O alcance vocal de Paul McCartney

Dica do Terron.

Vintedoze: Manipuladores da vida real

Olha o segundo aí!

Alexandre Matias, Ronaldo Evangelista, Paulo Terron, a geração 2006, Irmãos Coen e Dead Set.


Alexandre Matias & Ronaldo Evangelista (feat. Paulo Terron) – “Vintedoze #02” (MP3)

Disco novo dos Los Hermanos em 2012?

De acordo com o Bruno Medina, em entrevista ao Terron, não conte com isso:

Claro que é totalmente possível que a lista dos shows divulgados aumente, a depender do que estiver ao alcance entre abril e maio do ano que vem, o período em que todas as agendas estarão em função da banda. Quanto à gravação de um disco, acho bem menos provável, até porque não é algo que se faça sem dedicação exclusiva, e isso, no momento, para nós seria impossível.

Na foto acima, Barba substitui Takara em um show do novo disco de Camelo, no dia 17 passado, em São Carlos, quando o baterista do Hurmold (banda que acompanha Camelo ao vivo, não pode comparecer.

De onde posto

O pessoal da Noize passou aqui em casa no começo do ano pra tirar uma foto de onde eu posto – saiu na edição de junho, mas só vi agora. Além de mim, os caras ainda fizeram fotos do Terron, da Lalai e da Mariana. Dá pra ver todas no PDF da revista.

Antes de “Yesterday”, “Scrambled Eggs”

Jimmy Fallon convenceu Paul McCartney a cantar a versão original de sua música mais conhecida. Vi lá no Terron.

O Clube dos Cafajestes e Charles Manson

O Terron pinça uma entrevista do Landis em que ele diz que em uma das versões iniciais de um dos melhores filmes de todos os tempos (Clube dos Cafajestes, pioneiro no gênero “filme de galera”) contava a história dos dias de segundo grau do psicopata pop mais conhecido do mundo, Charles Manson.

Que filme! Que filme!

O novo Nirvana

O Terron postou sobre a foto que o Dave Grohl e o Krist Novoselic que foi postada via Twitter dos Foo Fighters e que mostra os dois num estúdio, indicando que alguma gravação vem por aí. E ao compartilhar a notícia em seu reader, Chico Barney cogitou:

Afinal, quem substitui o Rodolfo… E eis que o Albert E. obedeceu. Com isso, eis o novo Nirvana:

Ringo Starr, 70 anos

Are you a mod or a rocker?
– No, I’m a mocker

É hoje que o Beatles mais velho entra na sétima década de existência.

Ringo, pra mim, é a essência do que é ser um Beatle. John era o beatle espertinho, Paul o beatle bonitinho, George o beatle tímido (ou, anos depois, o beatle revolucionário/chato, o beatle playboy/bon vivant e o beatle místico/rancoroso, respectivamente). Ringo, não. Ringo era só um Beatle, ponto. Os outros três olhavam para ele e viam a essência do que eram enquanto grupo – vejam a cara de Pete Best e veja se Brian Epstein não teve razão em trocá-lo:

É cruel, mas é o showbusiness – e os Beatles não só reinventaram o rock’n’roll para o resto do planeta como reinventaram o showbusiness para uma geração recém-chegada, os adolescentes. E, por mais triste que a saída de um integrante de banda possa ser, a medida foi crucial. Com Pete Best, os Beatles tinham uma âncora que os limitava como meros imitadores de um som norte-americano. Com Ringo, eram uma banda inglesa pronta para engolir o mundo. Se a cara de Best contrastava com o dos outros três, isso era só reflexo de quem ele era na banda. Com Pete, eles ainda não eram um grupo, uma turma como queriam ser.

Ringo deixou-se levar e liberou-os para um tipo de humor que não era permitido no rock americano – mas que é próprio do pop inglês. Com um baterista disposto a fazer o papel de bobo (tolo, “fool” – não é a mesma coisa que burro ou idiota, perceba), os Beatles liberavam-se para brincar e se divertir junto com o público. A geração de Elvis tinha que ser cool e suave o tempo todo, os risos eram de canto de boca, as brincadeiras eram manobras de palco (a dança do patinho de Chuck Berry, o piano em chamas de Jerry Lee). Nos Beatles, tudo era permitido, até mesmo fazer bobagem, rir sem parar, sair pulando por aí feliz da vida.

O Terron separou uns melhores momentos do cara num post lá no With Lasers e diz que poderia continuar “com muitos outros exemplos – todos dedicados aos ignorantes que insistem em dizer que Ringo não era bom o suficiente para os Beatles”. Assino embaixo e linko portanto outros grandes momentos do cara nos Beatles no decorrer deste post, encerrando com meu o momento Ringo favorito, abaixo, na introdução de “A Day in the Life” – repare na bateria logo após John cantar “He blew his mind out in a car…”

Sem o Ringo, não preciso nem pensar muito pra saber que o mundo seria bem mais chato hoje em dia. Parabéns, mestre, muitos anos de vida.

Lost por Paulo Terron

Acho que devia ser entre 2005 e 2006, no intervalo entre a primeira e a segunda temporada de Lost. Nos EUA, a série já estava mais que bombada. Por aqui, começava a dar sinais de que não seria só mais uma. Portanto, fomos convocados – eu, Carina Martins, Kátia Lessa e o big boss Lúcio Ribeiro – para elaborar um especial do tipo “enciclopédia”, para a Editora Abril.

É até difícil de lembrar, mas naquela época Lost lançava dezenas de perguntas por episódio, além de enfiar um zilhão de “pistas” que poderiam ter alguma relação com a história (com o passar dos anos acabamos descobrindo que a maioria não tinha). Foi um pesadelo definir os verbetes da tal enciclopédia. Como você explica os filósofos Locke, Hume e Carlyle em dez linhas apertadas?

Ao mesmo tempo, que série de televisão é essa que faz você pensar em filósofos? E em livros, de O Senhor das Moscas a Ardil 22, passando por The Shape of Things to Come e Matadouro 5. Era, no mínimo, um programa de televisão que poderia te levar a outras coisas. Poderia, porque esses outros caminhos não eram essenciais para a sua diversão. Dava para ficar ali só curtindo as emoções, tipo “caralho, tem um urso polar na ilha!” ou “meu Deus, existem outras pessoas lá!”. Sempre com um ponto de interrogação no fim. Talvez por isso, mas não só por isso, Lost também tenha funcionado na TV aberta.

E aí eu fico imaginando como seriam as “enciclopédias” de séries como Friends e Seinfeld – que eu adoro, veja bem. No máximo se limitariam a personagens, algumas referências do universo pop, talvez algumas locações. Duvido que alguma delas tivesse o verbete “taoísmo”.

Por falar em verbetes, lembrei-me que um grande número deles terminava com a referência “Ver: Dharma”. E nós nos esquecemos de colocar exatamente um verbete na enciclopédia… Adivinha qual? Por outro lado, no universo de Lost a falta de informação faz tanto sentido que, olha só, ninguém reclamou.

* Paulo Terron é o capo do With Lasers – e colecionador de autógrafos, olha isso:

“They can’t understand your lingo, Ringo”

O Terron desenterrou “Tie Me Kangaroo Down, Sport”, hit de 1960 do australiano Rolf Harris na Inglaterra (cuja letra – desde o título – era uma grande chacota com o país de seu autor), cantada pelos Beatles no programa do autor, que virou locutor da BBC depois do único hit. Mas daí a achar que é essa música consegue ser mais estranha que “Revolution 9” ou “You Know My Name (Look Up the Number)” é muita beatlemania até pra minha cabeça…