra pessoa). Mas como a Raq bem notou, Pynchon soa muito parecido com um velho conhecido nosso…