Fui convidado para entrevistar o Otto no Seminário sobre Jornalismo Cultural que o Espaço Cult realiza desde ontem. Falamos sobre crítica musical numa entrevista em que convido os alunos a entrevistar comigo o percussionista pernambucano num evento que ainda teve participações do Marcos Augusto Gonçalves (o editor do caderno Ilustríssima), o Otavio Frias Filho (diretor de redação da Folha de S. Paulo), o Wellington Andrade (professor da Cásper Líbero), a Raquel Cozer (repórter que cobre literatura na Ilustrada), Isabela Boscov (crítica de cinema da Veja) e Giselle Beiguelman (editora-chefe da revista Select). O papo com o Otto começa às 14h30 e vai até às 16h. Mais informações no site do Espaço Cult.
O vocalista do Decemberists, Colin Meloy, e sua esposa, a ilustradora Carson Ellis, resolveram contar a história de uma Alice à americana, trazendo para a literatura infanto-juvenil o mesmo sabor de interior dos EUA que a banda de Meloy carrega. O resultado é Wildwood, e eis o trailer do livro abaixo, implorando pra virar animação.
Vi no blog da Raq.
Raq e Gaía tuitaram juntas, nem precisei abrir o jornal: Cut Copy toca em São Paulo no dia 10 de junho, segundo Monica Bergamo. Nice.
Foto: Tasso Marcelo, via Jotabê
Todo mundo já sabe que a mesa de Crumb e Shelton na Flip foi uma piada sem graça com momentos de vergonha alheia. Assisti a menos que dois minutos da transmissão online – que eu nem sabia que ia rolar – e desliguei quando o assunto descambou pra história da vida sexual do casal Crumb. TMI, nobody deserves.
Mas a vinda do pai do quadrinho underground americano ao Brasil ao menos proporcionou bons momentos, como esse encontro de Crumb com Rafael Coutinho, mediado pela Mona Dorf:
E a própria mesa realizada em São Paulo, longe da redoma de literatura-cosplay que é a Flip, foi bem melhor do que a participação oficial, pelo que consta:
Sua visita ainda valeu uma ida de Crumb à loja de discos, devidamente stalkeada pelo Mac, e um ótimo papo de comadre da Raq com as esposas dos dois visitantes, Aline e Lora. E a própria Raq ajuda a tirar a aura de grosso e inconveniente que parece ter grudado à personalidade do sujeito :
Ontem joguei aqui algumas frases ditas por Crumb durante a entrevista, e o post foi linkado num blog que chamava para o que seria um ”show de grosserias e mau humor” do cartunista. Daí reli e pensei que talvez, fora de contexto, pudesse sim ter essa leitura. Mas não é assim. Crumb é muito menos ranzinza do que parece. Ou melhor, ele reclama mesmo de tudo, mas está longe de ser grosseiro. Ele se sente sufocado com o assédio, é fato, detesta ser fotografado como se fosse galã e reage quase como criança. Ele é, como definiu Aline, “um cara doce”. O que não significa que não seja também um bocado debochado.
Se alguém tiver mais dúvida, dá uma sacada no documentário que leva seu sobrenome, que está sendo relançado agorinha mesmo, em reedição da Criterion, com os seguintes extras:
• New, restored high-definition digital transfer
• 2010 audio commentary with Zwigoff
• 2006 with Zwigoff and critic Roger Ebert
• Outtakes and deleted scenes
• Stills gallery
• A booklet featuring an essay by critic Jonathan Rosenbaum
Aliás, se você não sabe nada sobre Crumb e não entende porque esse velho magrelo é tratado – com razão – como um deus, o documentário do Zwigoff é a melhor introdução ao tema.
Eis o trailer do próximo livro de Thomas Pynchon, Inherent Vice, que teoricamente é narrado pelo próprio Pynchon – o último escritor recluso (ainda depois que Salinger morreu, Rubem saiu de casa por um rabo de saia e Dalton apareceu num livro de outra pessoa). Mas como a Raq bem notou, Pynchon soa muito parecido com um velho conhecido nosso…
Não entendeu? É arte. Raq explica.
Roubei da Raq, que, além de também estar no Estadão (mais boas notícias vêm por aí), tá com esse blog novo sobre livros fodaço – favorite.