Portishead: To Kill a Dead Man
Há exatos 30 anos, no dia 22 de agosto de 2024, o grupo inglês Portishead lançava seu primeiro disco, Dummy, inaugurando um novo gênero para as massas chamado trip hop. Aquele hip hop lento com referências de jazz, reggae e funk já vinha sendo experimentado do outro lado do Atlântico há alguns anos (há exemplos clássicos do gênero no histórico Paul’s Boutique dos Beastie Boys, de 1989), mas o grupo de Bristol trouxe dois elementos cruciais para tornar aquela sonoridade ainda mais popular: referências de trilhas sonoras de filmes antigos (especialmente as compostas pelos maestros John Barry e Lalo Schifrin) e a voz deslumbrante, dramática, triste e sensual numa mesmíssima medida, de sua vocalista Beth Gibbons. O que poucos sabem é que esta sonoridade foi posta em prática pelo grupo no mesmo ano do lançamento do disco, quando produziram um curta para testar aquela atmosfera musical que estavam produzindo. To Kill a Dead Man foi dirigido pelo amigo Alexander Hemming, escrito pelo trio e conta com a participação dos três (Geoff Barrow, Beth Gibbons e Adrian Utley) no elenco e foi dali que saiu a imagem da capa do disco. “Em 1994, nós concebemos e fizemos To Kill a Dead Man”, escreveu o grupo anos depois, quando o filme foi relançado em um DVD da banda, “percebemos rapidamente que subestimamos grosseiramente como era difícil escrever, conceber visualmente, atuar e realizar um curta. Por isso preparem-se, lá vem…”
Assista abaixo:
E devo ter novidades sobre Portishead em breve…
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