Morris está pronto para mostrar seu próximo trabalho, Fé na Desordem, coleção de canções que está transformando em disco com o auxílio de Romulo Fróes, que o ajuda a levantar um álbum sobre como sobreviver nos dias caóticos que vivemos, como ele mostrou nesta última segunda-feira de junho no Centro da Terra. Acompanhado de Décio 7 na bateria e Paulo Kishimoto no baixo, guitarra e guitarra lapsteel, além dos belos vocais dos novatos Caio Teixeira e Joy Catharina, todos trabalhando para elevar a voz, o violão e as canções de Morris, que veio com pintura de guerra no rosto e começou a noite repassando canções de seu disco anterior, Homem Mulher Cavalo Cobra, lançado no ano da pandemia. Aquecendo esta nova formação de músicos – incluindo Juliana Perdigão, que cantou “Longe da Árvore”, que dividem naquele disco logo no início do espetáculo – com músicas já conhecidas, ele preparou a noite para seu salto no escuro, ao mostrar as canções do próximo trabalho pela primeira vez para além do círculo ligado ao novo trabalho. E provou que este repertório está pronto para vir a público, incluindo mais uma colaboração com Perdigão, que voltou ao palco outras duas vezes, tanto para tocar a nova música quanto para repetir a que fizeram na primeira parte da noite, quando o público que lotou o teatro pediu bis.
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Lee Ranaldo passou por São Paulo com o eterno baterista do Sonic Youth, Steve Shelley, a tiracolo, mas Shelley preferiu esticar mais uns dias e nesta quarta dedica-se a uma jam session ao lado do Guilherme Valério (do Hab) e o do Fabio Kishimoto, ali na Associação Cultural Cecília, em Santa Cecília. “São músicas minhas, algumas inéditas e outras não. Arranjei essas faixas junto com o Kishimoto e fizemos três ensaios antes de ensaiar com o Steve. Metade das músicas foram compostas na guitarra e a outra metade na kalimba”, me explicou Valério por email. “Eu conheci o Steve da primeira vez que ele veio tocar em SP com o Lee Ranaldo, em 2013, acho. Eu estava trabalhando na produção desse show com a Desmonta Discos e quando ele foi embora me deu um cartão e disse ‘if you need a drummer, call me’. Coloquei aquele cartão na geladeira e ficava olhando e sonhando com aquilo, haha. Dessa vez, quando soube que eles viriam novamente, sugeri pro meu irmão, Luciano, que é produtor executivo da Desmonta, de tentarmos esse projeto. Ele topou na hora e sugeriu o Kishimoto, por saber que ele e Steve eram amigos de longa data. E foi isso, nossa única reunião pra tocar foi ontem e hoje nos apresentaremos.” O show vai ser registrado e pode ser lançado futuramente: “O que posso te adiantar é que o trio funcionou super bem e a ideia é levar esse projeto adiante.” O show começa cedo (às 21h) e a entrada na casa fica sujeita à sua lotação. Maiores informações na página do evento no Facebook.