Festa boa que Valetim Frateschi fez no Centro da Terra nesta terça-feira quando aproveitou a véspera do lançamento de seu primeiro disco solo, batizado, como o espetáculo, de Estreito, e seu próprio aniversário para reunir todos que quisessem ver ao vivo o álbum que nem havia sido lançado. Ao cercar-se de uma banda absurdamente boa – Amanda Camargo na guitarra e teclados, Thiago Pucci no baixo, Nina Maia no teclado e vocais e Quico Dramma (da dupla Kim e Dramma) na bateria -, ele não contentou-se apenas em mostrar as músicas de seu novo disco, como trouxe músicas ainda mais novas e abriu espaço para seus companheiros de palco (além de si mesmo, que alternava entre a guitarra e o baixo synth) soltarem-se musicalmente em improvisos, o que reforçou ainda mais a maestria absurda de Amanda e o maravilhoso vocal de Nina Maia em vocalises encantadores, abrindo uma porta para o lado instrumental e para a dança que o disco em si parece só acenar, mas que no palco torna-se intensamente irresistível. Showzaço.
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E na segunda noite de sua temporada Quem Vê, Pensa os quatro Fonsecas se dedicaram a celebrar artistas contemporâneo na primeira apresentação que só fizeram versões e não tocaram nenhuma música própria. O grosso da apresentação foi de artistas brasileiros da cena independente e eles saudaram tanto seus ídolos que, como eles mesmos, também trabalham com jogos de palavras, mudanças de tempo e a fonética das letras como Negro Leo (“Absolutíssimo Lacrador”), Vovô Bebê (“Jão Mininu”) e Karina Buhr (“Cara Palavra”), quanto seus contemporâneos de cena dos anos 20 (cantando duas da saudosa John Filme – “Sexo em Chamas” e “Carnaval” -, uma inédita dos Tangolo Mangos – “Armadura Armadilha” – e uma do Mundo Vídeo – “Festa no Além”). Como na primeira apresentação, preferiram fazer as músicas quase emendadas entre si, com pouca conversa com o público (o que combinou com a iluminação meio na penumbra da dupla Ana Zumpano e Beeau Gomez), e surpreenderam todos ao pinçar duas pérolas gringas deste século – a o transe instrumental “Jeremy’s Storm” do primeiro disco do Tame Impala e a grudenta “Obsessed” do primeiro disco de Olivia Rodrigo, quando Thalin saiu da bateria (deixando-a na mão de Quico Dramma, da dupla Kim & Dramma) para se jogar nos vocais de uma versão punk do hit de 2023. Excelente!
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