Vida Fodona #100: 2 anos, 100 programas

É issaê. Depois eu ponho vocal. Se liga:

– “Brasil Racional” – Tim Maia
– “Navajo” – Black Lips
– “Big Ideas” – LCD Soundsystem
– “I Get Around (Midnight Juggernauts Remix)” – Dragonette
– “Heart of Hearts (The Brothers Mix)” – !!!
– “Standing in the Way of Connection” – A+D
– “Time to Pretend” – MGMT
– “Brainy” – The National
– “Let’s Dance to Joy Division” – Wombats
– “Run” – Gnarls Barkley
– “1 2 3 4 (Vanshe Technologic Remix)” – Feist
– “Hot as Ice” – Britney Spears
– “Sensual Seduction (Instrumental)” – Snoop Doggy Dogg
– “Wild Thing” – Troggs
– “Minuit Jacuzzi (DatA Remix)” – Tepr
– “Tenderoni (MSTRKRFT Remix)” – Chromeo
– “Out at the Pictures” – Hot Chip
– “Solitária” – Violins
– “Keep Cooler” – Nancy
– “Paranoid Android” – Vítor Araújo
– “Tchubaruba” – Mallu Magalhães
– “Like Dylan in the Movies” – Belle & Sebastian
– “The Levee’s Gonna Break” – Bob Dylan

THE MOST GIGANTIC LYING HOAX OF ALL TIME

radioheadinrainbows.jpg

Durante o fim de semana, o Radiohead instalou um relógio com uma contagem regressiva para o lançamento de seu novo álbum, num site que teoricamente anunciaria o sétimo disco da banda. Um rápido auê durante o finde e logo um monte de gente começou a desmentir a banda – inclusive ela mesma, que disse que o site em questão não tinha nada a ver com eles. Logo depois, o cronômetro apareceria zerado e em seu lugar, uma janela em vídeo começa a iniciar uma transmissão sob o título que batiza este post (O MAIS GIGANTE E MENTIROSO BOATO DE TODOS OS TEMPOS) e, em seguida, a página recarregava para um vídeo do Rick Astley mandando o hit “Never Gonna Give You Up” no YouTube.

Aí você abre o blog da banda no site oficial é eis o que temos, com a data desta segunda (já é segunda, na Inglaterra):

Hello everyone.

Well, the new album is finished, and it’s coming out in 10 days;

We’ve called it In Rainbows.

Love from us all.
Jonny

Detalhe: o link do In Rainbows acima redireciona para o site oficial do grupo. Que, por sua vez, redireciona para o site In Rainbows.com, que anuncia:

radioheadinrainbows-1.jpg

Mais um clique e temos uma tela para encomendar o disco.

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Num FAQ, eles dizem que vão fazer a entrega do disco antes do dia 3 de dezembro, em todo o planeta e que trabalham com todos os cartões. Olha o bicho aí:

radioheadinrainbows-disco.jpg

E esse é o tracklist:

CD 1 AND VINYL
15 STEP
BODYSNATCHERS
NUDE
WEIRD FISHES/ARPEGGI
ALL I NEED
FAUST ARP
RECKONER
HOUSE OF CARDS
JIGSAW FALLING INTO PLACE
VIDEOTAPE

CD 2 AND VINYL
MK 1
DOWN IS THE NEW UP
GO SLOWLY
MK 2
LAST FLOWERS
UP ON THE LADDER
BANGERS AND MASH
4 MINUTE WARNING

Detalhe: clique para comprar o disco e o custo dele é de £ 40,00. Clica para comprar só o download e…

radioheadinrainbows-download.JPG

Zero libras? Estranhou? Tem um ponto de interrogação ali. Sublinhado, tipo um link. Passe o mouse por cima dele e olha o link que ele indica…

radioheadinrainbows-itsuptoyou.JPG

“It’s up to you”. Tipo “você que sabe”.

Será que os caras tão dispostos a, mais uma vez, reescrever a história da música online – se uma vez, vazaram um disco “sem querer” (com Kid A), agora estão perguntando pros fãs quanto eles pagariam apenas no download de um disco.

Isso se não for pegadinha, claro.

Mas eles disseram que o site http://radioheadlp7.com/ (o da contagem regressiva) não era deles e que não tinha nada a ver com a banda. Mas basta clicar nele para cair no site do disco novo.

Ou será que In Rainbows não é o disco novo?

Ou será que eles vão fugir com o dinheiro de todo mundo?

Depois dessa, boa semana…

Kid A – Radiohead

Senão me engano, essa resenha saiu no Correio Popular em pleno ano 2000, mas a Ana do Whiplash pediu pra republicar e graças a isso, consegui resgatá-la…

***

kida

Como as décadas finais de pelo menos dois séculos anteriores, os anos 1990 foram marcados por uma retrospectiva dos 90 anos anteriores, aglutinando em células compactas de conhecimento tudo aquilo que a centena de anos completa ao final da década quis dizer pausadamente. Mas a década que encerrou-se no final do ano passado foi caracterizada por outros sabores: a ironia e o excesso de informação. Associadas, estas duas qualidades despem a grande verdade sobre a sociedade capitalista às vésperas do novo milênio, um paradoxo em escala planetária que nos emburrece à medida que mais aprendemos. O saber está no ar, mas ninguém está interessado em mostrar como usá-lo.

Na música pop, estas características foram detectadas pela primeira vez pelo U2. Embora ecos destas qualidades já viessem cantando os 1990 por caminhos alternativos na década anterior (como os discos Paul’s Boutique, dos Beastie Boys; Pills’n’Thrills and Bellyaches, dos Happy Mondays; e Into the Dragon, do Bomb the Bass), foi apenas com Achtung Baby que elas se encontraram com o teor que filtrou a década. Ali estão a paixão pelo virtual frente à realidade (“Even Better than the Real Thing”), referências à história do rock (“Who’s Gonna Ride Your Wild Horses?”, “One”), paranóia (“The Fly”) e um misto de expectativa com esperança (“Zoo Station”). “Você? Você estava falando do fim do mundo”, debochava Bono enquanto mudava radicalmente o visual de sua banda, abandonando a pose de sacerdotes do rock e entrando num terreno estranho à sua antiga religião: a música eletrônica, um carnaval de ritmos e cores fundido com o preto e branco ríspido do fotógrafo Anton Corbijn. O disco de 1991, no entanto, não funcionava sozinho. Vinha acompanhado de uma extensa turnê dividida em três fases (Zoo TV, Zooropa – que acabou virando disco – e Zoomerang), que assistia a banda entre dezenas de monitores de TV e automóveis pendurados no palco, numa clara alusão à deselegância burra pré-colapso do capitalismo. Numa fantasia de caubói prateada, Bono rasgava notas de dólar enquanto, como pastor evangélico, anunciava que teve “uma visão”: “TELEVISÃO!”, berrava frente ao câmera que, do palco, registrava tudo pelas telas espalhadas no show. Juntos, a Zoo Tour e Achtung Baby deram o tom “rir pra não chorar” que acentuou-se nos anos 90.

A ironia virava fórmula e todas as mídias passaram a usá-la, primeiro o cinema, depois a TV, caindo no gosto popular e reverberando, assim, por todas as formas de comunicação. Falar a verdade era constrangedor demais – ou melhor, falso demais -, por isso era melhor fingir querer dizer justamente o oposto, finalmente, desta forma, atingindo seu objetivo. Passamos a ler textos que nos fingiam contar o contrário do que realmente queriam dizer, ouvir músicas que ridicularizavam o hábito de ser humano, ver filmes cujo verdadeiro tema só é desvendado da metade para o fim, contradizendo tudo que havia sido visto desde o começo. A propaganda passa a se ridicularizar na tentativa de ganhar crédito com o consumidor. Tudo é muito falso, todo mundo sabe; então porque não assumimos falsamente esta falsidade? Era isso que a ironia nos anos 90 significou: uma espécie de afirmação de identidade cultural às avessas, corrompendo nosso entendimento da realidade numa mão dupla, que ao mesmo tempo que acende uma vela pro sim (afirmando algo), acende outra pro não (ridicularizando aquilo que está sendo afirmado, simultaneamente). Sem um, nem outro, caímos na década do “tanto faz”, em que as pessoas passaram a fazer exatamente o que o capitalismo queria, plugando-se às necessidades consumistas como se estas fossem responsáveis pelo bem estar espiritual – não material. Até Alanis Morrissette, em seu maior hit, perguntou: “Não é irônico?”.

É neste cenário que o Radiohead surge como força disposta ao desequilíbrio. O grupo surgiu na Inglaterra no começo dos anos 90, mas só conseguiu fazer sucesso nos Estados Unidos, graças ao hit “Creep” (do LP Pablo Honey, de 93), ganhando primeiro o público, depois a crítica americana. “Você é tão fucking especial”, sussurrava o vocalista Thom Yorke, “mas eu sou uma coisa, sou um esquisito”. Só ganhou algum reconhecimento em seu país ao se levar mais a sério em The Bends, de 94, onde deixavam de falar de relações cotidianas para contemplar a sociedade moderna como um todo, num dos primeiros discos conceituais da década (tantos viriam depois). O grau de importância do grupo foi crescendo tão logo eles ganhavam intimidade como músicos, contemplando possibilidades diversas a partir do formato três guitarras (Yorke, Jonny Greenwood e Ed O’Brien), baixo (Colin Greenwood) e bateria (Phil Selway). Reinventando o rock clássico como fazia o indie rock americano na metade da década passada (com uma certa dose de ironia, claro), o Radiohead chamava cada vez mais atenção.

Até que atingiu seu auge com o clássico inato OK Computer, ácida descrição da sociedade capitalista sem ironia nenhuma. Ao reproduzir as normas do novo dia-a-dia sem se preocupar com sentido lírico (quase todas as composições do disco de 97 empilhavam referências e situações sem o comprometimento com o sentido), ia nos vestindo com a roupa do andróide paranóico que a vida consumista de hoje nos transformou. O disco também antecipava a invasão techno ao mercado que aconteceria naquele mesmo ano (com os discos Dig Your Own Hole, dos Chemical Brothers; e The Fat of the Land, do Prodigy), mas apenas nas entrelinhas – a produção sci-fi de Nigel Godrich deixava apenas um ar eletrônico no álbum. Sem contar a música em si, as progressões guitarreiras que mudavam a atmosfera das canções, dando uma dinâmica inédita ao som do grupo. Incensado pela crítica, OK Computer tornou-se padrão de excelência do rock dos anos 90.

E o que fazer depois disto? Depois que toca-se o céu, resta outro rumo senão a queda? O grupo passou a dedicar-se a uma turnê em que viu-se condicionado ao máximo do capitalismo que criticavam. Laureados como a mais importante banda de rock do mundo, o Radiohead tentou lançou um EP (Airbag / How Am I Driving?) e dois vídeos (a coletânea de clipes 7 Television Commercials e o homevídeo Meeting People is Easy) na tentativa de esgotar a responsabilidade em torno do próximo álbum. Em vão: cada produto lançado era recebido como prova que o sucessor de OK Computer vinha aí.

A solução seria eliminar os parâmetros conhecidos e assim o grupo começou a trabalhar: Thom Yorke desencantou-se com a melodia e passou a procurar alternativas rítmicas. Ed O’Brien queria um disco curto, enxuto, com canções simples e diretas. Colin preferia um álbum mais aprofundado na eletrônica, mas sem soar “techno”. Kid A (EMI) é o produto das cinco (seis, contando o produtor Nigel) perspectivas de como o grupo fugiria do formato OK Computer.

O resultado é um disco árido, tenso, pós-rock, ermo – adequado para o ano 2000. Enquanto a quantidade de informações contida no álbum anterior dava um aspecto de poluição visual ao disco, o novo álbum elimina recursos visuais em favor de uma música sem rosto, sintética, ciborgue, futurista. Mas enquanto o futuro de OK Computer era hi-tech e bucólico, o de Kid A é vago e ameaçador, como se o espírito de máquinas mortas sobrevoasse por cima de desértica paisagem pós-apocalíptica.

O disco abre com teclados lunares que reverberam ondas eletromagnéticas que funcionam como uma canção de ninar por onde Thom Yorke pode improvisar apaixonadamente a letra. “Tudo está no lugar certo”, ele canta ao começo do disco, repetindo os versos à medida que a canção se robotiza, cada vez mais. Entra a faixa-título, novos teclados (e caixa de música marcando o andamento, ao lado de uma bateria de bebop) descortinam o caminho para a entrada do vocal, um zumbido metálico que com certeza canta algo, mas em idioma indistinguível. A voz de Yorke é distorcida por um aparelho pré-histórico chamado Ondes Martenot (usado na trilha de Star Trek) e remete ao Menino A, o primeiro clone humano, como reza a mitologia radioheadiana.

Esta forma carinhosa que o grupo se refere à pioneira cópia de DNA humano posta em prática num laboratório (que poderia se chamar qualquer coisa mas é reconhecido com uma intimidade familiar) torna possível outro paralelo com Stanley Kubrick, o maestro cineasta cuja pompa e pulso firme à direção, já que OK Computer remetia instintivamente a 2001 (quando a máquina contra-ataca). No novo disco, o Radiohead contempla A.I., a ode não-filmada do cineasta à robótica, em que ele assume que as máquinas são herdeiras do legado humano, nossos descendentes. O grupo vai além e pensa no clone como descendente, a máquina perfeita projetada pela natureza e reprogramada de acordo com nossa vontade. Mas que vontade? Racional ou instintiva? O grupo deixa a resposta em aberto, por enquanto.

“The Nation Anthem” nos apresenta ao baixista da banda, Colin Greenwood, que puxa um groove funk pesado que escurece mais ainda à entrada de um time de metais reverenciando os graves pesos-pesados de John Coltrane. Em falsete, Yorke canta a vontade e a disposição de mudar, que aos poucos impregna o inconsciente coletivo: “Todo mundo por aqui / Todo mundo vai parar aqui / O que está acontecendo? / (…) / Todo mundo vai parar aqui / Todo mundo vai parar o medo / O que está acontecendo?”. Ao citar literalmente o nome do mítico disco político de Marvin Gaye (What’s Going On? – O que está acontecendo?), o grupo nos lembra que os tempos atuais são tão (ou mais) interessante que os anos 60 que inspiraram Gaye a se perguntar sobre a ordem mundial. O grupo prega decisões coletivas como a melhor forma de ir contra o individualismo robótico e passivo de OK Computer. Não é nenhum pouco diferente do que a simbólica luta anti-FMI / OMC / Banco Mundial que já nos deu notórias batalhas como em Seattle (no ano passado) e Praga (semana passada).

“How to Disappear Completely and Not Be Found” finalmente apresenta os violões, enquanto o vocalista nos lembra que o filme Matrix é na verdade uma metáfora da nossa situação atual: “Eu não estou aqui / Isso não está acontecendo”, balbucia Yorke, enquanto o disco vai ficando cada vez mais lento, atingindo seu ponto máximo de estática na instrumental “Treefingers”, entrando vagarosamente no terreno gelado das brancas vibrações eletrônicas de Brian Eno. “Optimistic” poderia ser irônica caso se referisse à sociedade (ainda mais com este título – “otimista”). Mas a paisagem que o grupo vê é pós-civilização e o otimismo a que se referem é um abandono das tecnologias, uma volta à natureza, onde a lei da selva – perfeita – reina soberana: “Os peixes grandes comem os pequenos”, canta a letra sobre guitarras psico-metálicas que poderiam ter saído de Led Zeppelin III, “tente o melhor que você pode / O melhor que você pode é o suficiente”. “In Limbo” parece apenas descritiva, ecos e guitarras dissipando conforme a paisagem é mostrada: “Estou do seu lado / Não há onde me esconder / Estou perdido no mar / Você está vivendo uma fantasia / Não se importe comigo”, num novo ataque ao individualismo.

O ritmo marcial technopop que soa através de “Idioteque”, marcando um compasso eletrônico por onde a sociedade do desperdício é cruelmente descrita, em vocais familiares (mas entrelaçados de uma nova forma) de Thom Yorke: “Deixa eu te dizer que você é o primeiro / Eu vou rir até minha cabeça sair / Eu vou engolir até explodir / Já vi muito / Já vi tudo / A era glacial está vindo”. Descreve os seres humanos como dinossauros às vésperas da extinção, porque já ultrapassaram o limite de consumo de recursos naturais. O sotaque techno (proveniente da atual obsessão do grupo: a gravadora Warp) só ajuda a entender a crítica do grupo, que vai de encontro à letargia e o subsequente estado de automação que o ser humano aos poucos vai se submetendo – o ponto central de OK Computer. Em “Morning Bell”, o grupo volta ao campo da melodia do último álbum (até certo ponto ignorado no novo disco) e como um aparelho de TV ligado durante um bocejo matinal despeja informações de forma vaga e desencontrada – “Eu não conheço o assassino”, “Onde você estacionou o carro?”, “E todo mundo mente para mim”, “Todo mundo mente nas pesquisas” e o golpe final “Todo mundo quer estar lá / Todo mundo quer ser o mesmo / Andando, andando, andando, andando”. A vida moderna é um tédio.

Kid A termina com a melancólica “Motion Picture Soundtrack”: “Pare de mandar cartas / Cartas sempre queimam / Não são como os filmes / Que nos enchem de mentiras brandas”, divaga o vocal triste e tímido do final, que enuncia um clima de felicidade mágica à Walt Disney (orquestras cheias de harpas dedilhadas) por baixo do tremor original do álbum. Estamos no meio de uma cratera, depois da bomba explodir. Esta bomba é o século 20, que se engole cada vez mais à medida que chega ao fim. Quando 2000 passar, zera tudo. É contemplando este futuro que Kid A sorri. É um sorriso estranho, não-humano, pensativo. Mas feliz e esperançoso, como há muito não víamos.

Vida Fodona #041: “Um programa exemplar”

O título não é exagero: tem música antiga regravada por banda nova, remixes, mash-ups, hits recém-saídos, músicas de discos que ainda nem foram pra fábrica, MP3s pra download, hip hop com eletrônico, dubzeira, groove de pista, falação contida, brasileiros na medida, raridades, cruzamentos, intervalos curtos, funk carioca e começa e termina com o Radiohead. Acho que agora acertei a mão (sem trocadilhos e/ou piadinhas, plis).

– “Nobody Does It Better” – Radiohead
– “Cheryl Tweed” – Lily Allen
– “Carnaval Inesquecível na Cidade Alta” – Mundo Livre S/A
– “MTV Makes Me Want to Smoke Crack” – Beck
– “Woman (Mstrkrft Remix)” – Wolfmother
– “This Fire (Playgroup Remix)” – Franz Ferdinand
– “Bring the Seven Nation Army” – White Enemy
– “Tremendo Vacilão” – MC Perla
– “Ela Mama Meu Ganso” – Mr. Catra
– “Só Putaria” – MC Paulão
– “Pasmina” – Rabu Gonzalez
– “Crazy Logic” – Arty Fufkin
– “Smiley Faces Hypnotize” – Gnotorious
– “I Don’t Feel Like Dancing” – Scissor Sisters
– “From Atlantis to Interzone” – Klaxons
– “Take Me Back to Your House” – Basement Jaxx
– “Let Down” – Easy Star All-Stars com Toots and the Maytals

Queira me acompanhar, por favor.

Burburinho Timfa

Clap Your Hands Say Yeah, Devendra Banhard, DJ Shadow, Yeah Yeah Yeahs… Tudo 100%. E já rola um papo CocoRosie. Radiohead, nada. Sigo apurando…

Mas, ae, tirando o Shadow…

90 dos 90

Abaixo segue o planejamento prum site sobre os anos 90. A idéia original era resenhar os principais 90 discos da década (idéia besta, mas prática) junto com parágrafos comentando características específicas da década dentro de um contexto pop/rock/Brasil. Os discos tão em ordem, os itens, não. Quem sabe um dia eu me empolgo pra fazer isso (não vai ser agora…), mas fica mais a título de curiosidade…

***

22/10/00
1) Screamadelica

Internet

DJ

15/10/00
2) Nevermind

Simpsons

Alternativo

8/10/00
3) Blue Lines

Axé / Pagode / Sertanejo

Techno

1/10/00
4) Ok Computer

Kurt Cobain

Unplugged

31/9/00
5) The Chronic

Beastie Boys

Juntatribo

24/9/00
6) Odelay!

Ecstasy

Mangue beat

17/9/00
7) Check Your Head

R&B

A Volta dos Mortos-Vivos

10/9/00
8) Endtroducing

TV a cabo

Mistureba

3/9/00
9) Samba Esquema Noise

Remix

Ska

27/8/00
10) Slanted & Enchated

Geração X

Drum’n’bass

20/8/00
11) Dusk at Cubist Castle
12) A Sétima Efervescência

Soul Funk

“Pelé? Samba? SEPULTURA?”

13/8/00
13) Different Class
14) Emperor Tomato Ketchup

Spice Girls

Renato Russo

6/8/00
15) Deserter’s Songs
16) To Bring You My Love

Titãs

MTV Brasil

30/7/00
17) Achtung Baby
18) Bossanova

Britpop

Crack

23/7/00
19) Bloodsugarsexmagik
20) Fear of a Black Planet

Música latina

Politicamente incorreto

16/7/00
21) Homework
22) Baladas Sangrentas

O fim da banda de rock

Barulho

9/7/00
23) Loveless
24) Dig Your Own Hole

Racionais MCs

Abril Pro Rock

2/7/00
25) Dust
26) Electr-O-Pura

Björk

Turntablism

25/6/00
27) Play
28) Dr. Octagonologist

Pós-rock

Nova Paranóia

18/6/00
29) Moon Safari
30) Better Livin’ Throught Chemistry

Gabriel O Pensador

Matrix

11/6/00
31) Adventures Beyond Ultraworld
32) Parklife
33) In It For the Money

Trance

Radiohead

4/6/00
34) Pinkerton
35) Eu Tiro é Onda
36) Coming Up

Grunge

“Máfia do Dendê”

28/5/00
37) Grand Prix
38) Portishead
39) Songs for Drella

Carla Perez

Midsummer Madness

21/5/00
40) Spiderland
41) When I Was Born for the 7th Time
42) Pills’n’Thrills’n’Bellyaches

Mamonas Assassinas

Lounge

14/5/00
43) In the Aeroplane Over the Sea
44) Come On Die Young
45) Chaos A.D.

Hi-tech

Falcão

7/5/00
46) Descobrimento do Brasil
47) Cold & Bouncy
48) EP Jurassic 5

Big Beat

Maconha

30/4/00
49) Dig Me Out
50) Time Out of Mind
51) Soft Bulletin

Tomzé

C’est Chic

23/4/00
52) Sobrevivendo no Inferno
53) It’s An Out of Body Experience
54) Pre-Millenium Tension

MPopB

Pin Ups

16/4/00
55) Siamese Dream
56) Com Defeito de Fabricação
57) Samba pra Burro

Chico Science

Trainspotting

9/4/00
58) Afrociberdelia
59) There’s Nothing Wrong With Love
60) Downward Spiral

Lo-fi

General

2/4/00
61) Post
62) Gol de Quem?
63) O Dia em que Faremos Contato

Samba

Seinfeld

26/3/00
64) Alien Lanes
65) New Forms
66) Psyence Fiction

Indie

Gangsta rap

19/3/00
67) Millions of Now Living Will Never Die
68) 36 Chambers
69) Every Good Boy Deserves Fudge

Leonardo Pareja

Punk Pop

12/3/00
70) Last Splash
71) O Que Diriam os Vizinhos?
72) Munki

Anos Fernando

Anos 70

5/3/00
73) Gentlemen
74) Elastica
75) Second Thoughest of Infants

DOOM

Rave

27/2/00
76) Extra Width
77) World Clique
78) Ladies & Gentlemen We’re Floating in Space

Dust Brothers

Nerd

20/2/00
79) Rage Against the Machine
80) If You’re Feeling Sinister
81) Definely Maybe

Casseta & Planeta

Trip hop

13/2/00
82) Angel Dust
83) Mestre Ambrósio
84) Low End Theory

Sexo para todos

Resgate da melodia

6/2/00
85) In the Meantime
86) Timeless
87) Raimundos

Novo metal

AIDS

30/1/00
88) Dookie
89) Ê Batumaré
90) Ten

Raimundos

Pulp Fiction