Phantom Band – Checkmate Savage

, por Alexandre Matias

O andamento começa mansinho, constante, quadrado, kraut: “The Howling” abre Checkmate Savage, o disco de estréia da Phantom Band, como se esgueirasse por um lugar escuro. O grave eletrônico distorcido que sai do teclado de Andy Wake marca o tempo com a bateria de Damian Tonner, criando o ambiente para o vocalista Rick Antony, de timbre grave e seco, começar a conversar a letra da música. Aos poucos surgem as guitarras de Duncan Marquiss e Greg Sinclair entrelaçadas ao baixo de Gerry Hart, primeiro soltando notas aqui e ali, até que o chamado sintetizador as libera para os riffs – e a bateria encontra os pratos, enquanto o vocalista canta o título da canção, acompanhado por diferentes vocais de apoio (uns sérios, outros paródicos). Eis o som da Phantom Band de Glasgow: uma certa monotonia pós-punk adocicada com canções folk, com tempero krautrock e alguma levada de noise, sem demonstrar respeito por cânones sisudos, embora seu tom seja quase sempre solene. Com um impecável disco de estréia, eles bebem de fontes tão diferentes quanto Neu!, Television, The Band e Velvet Underground e soam como uma espécie de primo cerebral do National. Vai na fé.


Phantom Band – “Throwing Bones

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