A perseguição de carros como uma obra de arte

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Casper Christensen, aquele dinamarquês do Filmnørdens Hjørne que fez aquela montagem com as melhores aberturas de filmes, reuniu cenas espetaculares de perseguições de carros de filmes clássicos – novos ou modernos Operação França, Bullit, Os Irmãos Cara de Pau, um monte de James Bond e outro tanto dos filmes Bourne, Drive e até o quase sempre esquecido C’était un Rendez-Vous foram reunidos nessa montagem de tirar o fòlego.

E espere até tocar o Erik Satie. A partir dali que a montagem fica boa mesmo – e os carros começam a bater uns nos outros.

A vida imita a arte: cenas de perseguição

Outro dia essas cenas pararam a redação e provavelmente qualquer outro lugar que houvesse uma TV ligada nesse canal. E são cenas como estas – mais pela frieza do embate entre automóveis do que o dramalhão de uma cobertura ao vivo de situações com reféns – que me fazem ter a certeza de que a função da arte é propor novas realidades para as pessoas. Eu duvido que esse sujeito – como o cara da perseguição aí embaixo, na África do Sul -, teriam tido a manha de fazer o que fizeram se não tivessem assistido filmes e seriados com perseguições de carro espetaculares. E antes que você me apedreje, o raciocínio é simples: se a arte (ou a cultura ou qualquer outra manifestação lúdica que o cérebro humano use para organizar as informações do mundo) influencia a vida até mesmo neste nível quase surrealista, ela também pode mexer em camadas mais próximas e menos complexas da vida de cada um. Nem vou entrar no papo que a realidade é só uma manifestação da linguagem que usamos para traduzir o que captamos com os cinco sentidos, senão a conversa não tem fim…

Alguém lembra de alguma outra?