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Paulo Freire e uma marcha contra a vontade reacionária histórica do Brasil

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Paulo Freire não pode ver o que estamos vendo hoje, mas as anteviu:

“Eu morreria feliz se eu visse o Brasil cheio, em seu tempo histórico, de marchas. Marcha dos que não tem escolas, marcha dos reprovados, marcha dos que querem amar e não podem, marcha dos que se recusam a uma obediência servil, marcha dos que se rebelam, marcha dos que querem ser e estão proibidos de ser… (…) As marchas são andarilhagens históricas pelo mundo; e os Sem Terras constituem pra mim hoje uma das expressões mais fortes da vida política e da vida cívica desse país. Por isso mesmo é que se fala contra eles, e até gente que se pensou progressista. Que fala contra os Sem Terras como se eles fossem uns desabusados, como se fossem uns destruidores da ordem. Não, pelo contrário, o que eles estão é, mais uma vez, provando certas afirmações teóricas de analistas políticos de que é preciso mesmo brigar para que se obtenha um mínimo de transformação. O meu desejo e o meu sonho, como eu disse antes, é que outras marchas se instalem neste país, por exemplo a marcha pela decência, a marcha pela superação da sem-vergonhice que se democratizou terrivelmente neste país. Quer dizer…, eu acho que essas marchas nos afirmam como gente, como sociedade querendo democratizar-se.”

Dica da Jeanne (valeu!).

Occupy São Paulo

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Quando a Cat Power apareceu no palco do festival Bonaroo neste fim de semana, saudando Istambul e São Paulo em sua camiseta, deixamos de estar apenas nas notícias para frequentar o imaginário coletivo. A foto é do Pitchfork e a dica foi do Felipe (valeu!).

O que é kettling?

Você sabe o que é kettling? A Rafa explica:

“Kettling (é a) tática queridinha da polícia britânica para dissipar protestos. A prática extremamente controversa consiste em formar um cordão de policiais em torno dos manifestantes, impedindo que qualquer indivíduo entre ou saia. Qualquer um mesmo – manifestante ou não. A duração do isolamento varia (durante os protestos estudantis ano passado foram mais de 10 horas) e a tática nada mais é do que uma maneira de deixar as pessoas nervosas e incitar violência, para justificar o uso da mesma pela polícia – não é a toa que o nome faz referência a como uma chaleira, kettle, contém o vapor quente.”

…e linka pro simpático protesto do grupo Don’t Panic, de quem ela já havia falado: