Adventure Time talvez seja um dos grandes trunfos culturais dessa década, ainda crescendo lentamente rumo ao topo do pop. A popularização do desenho já está em estágio avançado de massificação e se você não sabe do que se trata, faça-se o favor de se informar e cair na melhor psicodelia do século até agora. Os personagens do programa do Cartoon Network aos poucos estão se embrenhando em nosso inconsciente e não duvide se 2015 assistir ao momento em que eles se tornarão mais populares que o Mickey, o Snoopy ou o Super Mario para todas as faixas etárias. Essa compilação de capas de discos clássicos mashupadas com o imaginário do título, reunida por este blog, já dá uma vaga noção de que o desenho não é mais um segredo entre crianças apaixonadas, pais vidrados e doidões deslumbrados:
O Cunha Júnior do Metrópolis saiu na rua pra perguntar se o pessoal reconhecia o disco novo do Pink Floyd, Endless River, e me chamou pra perguntar o que tinha achado do disco.
Endless River, o disco novo do Pink Floyd, pulou para o número 1 dos discos mais vendidos na Inglaterra, posto que eles não ocupavam desde o disco duplo ao vivo P.U.L.S.E., de 1995. Mas apesar de David Gilmour ter garantido que é o último disco novo da banda, isso não os impede de continuar ganhando dinheiro com reedições de material antigo, como uma nova edição para o disco Animals e um lançamento de vídeos com a história da banda. Foi o que contou o baterista Nick Mason à revista Billboard:
“Sempre há um tipo de discussão sobre o que deveríamos fazer. E isso tende a ser daquelas coisas que acho que são preocupações mais da gravadora do que nossa. Mas sempre estamos abertos às idéias deles. (…) Sei que tanto Roger (Waters) quanto David (Gilmour) já mencionaram que eles gostariam de remixar o Animals, que tecnicamente é um de nossos discos que foram mal gravados. Acho que provavelmente limparíamos aquelas gravações e as avaliaríamos de novo para ver como elas poderiam ser melhoradas. E se já fizéssemos isso, provavelmente veríamos se há algo que poderíamos refazer. Mas nenhum de nós temos tempo em nossas agendas por enquanto. (…) Passei muito tempo nos últimos anos reunindo arquivos de vídeo e de filmes, acho que poderia ser algo interessante (para se lançar) alguma hora. Há uma abundância de filmes e vídeos recentemente sobre bandas ou histórias de bandas. Nosso problema é que somos de uma época em que ninguém gravava nata; talvez tenha algumas coisas em Super-8 ou umas aparições na TV bem pro começo, coisas assim, que são divertidas. O maior problema é que quando estávamos em turnê nos anos 70, nunca filmávamos nem gravávamos nada dos shows, o que seria bem interessante, rever aqueles shows originais do Dark Side. Há muita coisa velha divertida, mas acho que há o suficiente para fazer algo realmente interessante, quando tivermos tempo para trabalhar nisso.”
Dedos cruzados!
The Endless River, o disco novo do Pink Floyd, é mais um prego no caixão da banda do que propriamente uma despedida com chave de ouro. Umas sobras de gravações foram transformados num álbum (felizmente) instrumental, cuja única música com letra ganhou um clipe cuja breguice visual destoa do resto do disco – que é esquecível por um lado mas longe de ser constrangedor (como esse clipe).
Para uma banda que exaltou a amizade de um velho companheiro em dois discos perfeitos – Dark Side of the Moon e Wish You Were Here, ambos sobre Syd Barrett -, Endless River parece mais um acanhado pedido de desculpas feito por David Gilmour por não ter se imposto contra a pressão que Roger Waters exercia sobre o velho amigo e tecladista Rick Wright nos últimos dias do Pink Floyd como um quarteto. A gravação de The Wall, no final dos anos 70, foi marcada pelo ego gigante de Waters, que pegou tão pesado com Rick que, no disco seguinte, Final Cut, o tratou apenas como músico contratado – e não fundador da banda. Anos após a morte de Wright, em 2008, Gilmour vem com esse disco em homenagem ao amigo para tentar apagar a própria mágoa em relação à amizade que viu desfazendo-se quando o Pink Floyd ainda era uma banda importante musicalmente.
A dúvida é saber se vai haver turnê desse novo disco… Será… que não?
Hoje é dia de festa e alegria!
Paula – “Lover Boy”
Criolo + Tulipa Ruiz – “Cartão de Visita”
Kendrick Lamar – “i”
Nicki Minaj – “Anaconda”
Calvin Harris + Haim – “Pray To God”
Neneh Cherry – “Spit Three Times (DJ Spinn Remix)”
Caribou – “All I Ever Need”
Taylor Swift – “Clean”
André Paste + João Brasil – “Não Pode Parar”
Sinkane – “New Name”
Ruído/mm – “Requiem for a western manga (西部マン)”
Pink Floyd – “It’s What We Do” / “Ebb and Flow”
Thurston Moore – “Speak To The Wild”
Vamos ver se esse Endless River, dito último disco do Pink Floyd, vale à pena…
The Endless River, o inesperado e quase-instrumental disco do Pink Floyd, será lançando do início do mês que vem e a banda segue alimentando seu canal do YouTube. Desta vez, reuniu depoimentos de David Gilmour e Nick Manson sobre as gravações do novo disco e sua relação direta com o disco anterior da banda, The Division Bell, em cujas sessões os teclados inéditos de Ricky Wright, morto em 2008, foram recuperados.
Eis a música nova do disco novo do Pink Floyd, ripada do rádio. “Louder than Words” talvez seja uma das canções mais inofensivas da história da banda, mas por outro lado, é a única com letra no quase instrumental The Endless River. Vamos ver se o disco sobrevive às palavras, já que as de 2014 soam chatas e sem graça. E pode ficar tranquilo que essa música vai tocar sem parar.
Ao menos o solo de guitarra é bonito. Óbvio, mas bonito.
Mais um trechinho de uma música do novo disco do Pink Floyd…
…e mais informações sobre The Endless River. Desta vez a novidade é que um usuário do Reddit descobriu um site que traz mais informações sobre a ficha técnica do disco. E entre as surpresas está mais uma participação do físico Stephen Hawking em um disco do Pink Floyd: “Talkin’ Hawkin’” deve partir de algum trecho não utilizado na faixa “Keep Talking”, do disco The Division Bell, último disco que a banda lançou, em 1994, ainda com a participação do tecladista Rick Wright, que morreu em 2008. The Endless River é composto sobre os teclados que Wright gravou nas sessões de Division Bell e a ficha técnica traz mais algumas revelações – com a de que Wright é co-compositor de 12 faixas (e o baterista Nick Mason apenas de duas) e apesar do disco ser quase todo instrumental (à exceção da faixa que encerra o álbum, “Louder Than Words”, The Endless River ainda conta com vocais de apoio de David Gilmour em mais outras três canções.
Roger Waters teve que avisar no Facebook que não tem nada a ver com o disco novo do Pink Floyd:
“Algumas pessoas têm perguntado à Laurie, minha esposa, sobre um novo álbum que vou lançar em novembro. Hein? Eu não estou com um disco prestes a sair, eles estão confusos. David Gilmour e Nick Mason têm um álbum prestes a sair. Chama-se Endless River. David e Nick constituem o grupo Pink Floyd. Eu, por outro lado, não sou parte do Pink Floyd. Deixei o Pink Floyd em 1985, já são 29 anos. Não tenho nada a ver nem com os discos de estúdio Momentary Lapse of Reason e The Division Bell nem com as turnês de 1987 e 1994, nem tenho nada a ver com Endless River. Ufa! Isso não é tão difícil, se liguem.”
A confusão, no entanto, é natural, uma vez que Roger Waters é fundador do Pink Floyd e, mesmo que tenha saído da banda em 1985, quando David Gilmour, Nick Mason e Rick Wright ganharam o direito, na justiça, de usar o nome do Pink Floyd, ele continue passeando por aí em turnês que carregam os hits de seu antigo conjunto como carro-chefe.