Como vai ser o seu Planeta Terra hoje?

Hoje começa uma nova etapa pra aquele que já foi o melhor festival brasileiro. O Terra surgiu no vácuo deixado pelo Tim Festival e entre as primeiras edições na Vila dos Galpões lá no fim da Marginal Pinheiros e as mais recentes, no Playcenter, conseguiu estabelecer-se como o principal evento de shows pop no Brasil. O posto vem sendo lentamente ameaçado por três fatores: a bolha de novos festivais no Brasil (que junta um revigorado Rock in Rio com a grife do Lollapalooza e o novato SWU, entre outros), a ascensão dos shows de médio porte no Brasil e o próprio fato de, em sua edição mais recente, que trouxe os Strokes (com ingressos esgotados em menos de uma semana), o festival ter meio que batido no teto de possibilidades para um evento que se vangloriava do rótulo indie. À sua frente, uma encruzilhada – ou seguir buscando um recorte menos populista, sem nomes tão fortes e ganhando pela variedade, ou tentar sair do nicho e tentar trazer artistas ainda mais pop.

A escalação desse ano aposta nas duas opções, mas já queima a largada, de saída, ao perder uma de suas atrações mais fortes em termos de público, com a saída do Kasabian do evento. Ruim para os fãs da banda (não estou entre eles), melhor para aqueles milhares de trintões que esperam o festival para poder assistir sua banda favorita dos anos 90. Fora a primeira edição, todas as outras trouxeram medalhões da última década do século passado: Breeders e Jesus & Mary Chain em 2008, Sonic Youth e Primal Scream em 2009, Pavement e Smashing Pumpkins em 2010 e Strokes e a banda de um dos Gallaghers (ainda existe?) no ano passado. Este ano, Suede e Garbage surgem para seguir a tradição e a saida Kasabian acabou dando mais tempo para as bandas do palco principal. O Suede foi o mais beneficiado, pois deixou de tocar às 17h para começar às 18h30. A banda de Brett Anderson não é propriamente uma atração para se ver com o por do sol.

E assim ficaram os horários dos shows deste sábado:

Palco Indie

13h – Far from Alaska às 13h,
13h50 – Madrid
15h – Banda Uó
16h15 – Little Boots
17h45 – The Maccabees
19h15 – Azealia Banks
20h45 – The Drums
22h15 – Gossip

Palco principal

15h15 – Mallu Magalhães
16h45 – Best Coast
18h30 – Suede
20h15 – Garbage
22h – Kings of Leon

Meu plano é chegar pra ver a Little Boots, depois ver o Best Coast e emendar com o Suede; se rolar, dar um pulo na Azealia Banks, ver um pouco do Garbage, outro tanto do Gossip e cair fora antes do fim do evento, que deve acontecer pela meia-noite, pra evitar a muvuca. Os palcos ficam assim:

E não custa lembrar que o Jóquei é do lado da Estação Butantã do metrô, o que facilita pacas a vida.

E quais são seus planos pro festival hoje?

Planeta Terra à tarde

Saíram os horários pro Terra desse ano, olha só:

MAIN STAGE
14h15 – Mallu Magalhães
15h30 – Best Coast
17h00 – Suede
18h30 – Kasabian
20h15 – Garbage
22h00 – Kings of Leon

INDIE STAGE
13h50 – Madrid
15h00 – Banda Uo
16h15 – Little Boots
17h45 – The Maccaabees
19h15 – Azealia Banks
20h45 – The Drums
22h15 – Gossip

O jeito vai ser chegar cedo pra ver o Best Coast e sair depois da Azealia Banks ou do comecinho do Garbage…

E no Planeta Terra 2012 teremos…

O Mac que cravou o lineup final lá no Scream & Yell. Saca só:

Kings Of Leon
Garbage
Kasabian
Gossip
Suede
The Drums
Azealia Banks
The Maccabees
Best Coast
Little Boots
Mallu Magalhães
Madrid
Banda Uó.

Vão ter bons shows, mas no geral a escalação tá fraca, nota 6. Vamos ver como é que isso se comporta no Anhembi Jóquei.

Suede no Planeta Terra?

Quem tá confirmando é o fã clube brasileiro da banda, que diz ter confirmado com o agente da banda. O Zé Norberto Flesch só twittou sobre:

E em seguida o Terra avisou, também via Twitter:

Bem capaz, hein.

Beck no Planeta Terra?

O povo do blog You! Me! Dancing! pegou um printscreen da agenda do Best Coast em que eles confirmam que tocariam no mesmo festival que irá trazer Kings of Leon e Garbage no Brasil, olha só:

Isso não prova nada, mas que é uma boa pedida, isso é.

Planeta Terra 2012: Data e local definidos

This just in: o próximo Planeta Terra acontece mesmo no Jóquei, como se especulava, no dia 20 de outubro, um sábado. Só faltam as bandas e o preço, pra começar a se programar – ou não.

Planeta Terra 2012: Kings of Leon, Gossip, M83, Gotye, Garbage, Hives, Kasabian… e um bolão!

Se esse Planeta Terra que o Lucio cogitou for verdade, será a edição mais caída do festival. Nem o M83 vale a ida. Enquanto isso, o Rock’n’Beats faz um bolão pra ver quem acerta a escalação deste ano.

Planeta Terra 2012: Será?

Essa imagem apareceu online hoje, será que é isso mesmo?

Pulp, M83, Grouplove, Mumford & Sons, Klaxons, Oh Land e Hives até seguram a onda de um festival que ainda vai ter Kasabian, Kings of Leon e Gotye. Mas Mundo Livre S/A e Emicida é muita preguiça na hora de procurar banda brasileira nova, hein. E o Gossip e o Garbage não tavam “quase certos”?

O meu Planeta Terra 2012

Um exercício de especulação

A essa altura do ano passado, o festival Planeta Terra não só já havia anunciado parte de seu elenco, como os ingressos haviam sido esgotados. Até agora, o máximo de especulação que eu ouvi falar foi que talvez o Hot Chip viria. Por isso, acho que está na hora de começar a cogitar o que pode vir por aí no maior festival de indie rock do Brasil.

Porque o Terra está numa encruzilhada. Depois do sucesso dos Strokes no ano passado (que fizeram os ingressos do festival esgotar em menos de um dia), há uma expectativa de que isso possa se repetir este ano. Não que o fenômeno dos Strokes seja único; há artistas que poderiam repetir o bom desempenho de bilheteria sem que o festival necessariamente caia no mainstream, mesmo porque o mainstream de hoje em dia tem um pezinho no indie. Nomes como Arcade Fire, Killers, Wilco, Arctic Monkeys ou Adele (no limite) poderiam fazer os ingressos se esgotarem bem mais rápido que nas edições anteriores à dos Strokes (que tiveram descontos de lotes e ficaram meses à venda).

O problema é que não é simples assim. A curadoria de um evento deste porte esbarra em obstáculos como agenda, cachê e disponibilidade dos artistas, além de compatibilidade com o gosto dos patrocinadores. E aí pode ser que o festival derrape: ao tentar garantir um nome de peso próximo ao dos Strokes, pode optar por deixar de ser um evento indie e ir para o escalão acima, onde o SWU e o Rock in Rio se engalfinham em torno de bandas que tocam no rádio e artistas cuja carreira terminou há mais de vinte anos, embora não tenham percebido ou consigam sobreviver com clássicos. Ou seja: um festival puramente comercial. O que seria uma pena, afinal o grande trunfo do Terra é justamente manter-se indie, trazendo artistas que nem tem disco lançado no Brasil na hora em que eles estão começando a acontecer no exterior.

E como sonhar não custa nada, faço aqui a lista do que seria um Planeta Terra perfeito para mim. Claro que apenas metade de um dos palcos que cogitei já deixaria o festival emocionante, mas resolvi partir pra utopia mesmo, misturando meu gosto musical com a vontade de ver (ou rever) determinados artistas ao vivo.

Assim, o palco indie começaria como…


…Bonifrate…


…depois teríamos o Silva…


…o Teen Daze faria aquele showzinho pré-por do sol…


…o Chromatics tocaria durante o por do sol…


…o Suede entraria pelas 20h…


…seguido do Pulp…


…e terminando com o Xx, antes da meia-noite.

Enquanto o palco principal ficaria com…


…Rosie & Me…


…Cícero…


…o Metronomy ao cair da tarde…


…o Girls no por do sol…


…Hot Chip à noitinha…


…seguido do Spiritualized…


…passando pelo Wilco…


..e culminando com Cure.

Tá bom, não? E você, o que sugere?

Blur no Brasil em 2012?

Lúcio que veio com esse papo, que a banda de Damon Albarn baixaria por aqui no segundo semestre… O Blur seria um nome perfeito pra desintoxicar o Terra do risco de virar um festival pop (depois das expectativas criadas a partir da venda de ingressos a jato, depois do anúncio dos Strokes, no ano passado) e retomar suas raízes indies que o tornam um festival tão particular no cenário brasileiro. Mas embora o Blur seja apenas um dos nomes que podem exercer esse poder – Pulp, Suede, My Bloody Valentine, Wilco e Spiritualized são outros fáceis de se encaixar neste perfil -, ele é certamente o nome mais reconhecível pelo público não-indie.

É só torcer pra não ser no SWU, que aí é difícil…

Abaixo, a música nova que o grupo já apresentou como parte do material inédito que irá lançar ainda este ano.

Dedos cruzados.