Vamo acelerar o ritmo?
Tiê – “Isqueiro Azul”
Adriano Cintra – “Animal”
Metrô – “Cenas Obscenas”
Hall & Oates – “You Make My Dreams Come True”
Bonnie Tyler – “Total Eclipse of the Heart”
Journey – “Don’t Stop Believin'”
Johnny Thunders – “You Can’t Put Your Arms Around a Memory”
Carpenters – “I Need to Be in Love”
Pink Floyd – “Summer’68”
Simplício Neto & Os Nefelibatas – “Segunda-feira em Oz”
Jaloo – “Downtown”
Amadou & Mariam – “Ce N’est Pas Bon (A JD Twitch edit)”
Thom Yorke – “There Is No Ice (For My Drink)”
Aphex Twin – “Produk 29”
Jamie Xx – “Girl”
Outros trinta segundos de Endless River, o disco novo que David Gilmour e Nick Mason vão lançar sob o nome de Pink Floyd, desta vez enfatizando a participação do tecladista Rick Wright, morto em 2008, cujos registros feitos em 1994 foram o motivo para os dois remanescentes comporem um novo álbum:
O que sobrou do Pink Floyd volta a dar sinal de vida. David Gilmour e Nick Mason postaram nessa semana o primeiro trecho do último álbum, um picote de 30 segundos de um aparente longo solo de guitarra que prenuncia o quase-póstumo The Endless River.
Quase-póstumo porque o disco é uma espécie de último suspiro possível do grupo, que foi no baú do fraco Division Bell, do início dos anos 90, para resgatar teclados inéditos do falecido Rick Wright e tentar tirar daí um disco novo. Felizmente instrumental (embora a esposa de David, Polly Samson, tenha conseguido emplacar uma música com letra, “Louder Than Words”), o disco parece ser antecipar um obituário ainda em vida para a banda, que provavelmente vai aproveitar a deixa para excursionar mais uma vez os velhos clássicos.
O tom do disco é quase ambient, com a guitarra mestra de Gilmour derretendo-se bluesy como sempre, também felizmente (ouça abaixo), embora uma faixa chamada “Autumn’68” (referência óbvia ao hino “Summer’68″) possa causar uma curiosidade seguida de calafrio. O disco também sairá em vinil (duplo, claro) e terá uma versão deluxe cheia de extras em áudio e vídeo.
Depois disso só resta Gilmour e Roger Waters refazerem as pazes e singrarem juntos mais uma vez tocando cada um dos discos, na íntegra. Mas isso é utopia, como também foi utopia imaginar que, até a morte de Wright em 2008, uma volta do grupo com a formação heróica.
Abaixo, a ordem das músicas de Endless River.
Lado 1
1. “Things Left Unsaid”
2. “It’s What We Do”
3. “Ebb and Flow”
Lado 2
1. “Sum”
2. “Skins”
3. “Unsung”
4. “Anisina”
Lado 3
1. “The Lost Art of Conversation”
2. “On Noodle Street
3. “Night Light”
4. “Allons-y (1)”
5. “Autumn’68”
6. “Allons-y (2)”
7. “Talkin’ Hawkin'”
Lado 4
1. “Calling”
2. “Eyes To Pearls”
3. “Surfacing”
4. “Louder Than Words”
Polly Samson já tinha postado há dois meses, em seu Instagram, a foto de David Gilmour gravando com três vocalistas, entre elas Durga McBroom-Hudson, que foi vocalista do Pink Floyd desde sua controversa ressurreição em 1987, com o disco Momentary Lapse of Reason, até o fim de sua última turnê, do disco The Division Bell, de 1994. Mas Samson, esposa do ex-Pink Floyd David Gilmour, não aguentou e deu as notícias essa semana em sua conta no Twitter, dizendo que aquela sessão que havia registrado em seu Instagram não era de um novo disco solo do guitarrista, e sim o primeiro disco do Pink Floyd desde 1994.
Sim, vem aí um novo disco chamado The Endless River, gravado com os últimos registros do falecido tecladista Rick Wright na turnê de 1994, que reunirá novamente David Gilmour e Nick Mason sob o nome de Pink Floyd. Durga confirmou a participação no disco em sua página no Facebook, dizendo que o disco começou como um projeto instrumental do guitarrista com o baterista, até que ela foi chamada para gravar vocais na mesma época em que Gilmour começou a gravar os seus. Não há confirmações de nenhuma fonte oficial, mas é bem pouco provável que o baixista Roger Waters embarque nessa.
Outono assim sim.
Lily Allen – “Everybody’s Changing”
Chromeo + Solange – “Lost on the Way Home”
Arnaldo Baptista “Hoje De Manhã Eu Acordei”
Rafael Castro – “Apagada a Luz”
Spoon – “I Turned My Camera On”
Tears for Fears – “Mad World”
Pipo Pegoraro – “Radinho”
Giancarlo Ruffato – “O Homem da Casa”
Radiohead – “Unravel”
Work Drugs – “Rolling in the Deep”
David Bowie – “Life on Mars”
Neil Young – “My Hometown”
Sebadoh – “New Worship”
Pink Floyd – “Dogs”
O designer Harvezt resolveu ver o que tinha do lado de cá das capas de discos e fez essa galeria com várias versões de álbuns clássicos vistos do ponto de vista da própria capa. Saca outras aí embaixo:
No final dos anos 60, o Pink Floyd ainda andava perdido após expulsar seu antigo Syd Barrett por motivos de excesso de psicodelia e seguia experimentando possibilidades sonoras em busca de sua própria voz. Até o lançamento de Atom Heart Mother, em 1970, Roger Waters, David Gilmour, Nick Mason e Rick Wright oscilavam entre jam sessions explosivas e números acústicos bucólicos, sem saber exatamente onde ia chegar. É desta época que data a suíte The Man and the Journey, espetáculo ao vivo em que o grupo tentava achar uma coesão narrativa entre músicas que seriam lançadas oficialmente em discos posteriores (principalmente Ummagumma e a trilha sonora do filme More, quando ganharam novos títulos). Desta época também vem as experiências do grupo com efeitos sonoros – tanto usando instrumentos improváveis quanto sons pré-gravados – e com happenings ao vivo (em dado momento do show um roadie aparecia fantasiado de gorila no meio do público, em outra hora serviam chá para a banda durante a execução de uma música – “Teatime”, claro -, além de fumaça e canhões). O Dangerous Minds encontrou a gravação do espetáculo More Furious Madness from the Massed Gadgets of Auximenes no YouTube, um show que foi ensaiado para ser apresentado no Royal Festival Hall londrino, mas que pode ser ouvido abaixo no show que fizeram em Amsterdã, na Holanda, no dia 17 de setembro de 1969, no Concertgebouw, que foi transmitido por uma rádio local.
Abaixo, além das faixas tocadas no show (com seus nomes oficiais entre parênteses) também há um vídeo do ensaio para a apresentação no Royal Festival Hall. Enjoy:
Mais um registro, dessa vez oficial, de um dos grandes shows do ano – quando o Cidadão Instigado visitou o Dark Side of the Moon do Pink Floyd dentro do projeto 73 Rotações do Radiola Urbana. Com seis câmeras mirando no palco, o site registrou o momento épico de encerramento de um show espetacular.
Uma viagem… E como não seria? Afinal Fernando Catatau, Régis Damasceno, Dustan Gallás, Clayton Martin e Rian Batista pareciam ser os candidatos óbvios à tão árdua tarefa – tocar todo o principal disco do Pink Floyd pós-Syd Barrett ao vivo. Este trabalho já havia começado a existir quando o Instituto homenageou Gilmour, Waters, Mason e Wright num show há três anos – contando com os cidadãos Régis Damasceno e Fernando Catatau nas guitarras. E é famoso o apreço da banda cearense pelo grupo inglês, por isso não foi difícil para os Radiolas Urbanas pensarem no show que aconteceu sexta passada no Sesc Santana dentro do projeto 73 Rotações, idealizado pelo site de Ramiro e Filipe.
Mas uma coisa é falar da inevitabilidade (ou obviedade) da escolha, outra coisa é vê-la funcionando. Quem esteve presente no palco do pequeno teatro foi transportado para a dimensão emocional abordada por Roger Waters ao cogitar um disco conceitual sobre o sentido da vida. Tempo e dinheiro, vida e morte, loucura e sanidade – os temas abordados por Dark Side of the Moon eram amplificados pela atuação da banda – além do peso da melodia, dos riffs, dos versos e vocais, havia o fato da maioria do público presente ter assistido a ascensão do Cidadão Instigado na última década, que de banda retirante liderada por um barbudo com jeito de maluco tornou-se um dos principais nomes do pop brasileiro do século 21. Não parecia apenas inevitável (ou óbvio) que o Cidadão pudesse tocar seu disco mais influente e central do Pink Floyd, parecia natural. Uma herança que cruzou o Atlântico e o Equador para renascer nova na zona norte da cidade de São Paulo, tocada por um grupo do Ceará. Uma interseção de valores improváveis que mostrava aos novatos ao disco do prisma (se é que havia alguém ali) as principais referências musicais e conceituais reverenciadas pelo Cidadão Instigado. E o grupo foi feliz tanto ao escolher a cantora Nayra Costa para segurar os vocais de apoio do disco (que fez arrepiar ao assumir a épica “The Great Gig in the Sky”) quanto ao dividir os vocais principais entre as diferentes vozes do grupo. Em vários momentos a importância emocional do Dark Side of the Moon se misturava àquela relativa ao Cidadão Instigado e era possível perceber a união entre público e banda em torno de um sentimento puro – aquele que nos leva a gostar de música.
Foi pura emoção. Um disco cerebral tornado passional ao vivo, que ainda contou com “Have a Cigar”, do disco seguinte, Wish You Were Here, no bis. Esperamos outras aparições deste espetáculo – ou pelo menos outras versões (adoraria ver o grupo tocando o The Wall, “Shine On You Crazy Diamond” ou o subestimado Animals, entre outros).
Fiz uns vídeos e eles estão logo abaixo. A foto que ilustra o post é de Vinícius Nunes e eu peguei no site do Radiola.
Karina Buhr tocando o primeiro disco dos Secos & Molhados, Cidadão instigado relendo a íntegra do Dark Side of The Moon do Pink Floyd, Céu visitando Catch a Fire do Bob Marley & The Wailers e Fred Zeroquatro apresentando a clássica estréia em disco de Nelson Cavaquinho. É um pequeno festival dos sonhos, mas não é tão sonho assim, pois irá acontecer: a nova encarnação do projeto 72 Rotações, realizado no ano passado pelos compadres do Radiola Urbana, ganha uma versão 2013 e mais uma vez o palco do Sesc Santana recebe nomes da nova música brasileira reinterpretando clássicos com 40 anos de idade, no final de setembro. Os shows do evento 73 Rotações acontecem entre os dias 26 a 29 do mês que vem, sempre às 21h (à exceção do último show, no domingo, às 18h), e conversei com os compadres Ramiro Zwetsch e com o Filipe Luna, capitães tanto do Radiola Urbana quanto do festival, sobre o evento que já pode ser considerado histórico. A entrevista segue abaixo: