Os 75 melhores discos de 2015: 40) Quarto Negro – Amor Violento

40-quartonegro

A maturidade como superstição.

Vida Fodona #503: Cheio de música nova

vf503

Tem pra todo mundo.

Chet Faker – “Bent”
Gui Amabis – “Graxa e Sal”
Selvagens à Procura de Lei – “Nuvem Cigana”
Beck – “Dreams”
Duran Duran + Janelle Monáe + Nile Rodgers- “Pressure Off”
Giorgio Moroder + Kylie Minogue – “Right Here Right Now”
Skylar Spence – “Can’t You See”
Banks – “Beggin For Thread (Aeroplane Remix)”
Todd Terje – “Strandbar (Joakim remix)”
Sebastien Tellier – “Comment Revoir Oursinet”
Lauryn Hill – “Feeling Good”
Quarto Negro – “Orlando”
Radio Dept. – “Occupied”

Vem aqui.

Domingo na Paulista

diademusica

Se você ainda tem fôlego pós-Virada Cultural ou se o frio te venceu e te deixou em casa nesse sábado, a boa é pegar as atrações do Dia da Música que acontecem pelo decorrer da Paulista. São seis palco espalhados pela avenida, dois a cada estação do metrô entre a Brigadeiro e a Consolação, cada um deles com curadoria de gente que entende mesmo de música nova. São artistas essencialmente novos, nomes que você até pode ter ouvido falar mas que ainda estão em fase de maturação – imagine que você possa assistir à programação de um ano de Prata da Casa, aquele projeto de novas bandas do Sesc Pompeia, em um único domingo. Por isso pode ser que algum deles faz um show histórico para sua carreira, que engatilhe uma série de desdobramentos futuros que os tornarão mais conhecidos.

A programação está toda no site do Dia da Música, mas faço aqui minhas indicações: no palco curado pelo Dago, do Neu, perto do Itaú Cultural, vale sacar o show instrumental dos Soundscapes e as batidas tortas do CESRV, da turma da Beatwise. No palco do Lariú, do Midsummer Madness, perto da Brigadeiro, vale dar uma sacada no Digital Ameríndio, broder dos Supercordas. O palco do Mancha, da boa e velha casinha, fica perto do prédio da Fiesp tem três boas pedidas: Camila Garófalo, o ótimo Quarto Negro e os cariocas Simplício Neto e os Nefelibatas. No palco da Pâmela, da produtora Alavanca, devem valer a pena os shows dos goianos do Carne Doce e o pós-rock do E a Terra Nunca Me Pareceu Tão Distante. No palco perto do Belas Artes, tocado pela Ângela Novaes, vale dar uma sacada no show dos Vermes do Limbo. E no palco organizado pelo Kamau, perto da esquina com a Angélica, vale ver os shows do Mesclado e da dupla Drik Barbosa & Mike. Fora que tem gente que eu não conheço nem de nome e pode surpreender. Vale passear pela Paulista nesse domingo e torcer pra que um dia, a avenida cartão postal, possa ser fechada (ou aberta?) aos domingos.

O grito do Quarto Negro

quartonegro

A dupla paulistana Quarto Negro escolhe a faixa “Orlando” como segundo single (depois de lançar o primeiro “Ela” aqui no Trabalho Sujo) de seu ótimo Amor Violento, lançado pela Balaclava Records. Pra divulgar a faixa, Thiago Klein e Eduardo Praça bolaram um clipe simples e eficaz, que traduz a tensão do novo trabalho da banda, que pode ser ouvido a seguir.

Vida Fodona #502: Esse formato deve mudar em breve

vf502

Retomando o ritmo…

Nicolas Godin – “Orca”
Ornette Coleman – “Lonely Woman”
Luiz Melodia – “Pra Aquietar”
Criolo – “Plano de Voo”
Tulipa Ruiz – “Oldboy”
Hot Chip – “Burning Up”
Quarto Negro – “Ela”
Courtney Barnett – “Small Poppies”
Delgados – “Clarinet”
Spoon – “New York Kiss”
Frank Jorge – “Tempo pra Viver”
Curumin – “Selvage”
Of Montreal – “Gallery Piece”
Mercúrias – “Desse Jeito”
M.I.A. – “Can See Can Do”
Florence & the Machine – “What Kind of Man (Nicolas Jaar Remix)”

Vem cá.

Quarto Negro 2015: “A cada passo em falso”

quartonegro-2015

A última vez que vi a dupla Thiago Klein e Eduardo Praça, que também atende como o Quarto Negro, eles ainda estavam lançando seu primeiro disco, Desconocidos, gravado em Barcelona, quando fui curador do Prata da Casa do Sesc Pompéia, e bebiam do indie classudo mais próximo do costa leste americana e da Europa. Quase três anos depois daquele show, o grupo está prestes a lançar seu novo álbum, este gravado em Portland, na costa oeste dos EUA, sob os auspícios da banda Helio Sequence e já libera a primeira faixa, chamada apenas de “Ela”, aqui pro Trabalho Sujo. E se ela der o tom do novo disco, batizado de Amor Violento, poderemos esperar uma sonoridade levemente mais eletrônica e dançante que a do primeiro, embora sem fugir do tipo de som que já faziam.

Tantos shows pra falar…

…tão pouco tempo pra escrever. Vi Racionais, Céu, Quarto Negro e Silva nos últimos dias, além de estar presente nos dois dias do Sónar em São Paulo, mas me falta tempo pra escrever sobre os shows (embora os vídeos que fiz já estejam todos no ar, para quem quiser assistir – tou colando uns aí embaixo). Enquanto não escrevo, linko a resenha que o Camilo fez para o ótimo festival do fim de semana, além dos textos que o Bruno fez sobre os shows do Sónar que conseguiu levar para o Circo Voador via Queremos (Mogwai, Little Dragon, James Blake e Chromeo). O Lucas também comentou sobre o show do James Blake (que perdi :-/).

 

Hoje no Prata da Casa: Quarto Negro

E a primeira atração do mês de maio no Prata da Casa deste ano é a banda paulistana Quarto Negro. O show começa às 21h e os ingressos – o show é de graça – começam a ser distribuídos às 20h. Abaixo, o texto que escrevi sobre a banda para a programação do projeto.

As bandas de indie rock do Brasil quase sempre esbarram em dois problemas: o fato de parecerem derivativas de alguns artistas específicos, dificilmente trazendo a realidade brasileira para o branco drama de sua musicalidade; e também a dificuldade de encontrar uma sonoridade boa para traduzir sua contribuição artística em música que não pareça gravada na garagem ou no quarto. Em seu primeiro disco, Desconocidos, o quarteto paulistano Quarto Negro ultrapassa esses dois obstáculos com naturalidade e desenvoltura. Gravado no verão europeu do ano passado, em Barcelona, o disco conclui um processo de três anos desde que a banda começou a tocar até atingir uma maturidade que já esteve em palcos nova-iorquinos. E apesar de claramente indie, as referências expostas também mostram que beberam tanto da fonte do rock clássico quanto da música brasileira contemporânea.