Serginho Trombone (1949-2020)

serginhotrombone

Morreu nesta terça-feira um dos instrumentistas que ajudaram o groove do funk a entrar no panteão da música popular brasileira – Serginho Trombone começou tocando no grupo Abolição de Dom Salvador e passou pelas bandas de Jorge Ben, Gilberto Gil, Sandra Sá e Barão Vermelho, levando seu instrumento para um novo plano enquanto fazia todo mundo dançar. Morreu devido a complicações após uma cirurgia no intestino.

Bill Withers (1938-2020)

bill-withers

Perdemos nesta sexta-feira um dos últimos gênios vivos da soul music, Bill Withers. Morreu do coração, não foi da epidemia.

Vou ter que fazer um Vida Fodona sobre ele, óbvio…

Riachão (1921-2020)

riachao

Pilar do samba baiano, o mestre Clementino Rodrigues, conhecido historicamente como Riachão, morreu dormindo na madrugada desta segunda-feira, logo após anunciar que iria lançar um disco com inéditas ainda este ano – vá em paz.

Daniel Azulay (1947-2020)

daniel-azulay

Que merda de notícia: Daniel Azulay foi um dos principais nomes da cultura infantil pré-Xuxa no Brasil – e ensinou uma geração inteira (a minha) a desenhar na TV, apresentando seus personagens inesquecíveis no programa A Turma do Lambe-Lambe. Morreu vítima do Coronavírus

Albert Urdezo (1927-2020)

urdezo

Morre o ilustrador francês Albert Urdezo, que criou a turma do Asterix ao lado de seu compadre René Goscinny, este morto em 1977.

Manu Dibango (1933-2020)

manu-dibango

Primeiro grande nome que perdemos para o Coronavírus: o saxofonista camaronês Manu Dibango, que morreu nesta terça, foi um dos primeiros popstars africanos e revolucionou a música global a partir dos anos 70, quando, ao lado de uma geração que contava com músicos de outros países do continente, como os nigerianos Fela Kuti e King Sunny Adé, mostrou para o resto do mundo a influência daquela música no pop daquele período. Explodiu com o hit “Soul Makossa” em 1972 e colaborou com artistas tão diferentes e importantes como Herbie Hancock, Sly and Robbie, Bill Laswell, Don Cherry e Bernie Worrell, além de ver Michael Jackson surrupiando seu hit em “Wanna Be Startin’ Somethin'” de 1982 e depois Rihanna em “Don’t Stop the Music” de 2009. Que vá em paz.

Genesis P-Orridge (1950-2020)

genesisporridge

Fundador/a do Throbbing Gristle e do Psychic TV, Genesis P-Orridge morreu neste sábado aos 70 anos. Um dos principais agentes provocadores do pop do final do século passado, ele/a também foi um dos primeiros artistas pop a transgredir seu próprio gênero sexual, depois que casou com Lady Jaye Breyer P-Orridge, no início dos anos 90, quando os dois começaram um lento processo de transformar-se um no outro, inventando o rótulo “pandroginia” para justificar esta transformação.

José Mojica Marins (1936-2020)

zedocaixao

Triste saber da notícia da morte de José Mojica Marins, um dos maiores cineastas brasileiros, nesta quarta-feira. Um artista essencialmente popular que transcendeu barreiras geográficas e reinventou a linguagem cinematográfica num país que tinha uma rala tradição no assunto, ele se confundiu com o próprio personagem que inventou – o Zé do Caixão – e soube fazer entretenimento para as massas sem abrir mão de ousadias artísticas. Um artista único na história brasileira, um autor intransigente, showman, popstar, provocador e rebelde. Fará falta.

Andrew Weatherall (1963-2020)

weatherall

Triste saber da morte precoce de Andrew Weatherall, um dos pioneiros da música eletrônica na pista de dança e um dos mestres por trás do icônico Screamadelica, do Primal Scream, fenômeno fonográfico que espalhou aquela cultura para o resto do planeta. Meros 56 anos…

Kirk Douglas (1916-2020)

kirk-douglas

O Coronel Dax em Glória Feita de Sangue, o Van Gogh em Sede de Viver, o personagem-título de Spartacus… Kirk Douglas, que morreu nesta quarta depois de 103 anos bem-vividos, atuou vivendo homens de personalidade forte ou, como ele mesmo dizia, “fiz minha carreira interpretando filhos da puta”, mas meu filme favorito com ele é um de seus primeiros sucessos, quando vive o escrotaço Chuck Tatum no imortal A Montanha dos Sete Abutres (1951), um marco no cinema dirigido por Billy Wylder por retratar o jornalismo de forma crua e sem floreios, funcionando como um dos grandes marcos da história do cinema (ao lado de pelo menos O Homem que Matou o Facínora). E Kirk está ótimo!