Cine Yma


(Foto: Gabriela Schmidt/Divulgação)

Yma finalmente coloca seu próximo disco no horizonte ao lançar o primeiro single de seu tão aguardado segundo álbum. Criada a partir de um brainstorm sobre uma lista de filmes tão diferentes quanto Eraserhead, Terra em Transe, Lamb, A Professora de Piano, Dentes Caninos, Cheiro do Ralo, In the Mood for Love, Todo Mundo Quase Morto, Estranhos no Paraíso e Febre do Rato, 2001 tem seu título tirado não do clássico de Stanley Kubrick, mas da saudosa rede paulistana de videolocadoras especializada em cinema de arte. O recorte de uma colagem de títulos que hoje estariam no Mubi sobre uma base bossa nova spacey começa a descortinar o novo ambiente sonoro imaginado pela cantora paulistana, que vem acompanhada de um elenco de instrumentistas que a elevam a um novo patamar: Fernando Catatau (guitarra), João Barisbe (clarinete e sax), Marcelo Cabral (baixo) e Pedro Lacerda (bateria), além de seu companheiro (e produtor da faixa), Fernando Rischbieter, tocando violões, guitarra, synths, mellotron, programações e fazendo vocais. É um pequeno e bonito vislumbre num novo universo que, se tudo caminhar como anda, nos será revelado ainda este ano.

Ouça abaixo:  

Pra fechar bem janeiro

Fechando esse longo janeiro de 2025 com o belo espetáculo proporcionado por Giovani Cidreira ao lançar seu ótimo Carnaval Eu Chego Lá, no Sesc Vila Mariana. Celebrando a obra do conterrâneo Ederaldo Gentil (falecido em 2012 e autor de joias como “Feira do Rolo” e “O Ouro e a Madeira”, eternizadas por Alcione e Clara Nunes, entre outras), o disco do ano passado verteu-se num show emotivo e impulsivo – como é típico de Giovani – em que o músico liderou uma banda formada por Filipe Castro (percussão, que também produziu o disco), seu velho compadre Cuca Ferreira (sax e flauta), Lu Manzin (teclados e vocais), Pedro Bienemann (baixo), Ed Trombone (trombone) e Pedro Lacerda (bateria) dividindo-se entre o violão e os teclados, deixando sua bela voz conduzir a apresentação, que ainda contou com músicas de seus discos anteriores, e com a participação das Pastoras – as três cantoras que Kiko Dinucci reuniu a Juçara Marçal para acompanhá-lo em seu disco Rastilho – , Graça Reis, Dulce Monteiro e Maraísa, que subiram ao palco em uma mesa de bar, quando acompanharam Giovani em momentos únicos deste show, trazendo um calor ainda mais afetivo para a noite. Foi bonito.

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