E tem show deles esse ano, hein! Eu vi lá no Hyde Park, é bem foda, olha:
Escrevi sobre o novo filme da série O Planeta dos Macacos no Divirta-se dessa sexta. O filme vale – e muito.
Esqueça o ‘Planeta dos Macacos’ de Tim Burton (aquele acinte à história da ficção científica). Planeta dos Macacos – A Origem não tenta inventar moda nem reescrever nenhuma história. Pelo contrário. Parte do pressuposto tão em voga na ficção científica do século 21 que dispõe-se a contar o que aconteceu antes da história que todos conhecem.
Vale um parêntese: (assistir ao primeiro ‘Planeta dos Macacos’ ou às suas quatro continuações – produzidas entre 1968 e 1973 – não é um pressuposto imprescindível para ver o novo filme, mas há uma série de referências e cenas rápidas que farão os fãs dos originais sorrir em silêncio – como a rápida citação a ‘Os Dez Mandamentos’, com Charlton Heston, o protagonista do primeiro filme.)
‘A Origem’ acompanha a carreira do cientista Will Rodman (James Franco, ótimo como sempre), que tenta desenvolver uma droga para curar o mal de Alzheimer, que aflige seu pai (John Lithgow). Mas, ao testá-la em chimpanzés, Rodman percebe que sua invenção vai além do proposto e aumenta a inteligência dos bichos-cobaia. E leva um deles para a casa, para logo perceber que seu remédio tem funcionado bem demais.
O que vemos a seguir é o auge de uma parceria já consagrada: a do ator Andy Serkis e do estúdio de efeitos especiais Weta, de Peter Jackson. Serkis pode ser desconhecido à primeira lembrança, mas é o mesmo ator que vive o Gollum na saga ‘O Senhor dos Anéis’ e o personagem principal de ‘King Kong’ (2005). Sua interpretação magistral e efeitos especiais de primeira fazem o macaco de Rodman, batizado Caesar, um dos principais eventos cinematográficos do ano.
E, para quem teme que o filme seja apenas ação e ficção científica, o trunfo de seu diretor (o novato Rupert Wyatt, em seu segundo filme) é equilibrar isso com cenas tocantes da relação homem-animal. Há certa demagogia, mas na medida certa, sem nunca tornar o filme piegas.
Também convém observar a câmera de Wyatt, que balança entre árvores, prédios e carros como a graça e a destreza de um animal selvagem – uma espécie em extinção.
Tá vendendo na Etsy.
E por falar em Planeta dos Macacos, acabei de ver o filme novo da série e ele é MUITO bom.
Aumenta o som, djidêi!
Falei do prequel do Planeta dos Macacos outro dia e hoje trombei com um post do Gamma Squad que reúne os virais criados para divulgar o conceito de evolução que é o ponto de partida rumo à sociedade de Cornelius e do Dr. Zaius. Dá uma sacada:
O primeiro deles, o da metralhadora, já teve quase 7 milhões de views…
Não costumo ser fã de prequels, mas esse parece ser melhor que a média.
O designer Brandon Schaefer segue uma linha parecida com a do minimalista espanhol Hexagonall – e ambos pertencem a uma cena global de remixadores visuais do inconsciente coletivo que, através do design, relêem o século 20 e o começo deste 21 com perspectivas bem além dos clichês que os cercam. Nessa mesma linha, vale conferir o Supertrunfo de fontes do Face 37, os livros-game de Olly Moss, os filmes de papel do Spacesick, os pôsteres do polonês Grzegorz Domaradzkis, o Tarantino do canadense Ibraheem Youssef, a filosofia pop do Mico Toledo e os super-heróis pulp de Steve Finch. E estes são apenas alguns dos que republiquei por aqui. Há muito mais.
Invenção desse sujeito aqui.