Em quatro vídeos feitos pela Piauí, o diretor artístico da Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo, Arthur Nestrovski, sintetiza a importância do maior artista brasileiro, João Gilberto, que morreu há um mês.
Laerte tinha uma gata que não mexia as patas traseiras por ter sido vítima de uma espingarda de chumbinho. Ele contou ao Fernando de Barros e Silva, na Piauí:
O problema do mau cheiro decorre do quadro clínico de uma das duas gatas de Laerte. Cinco anos atrás, Celina e Muriel foram alvejadas com tiros de espingarda por alguém da vizinhança. Muriel convive até hoje, e aparentemente bem, com a bala de chumbinho que ficou alojada em seu ombro. Mas o tiro que atingiu Celina a deixou paraplégica. “Ela perdeu as pernas de trás. Tem cistite recorrente, precisa tomar antibiótico de doze em doze horas, não controla o mijo, suja tudo”, explicou Laerte.
A gata se arrasta pela casa. Durante parte do dia, se locomove com a ajuda de uma espécie de cadeira de rodas feita pelo cartunista. À noite, dorme na sala, trancada numa gaiola. Muriel dorme na cama com o dono. “Quando acordo, abro a porta para a Muriel e vou cuidar da Celina.”
Ele não quis investigar quem foi o autor dos disparos: “Um vizinho ficou me açulando; dizia: ‘Ele tem um táxi.’ Quatro caras na minha rua têm táxi. O que vou fazer com essa informação?”
A história de Celina motivo o grande artista a imortalizá-la numa série de tiras tristes, que publicou diariamente tanto na Folha de São Paulo quanto em seu blog Manual do Minotauro. Reproduzo a história inteira abaixo:
A arte é da russa Nadia Khuzina, que comentou a ilustração em seu site. Ficou assim na capa da revista:
Vi no Bracin.
Na Piauí:
“Vivemos numa geração meio mariquinha, todo mundo diz: “Vamos lidar psicologicamente com isso?” Naquela época, você simplesmente sentava o pau e resolvia na porrada. Mesmo que o cara fosse mais velho e fortão, pelo menos você era respeitado por encarar a briga, e te deixavam em paz.
Não sei se dá para dizer exatamente quando começou essa geração mariquinha. Talvez tenha sido quando as pessoas começaram a se perguntar sobre o sentido da vida.”
Vi na Piauí.
Parte dos cartuns que o Caco fez pra Piauí.
Pela estratosfera do planeta Almodóvar, trafegam filmes cujas feições e inquietações são gestadas no feminino, antes de ganharem universalidade unissex. São assim “A flor do meu segredo” (1995), “Tudo sobre minha mãe” (1999) e “Volver” (2006), todos regidos por um eros cicatrizante. Para além deles, numa ionosfera estética mais aberta a diálogos com gêneros cinematográficos como o policial, gravitam histórias de ambiguidades, brutalidades e voracidades masculinas, sob o cabresto de tânatos. “Matador” (1986), “Ata-me” (1990), “Carne trêmula” (1997), “Má educação” (2004) e “Abraços partidos” (2009) têm essa toada. Curiosamente, são os longas-metragens de maior refinamento visual do cineasta espanhol. É a essa porção mais viril (e plasticamente requintada) de sua obra que “A pele que habito” (“La piel que habito”) se filia. A evidência inicial é o regresso de Antonio Banderas ao ninho do realizador que fez dele um muso na década de 1980.
Como ela, eu também não gosto de cerva (mas “bebidas docinhas” é dose…). Mas e daí? Há todo um mundo publicitário abrindo-se à sua frente, veja só:
Com o corpo cheio de espuma após balançar freneticamente os quadris num baile funk da Furacão 2000, Sandy desceu da gaiola das popozudas e subiu ao palco para entoar “Bonde do Mengão Sem Freio”. Em seguida, entoou clássicos como “Tem que ter uma amante”, “Chatuba de Mesquita”, “69 Frango Assado” e “Soca Tcheca”. Na saída, anunciou que nunca mais fará um coraçãozinho com as mãos e, a partir de agora, adicionará uma letra ao seu nome artístico.