Como foi seu primeiro semestre de 2021? Chegando ao fim da metade deste segundo ano pandêmico, cruzamos uma montanha-russa de emoções que ao mesmo tempo em que faz acender uma luz no horizonte com a vacinação contra essa doença maldita e a possibilidade de Bolsonaro não ser reeleito, nos mantém presos em casa, sem saber como essa época está nos transformando.
Por isso, te convido a discutir comigo como foram estes primeiros seis meses do ano no primeiro curso de mais um experimento desta pandemia, a Universidade Trabalho Sujo, que ministrará encontros comigo e meus convidados para falar sobre as transformações que estão acontecendo na cultura e em nossas vidas. O primeiro destes cursos é 2021 – Parte 1 – Discutindo ao vivo a primeira metade do segundo ano do resto de nossas vidas, seis encontros em que podemos conversar sobre como tem sido este início de ano.
O custo do curso é de 300 reais, mas se você colabora com o meu apoia.se/trabalhosujo tem 50% de desconto. Os encontros acontecerão entre os dias 5 e 16 de junho, sempre segundas, quartas e sextas, a partir das 19h e duram uma hora, pela plataforma Zoom. As aulas não serão publicadas posteriormente e as vagas são limitadas.
Abaixo, a programação do primeiro curso e o link para fazer as inscrições.
5 de julho
Orientalismo e decolonização, com Dodô Azevedo
O prumo do mundo está mudando para a Ásia e África isso acontece no mesmo momento em que o colonialismo ocidental está finalmente sendo demolido. Como isso mexe com nossas vidas? Será que somos mais apegados ao ocidentalismo do que imaginamos?
7 de julho
O streaming perfeito?, com André Graciotti
A quarentena acelerou o processo de popularização dos canais de streaming ao mesmo tempo em que diminuiu nosso vínculo com as salas de cinema. Mas, em meio à tantas propostas diferente, ainda estamos longe de ter um serviço de filmes e músicas que possa nos satisfazer. Como anda a produção e o mercado de cinema na pandemia?
9 de julho
Como o home-office pode mudar as cidades, com Polly Sjobon
Trabalhar em casa mexeu com a realidade de muitos, a ponto de abandonar carros ou mesmo a moradia nas metrópoles. Mas como esta nova relação com o trabalho pode mudar os nossos hábitos, os dias da semana e até as cidades?
12 de julho
A expectativa da vacina, com Pablo Miyazawa
Entramos em 2021 sem nenhuma perspectiva de vacinação à vista, o que mudou logo nos primeiros dias do ano com diversos cronogramas anunciados mas nenhum cumprido de fato. A esperança não apenas pela imunização quanto por um fim mais palpável para a pandemia só pareceu começar a fazer sentido há trinta dias atrás, quando os novos cronogramas foram anunciados e começaram, pelo menos até agora, a ser cumpridos e a atender as faixas etárias mais jovens ou sem comorbidades. Mas o que muda em nossas vidas após a vacinação?
14 de julho
A subversão como protesto, com Vladimir Cunha e Emerson Gasperin
“Cadê o Zé Gotinha?”. Até no discurso que marcou a volta de Lula à vida política, não faltou espaço para rir do governo federal. O deboche, a caricatura, a ironia e o escracho aos poucos dominaram o início do ano, em iniciativas como a campanha #bolsocaro, o raio X das manifestações pró-Bolsonaro e a teatrealização da CPI da Covid. Como a subversão pode ser a alternativa mais eficaz de desmontar o projeto de poder miliciano expondo suas tripas em público?
16 de julho
A multidão e a pandemia: qual é o futuro dos shows?, com Pena Schmidt
Nessa aula que funcionará como um episódio inédito do meu programa Bom Saber para os inscritos nesse curso, eu entrevistarei Pena Schmidt para discutir a volta aos shows. À medida em que a população vai sendo vacinada, encontros começarão a acontecer e isso inevitavelmente nos apresentará a um mundo de festas e shows depois da era Coronavírus. Mas que tipo de shows e precauções teremos no futuro? Como as multidões conviverão com artistas depois de centenas de milhares de mortos?
Para isso, basta fazer a inscrição neste link. As vagas são limitadas.
Em mais um mashup de programas, chamei o Pablo Miyazawa e a Polly Sjobon para transformar o Altos Massa num Polimatias e vice-versa – e neste encontro épico, por sugestão da Polly, conversamos sobre a filosofia do nosso dia-a-dia, a problematização existencial básica, os devaneios que temos sobre nós mesmos, nossa autoterapia contínua. O papo foi longe…
A passagem de um dos maiores nomes de nossa cultura, inspirou um Polimatias para falar de arquitetura. Eu e Polly Sjobon conversamos sobre a importância e a influência de Paulo Mendes da Rocha em nossas vidas e em nossas cidades e ela ainda lembra-se de quando o conheceu pessoalmente.
Em mais um encontro com a Polly Sjobon, puxo uma conversa sobre como arte e magia trabalham no mesmo registro – e a partir daí puxamos histórias sobre Patti Smith, Fernando Pessoa, David Lynch, Gabriel Garcia Márquez entre outros magos modernos que mexeram com nossa realidade a partir de sua própria vontade.
No começo do ano, eu e Polly Sjobon comentamos que a pandemia ainda não havia entrado na ficção, porque boa parte do que lemos, ouvimos e assistimos em 2020 foi produzido antes da chegada do coronavírus. Já em 2021 temos livros, novela, séries e filmes que abordam este tema – e aproveitamos esse tema para cogitar como ficará a cultura depois que sairmos desta fase tétrica.
Máquinas conscientes são o gancho deste Polimatias, em que eu e Polly Sjobon nos reencontramos com nossos robôs favoritos, das leis de Isaac Asimov aos shows do Kraftwerk, passando por desenhos animados, filmes e livros clássicos e sempre nos perguntando se os robôs da ficção estão moldando nossa forma automática de viver neste século 21 da não-ficção científica.
Polly Sjobon está de volta nesta edição de volta do Polimatias me propôs uma conversa sobre sonhos e embrenhamos em nossos inconscientes guiados por nomes como Sidarta Ribeiro, Peter Lamborn Wilson, Richard Linklater, Sandman, Dom Bosco, David Lynch e Westworld para entender a natureza destas viagens inconscientes, tanto do ponto de vista científico quanto cultural.
Eu e Polly Sjobon mais uma vez pegamos um assunto em comum para falar de nossas experiências culturais a partir deste tema – e nesta quinzena, o Polimatias fala de bichos e cultura, quando pinçamos nossos animais de estimação favoritos da literatura, do Totó do Mágico de Oz à Baleia do Vidas Secas, passando por personagens antropomórficos dos quadrinhos e outras espécies que acompanham nossa rotina.
Em mais uma edição do Polimatias, eu e Polly Sjobon resolvemos falar sobre horizontes e a falta destes a partir de dois temas complementares que de alguma forma nos ajudam a mergulhar no otimismo ou no pessimismo. Começamos falando da Utopia original, de Thomas Moore, para falar de apocalipse nos videogames, cyberpunk, Brasília como utopia arquitetônica, Huxley, Orwell e Burguess, entre outros autores que ajudaram a temer o futuro – mas como reverter este cenário?
Como arte e cultura pautam suas viagens? Eu e Polly Sjobon embarcamos em mais um Polimatias saudoso para lembrar do tempo pré-quarentena eterna em que programávamos viagens a partir de passeios culturais – e não os pontos turísticos de sempre. Damos uma volta nos passeios de sempre para nos perder em cidades e países que nos apresentam seus pequenos segredos a viajantes dispostos a desbravã-los para além dos que os sites, aplicativos e mapas tentam nos empurrar.