Contato feito

Os Pelados fizeram Contato e lançaram seu ótimo novo álbum (segundo? Terceiro? Quinto?) neste sábado na Casa Rockambole num show azeitadinho dirigido pela querida Olívia Munhoz (que também iluminou a apresentação). Sem banda de abertura e com uma única participação especial (o tangolo mango Felipe Vaqueiro, que também é a única participação no disco), o grupo paulistano lotou o antigo Centro Cultural Rio Verde numa noite em que fãs e amigos cantaram em coro todas as músicas – inclusive as novas. Com foco no disco recém-lançaram, deixaram as músicas que têm mais cara de indie rock tru fora do repertório, optando tocar apenas quatro músicas do excelente disco anterior, Foi Mal (“Vampirinhos do Amor”, “A Tênue Linha Entre Gostar e Nâo Gostar”, a vinheta “Medo de Ficar Pelado!!!”, que só começaram a tocar agora, e o hit “Foda Que Ela Era Linda”), e a íntegra do disco, além de uma música solo da vocalista Manu Julian, “E Aí Beleza?”, que ela tocou sozinha no palco com seu teclado (no que ela disse serem “os cinco minutos mais tensos da minha vida até o momento”) e outra dos Tangolo Mangos (“Armadura Armadilha”, para aproveitar a presença de Vaqueiro, que também tocou em “A Tênue…” e voltou na última música do bis, “Foda…”). Minha banda de rock paulistana favorita atualmente, os Pelados já tinham dado um passo ousado ao lançar um disco de música pop que deixaram o indie rock em que foram criados em segundo plano e fizeram um show à altura deste Contato, que ainda teve a graça de ser lançado no dia do aniversário do baterista Theo Ceccato, comemorado pelo público que puxou os parabéns antes do bis, que começou com a última música do disco novo, a transcendente “Instruções para Descongelar o Gilberto Gil no Espaço”. Coisa linda.

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Olha esse Festival Convida…

Confesso que fiquei balançado ao ver a escalação do aniversário de 20 anos do Festival Convida, em Brasília. Afinal de contas, olha esse elenco que reúne Edu Lobo com Bixiga 70, Juçara Marçal com Sophia Chablau e Uma Enorme Perda de Tempo, Mombojó com Pelados, Mari Jasca com Varanda, Móveis Coloniais de Acaju com Gaivota e várias outras bandas pequenas locais. Infelizmente, os shows não acontecem todos ao mesmo tempo em um mesmo espaço conjunto e sim durante diferentes datas de setembro na casa de shows Infinu, parada obrigatória para quem quiser fazer shows de médio porte na capital federal. Mas já é possível notar uma mudança de postura em relação à noção de festivais que nos assolou no período pós-pandêmico, que reúnem dezenas de artistas sem o menor critério curatorial, apenas para mostrar números e quantidade para justificar investimentos e patrocínios. Apesar de trazer artistas de diferentes estaturas e gêneros musicais, o festival brasiliense deixa evidente suas armas ao apostar em uma escalação pouco óbvia e comercial, privilegiando mais nomes inventivos e ousados do que propriamente populares. É de se comemorar – e notar que estamos em meio a uma mudança em curso…

Azul Pelados

Bem bonita a recém-revelada capa do disco novo dos Pelados, Contato. Sem firulas (nada de foto dos integrantes, título, nem sequer o nome da banda), ela só reforça a vibe de ficção científica retrô que parece pairar sobre o disco com efeitos gráficos analógicos. Uma das vantagens de ter uma vocalista, a sensível Manu Julian, que também é uma baita artista plástica. O terceiro disco da banda paulistana sai na próxima quinta.

Pelados em Contato


(Foto: Gabriela Luiza Bernal/Divulgação)

Os Pelados estão vindo! Um dos principais novos grupos indies de São Paulo já marcou a data de lançamento de seu terceiro disco, que se chamará apenas Contato e verá a luz do dia no próximo dia 21 – isso mesmo, deste mês! Nesta terça-feira eles começaram uma contagem regressiva em que anunciam o nome das músicas (com títulos como “Planeta Oxxo”, “Não Sei Fazer Refrão”, “WhatsApp 2”, “Boy, So Confusing (Lauiz e Doutor Smirnoff enfrentam seus fantasmas no planeta XCX)”, “Star Trek: O Primeiro Contato” e “Instruções para Descongelar Gilberto Gil no Espaço”), além de fazer referências de Luka Modrić (quem conhece sabe), Alpha Zero e Stockfish, reforçando não apenas a natureza pop do próximo disco como esse inusitado pé na ficção científica – além de oficializar duas participações especiais, Felipe Vaqueiro (o vocalista dos Tangolo Mangos) e Tom Caffé (que também toca na Fernê, outra banda do Theo e da Manu – aliás, tá na hora daquele show anual, hein…).

Veja abaixo o nome das músicas:  

Pelados à vista

Os Pelados voltam a dar sinais fonográficos de vida ao lançar, nesta terça-feira, o primeiro single de seu terceiro álbum, “Estranho Efeito”, que ainda não tem título nem data de lançamento, mas já tem casa nova – o selo Risco, que os inclui em seu elenco. Com guitarras discretas, base dance e melodia indie, ela parece levar a banda para além do núcleo rock (apesar da referência aos Kinks) rumo a algo mais pop, sem que ela perca suas características específicas, o que parece ser a marca do próximo disco. Muito bom.

Ouça abaixo:  

Pelados 2025 a caminho!

Os Pelados continuam aos poucos esquentando o terreno para seu próximo álbum. A segunda parte do curta que revelaram na semana passada agora mostra a banda entrando literalmente em uma outra dimensão, enquanto o fim deste trecho anuncia novo single pra próxima terça, dia 5, batizado de “Estranho Efeito”. Seguimos à espera…

Assista abaixo:  

A nova vinda dos Pelados

Quem também está vindo são os Pelados… Primeiro, eles arquivaram todos os posts de sua conta no Instagram e agora soltam um curta em que atuam com um grupo mascarado que invade um lugar pra pegar uma certa pasta azul. E tiram essa pasta de um escritório em que dois funcionários dão dicas sobre o futuro da banda, quando um deles é vivido pelo produtor Gui Jesus Toledo (sócio do selo Risco, que também compartilhou o post) e outro pelo vocalista da banda baiana Tangolo Mangos Felipe Vaqueiro. Hmmm…

Assista abaixo:  

Embicando pro fim do Foi Mal

O fim de semana começou com mais um show dos Pelados, desta vez no palco do Museu da Imagem e do Som, lentamente encerrando o ciclo de seu disco de 2023, o ótimo Foi Mal, que chegou à sua versão em vinil justamente nesta apresentação. Talvez por isso a banda tenha abandonado de vez as músicas do disco anterior, focando apenas em músicas do disco mais recente (à exceção de “Medo de Ficar Pelado”, que o público até tentou puxar, e “Ser Solteiro é Legal”, que o guitarrista Vicente Tassara prometeu para um show próximo) e algumas do próximo disco, que já está gravado, entre elas uma que canta que “as cores da Enel desbotam no papel” no refrão e a já conhecida “Modrić”. E entre as músicas aquele clima de turma que sempre baixa nos shows, com as piadas infames da Manu Julian e do Lauiz (comemorando “aniversário”) e fazendo o público, que assistia ao show sentado, levantar-se das cadeiras para vê-los de pé. E se eu não vejo a hora de ver esse disco novo na rua, imagino a banda…

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A roupa nova dos Pelados

Não sei como tá a correria de fim de ano aí do seu lado, mas por aqui nunca vi um dezembro tão intenso, seguido da sensação de que o fim do ano começou em agosto (!), e essa insanidade de tempo, trânsito e tensão me fez perder o show da Bufo Borealis, que abriu a última edição do Inferninho Trabalho Sujo do ano em São Paulo, mas felizmente peguei o show da Pelados, fácil fácil minha banda brasileira favorita atualemnte, que aos poucos começa a abrir caminho para o próximo passo em suas carreiras, ao lançar o sucessor do formidável Foi Mal. Vincete Tassara, guitarrista da banda – e tecladista da Bufo, responsável por reunir suas duas bandas naquela noite que era seu próprio festival pessoal, o Viçafest -, já deu a letra que aquele é um dos últimos shows dessa fase e eles colocaram isso em prática nessa quinta mesmo ao tocar todo o disco na íntegra sem abrir espaço para as músicas do disco anterior. Em vez destas o grupo começou a mostrar suas roupas novas, trazendo músicas que estarão em seu segundo disco, que ainda nem têm título: uma com um refrão que fala sobre “as cores da Enel desmancham no papel”, uma bilíngüe e bipolar em que a vocalista Manu Julian canta que perdeu “todo o controle”, se acabando para mostrar que é uma das melhores cantoras de São Paulo hoje, e a terceira, “Modrich”, já conhecida pelos fãs dos shows que têm feito. E tão legal quanto ver a banda cada vez mais entrosada (é empolgante perceber a química entre os primos Manu e Vicente, o baterista Theo Ceccato esmurrando seu instrumento como um stooge, a baixista Helena Cruz quase uma Tina Weymouth abrasileirada entre o groove do samba-jazz e linhas angulosas pós-punk e Lauiz soltando ondas sintéticas enquanto faz piadas infames com um sorriso onipresente no rosto) é assistir ao público complementar a apresentação, berrando refrões, se acabando de dançar, abrindo rodas de pogo e gritando o nome da banda em uníssono. A noite terminou com uma versão Sonic Youth sem freio de uma das minhas músicas brasileiras preferidas da década, o épico indie “Yo La Tengo na Casa do Mancha”, que a banda esticou por mais de dez minutos de improv noise. Depois eu e Bamboloki seguimos o clima indie hits da noite misturando Charli XCX com Beck, aquela versão de “Voyage Voyage” em espanhol, mixando “Smalltown Boy” com “I Feel Love” e os nove minutos de “Marquee Moon” do Television, mantendo a pista cheia o tempo todo. E isso numa quinta-feira! Foi o último do ano em São Paulo (tenho novidades ainda sobre 2024 semana que vem) e o próximo acontece no dia 24 de janeiro, por isso já marca aí na agenda, porque em 2025 o Inferninho vai queimar ainda mais!

Assista abaixo:  

Inferninho Trabalho Sujo apresenta Bufo Borealis e Pelados – de graça!

E vamos encerrar mais um ano de Inferninho Trabalho Sujo nessa quinta-feira, quando retorno ao bom e velho Picles para receber duas bandas queridas que teriam se apresentado no mês passado caso a prefeitura de São Paulo não estivesse disposta a sabotar a própria população. Em um dos dias de blecaute que a cidade viveu recentemente, Bufo Borealis e Pelados se apresentariam no intenso sobrado no coração de Pinheiros no que seria a primeira edição do Viçafest, pois ambos grupos contam com Vicente Tassara na formação, que aproveitava a ocasião para coemmorar seu aniversário. Mas mesmo que a prefeitura e a Enel tenham lutado contra o Viçafest acontece nesta quinta-feira, dentro do Inferninho Trabalho Sujo e o melhor é que se você chegar antes das 22h não paga para entrar (só tem que retirar seu ingresso online antes neste link). O Picles fica no número 1838 da Cardeal Arcoverde e depois dos dois shows assumo a pista com a minha cúmplice caótica Bamboloki para nos despedirmos de 2024 em grande estilo. Vamos?