Os remixes de Steven Soderbergh

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Quem curte ficar reeditando filmes é Steven Soderbergh, que diz ter abandonado a direção no cinema, mas segue tocando vários projetos por aí. Um deles é seu próprio blog, em que ele de vez em quando desova rascunhos como uma versão que superpõe os dois Psicoses – o original de Hitchcock e o cover de Gus Van Sant. O filme está inteirinho superposto no site do diretor, mas se você quiser ter uma idéia do resultado indo direto ao ponto basta ver a cena abaixo, uma das únicas em que ele permite que a cor da versão de Gus Van Sant “vaze” para o mashup, todo feito em preto e branco.

Outro experimento foi realizado com o primeiro filme da série Indiana Jones, Os Caçadores da Arca Perdida. Soderbergh tirou o som e a cor do filme apenas para enfatizar a beleza e a inteligência da direção de Spielberg, que funciona mesmo sem esses elementos. Para deixar as coisas ainda mais estranhas, ele ainda colocou como trilha sonora músicas compostas por Trent Reznor, o trilheiro oficial de David Fincher, que também responde pelo nome de Nine Inch Nails. Dá uma sacada no site dele pra ver como ficou. Fico imaginando se a arte do futuro não vai ser toda assim: postada discretamente em sites para ser descoberta aos poucos, em camadas…

Tumblr do dia: If you don’t, remember me

Esse If You Don’t, Remember Me é uma obra de arte.

Hitchcock e o sonho da casa própria

Mais uma do Tiago. Bernard Herrman sorri no inferno.

Mais cinema minimal ainda

Desta vez, à brasileira:

Pedro Vidotto é brasiliense e criou um monte de outros posters do tipo – todos em seu site.

Se você gostou desses, sugiro também o espanhol Hexagonall, o americano Brandon Schaefer, o Supertrunfo de fontes do Face 37, os livros-game de Olly Moss, os filmes de papel do Spacesick, os pôsteres do polonês Grzegorz Domaradzkis, o Tarantino do canadense Ibraheem Youssef, a filosofia pop do Mico Toledo e os super-heróis pulp de Steve Finch.

Mais cinema minimal

O designer Brandon Schaefer segue uma linha parecida com a do minimalista espanhol Hexagonall – e ambos pertencem a uma cena global de remixadores visuais do inconsciente coletivo que, através do design, relêem o século 20 e o começo deste 21 com perspectivas bem além dos clichês que os cercam. Nessa mesma linha, vale conferir o Supertrunfo de fontes do Face 37, os livros-game de Olly Moss, os filmes de papel do Spacesick, os pôsteres do polonês Grzegorz Domaradzkis, o Tarantino do canadense Ibraheem Youssef, a filosofia pop do Mico Toledo e os super-heróis pulp de Steve Finch. E estes são apenas alguns dos que republiquei por aqui. Há muito mais.