Imensa satisfação de materializar, nas segundas-feiras de agosto, toda a diversidade musical de uma das principais cabeças da música contemporânea paulistana. A líder das Mercenárias, Sandra Coutinho, apresenta sua temporada Linha do Tempo Contínuo, mostrando as diferentes facetas de sua personalidade artística, sempre acompanhada de novos e velhos parceiros. A temporada começa neste dia 7 de agosto, quando ela mostra primeiro composições da época em que morou em Berlim (entre 1997 e 2004) e outras mais contemporâneas, ao lado de Silvia Tape e Edgard Scandurra para, em seguida, se juntar a Scandurra, Rodrigo Saldanha e Tadeu Dias para visitar temas de bandas clássicas dos anos 80, como Smack e a nunca gravada Maluf 111. No dia 14, ela vem acompanhada primeiro da dupla Espelho (formada pela dançarina Mariana Taques – dança e pelo guitarrista Bernardo Pacheco) e depois apresenta-se com Guilherme Pacola, dos Vermes do Limbo, e Rafael Crespo, guitarra do Herzegovina. No dia 21, ela primeiro divide o palco com Paula Rebellato (que toca equipamentos eletrônicos, teclado e percussão) e Mari Crestani (no saxofone), e depois volta aos tempos do AKT ao lado de Bibiana Graeff, Silvia Tape e Rodrigo Saldanha. Ela finalmente encerra sua temporada no dia 27 convocando suas Mercenárias (com Silvia Tape, Pitchu Ferraz e Edgard Scandurra) para tocar músicas do lado B da clássica banda paulistana. Os espetáculos começam pontualmente às 20h e os ingressos já podem ser comprados antecipadamente neste link.
O MNTH de Luciano Valério abriu camadas e camadas de texturas sonoras em sua apresentação Partículas do Agora, que o produtor conduziu nesta terça-feira no Centro da Terra. Ele puxou o espetáculo sampleando sua voz enquanto a distorcia e disparava beats, abrindo espaço primeiro para a percussão de Sarine, para depois os synths e efeitos de Paula Rebellato e Aline Vieira, que também usaram suas vozes distorcidas para criar outras tantas camadas de áudio que iam se entrelaçando e se dissolvendo, bem com as projeções que Nathalia Carvalho fazia sobre os quatro. Quase uma hora de transe entre o sussurro e o barulho.
Que prazer receber o trabalho autoral do produtor Luciano Valério, o homem por trás do selo Desmonta, no Centro da Terra, quando, nesta terça, ele antecipa o terceiro disco que lança como MNTH, Lume Púrpuro. O álbum que será lançado no mês que vem é resultado de uma pesquisa do autor a partir de timbres e texturas que levam o público a um ambiente de meditação e introspecção para contemplar o silêncio e o ruído como partes de uma mesma frequência sonora. O disco foi gravado ao lado de músicos como Mauricio Takara, Carla Boregas, Lello Bezerra, entre outros, mas para esta prévia, ele convida Paula Rebellato (sintetizador e eletrônicos), Sarine (percussão e eletrônicos), Aline Vieira (eletrônicos e efeitos) e Nathalia Carvalho (visuais) para criar uma apresentação batizada de Partículas do Agora. O espetáculo começa pontualmente às 20h e os ingressos podem ser comprados através deste link.
Linda a apresentação que a produtora Sue fez no Centro da Terra ao lado de Eddu Ferrira e Paula Rebellato em mais um capítulo da temporada Choque Térmico. Projetando suas fotos e vídeos em cima dos músicos, ela nos convidou a uma viagem ambient delicada e com uma tensão milimétrica, abrindo espaço para improvisos e solos sutis e beats precisos.
O calor humano e a frieza das máquinas são criações culturais. Claro que a mudança de temperatura nestes dois corpos distintos podem por fim em suas atividades nativas, mas a frieza orgânica e o calor mecânico ou digital também são realidades possíveis e não significam que um meio deixa de existir a partir desta mudança de temperatura. Durante as segundas-feiras de julho reunimos artistas que transpõem estas duas linguagens em quatro apresentações distintas. A primeira delas acontece excepcionalmente numa terça-feira, quando o Taxidermia dos baianos Jadsa faz e João Millet Meirelles conta com a presença do músico Pedro Bienemann. As segundas seguintes recebem formações distintas. No dia 11 Bernardo Pacheco abre mais um capítulo de seu projeto de improviso livre Formação, quando realiza o Reforma #4 ao lado de nomes tão distintos quanto Juçara Marçal, Rayani Sinara, Yusef Saif e Mau Schramm. Na segunda seguinte, dia 18, é a vez da instrumentista Sue mostrar suas composições com dois convidados distintos, Eddu Ferreira e Paula Rebellato. E na última segunda-feira, Theo Charbel mostra suas canções misturando as diferentes linguagens ao lado dos músicos Guilherme D’Almeida e Vinícius Rodrigues. Os espetáculos no Centro da Terra começam sempre pontualmente às às 20h e quem quiser comprar os ingressos antes, é só acessar este link.
O mês de julho já começou mas a temporada deste mês no Centro da Terra começa só nesta terça-feira por motivos de logísticas. Propus uma temporada com vários artistas para as segundas-feiras, mas a Jadsa só conseguia chegar na terça, por isso a temporada Choque Térmico começa neste dia 5 de julho. A proposta é reunir artistas que misturem as linguagens eletrônica e analógica sem pensar nos limites entre ambas. A primeira noite acontece com o Taxidermia, que Jadsa faz com João Millet Meirelles, e a dupla recebe o músico Pedro Bienemann. Na próxima segunda, dia 11, é a vez de Bernardo Pacheco provocar mais uma apresentação de seu projeto Formação, quando chama Juçara Marçal, Rayani Sinara, Yusef Saif e Mau Schramm para uma noite de improviso livre. No dia 18, a guitarrista Sue, da banda Ozu, apresenta seu trabalho solo ao lado de Eddu Ferreira e Paula Rebellato. E fechando a temporada, dia 25, a multiinstrumentista Theo Charbel convida Guilherme D’Almeida e Vinícius Rodrigues para mostrar suas canções. E isso é só uma temporada. Na próxima terça, dia 12, é a vez de Experimentos n°1, projeto que a artista russa Lena Kilina apresenta com o artista multimídia Dudu Tsuda. Depois, na terça dia 19, Malu Maria, Tika e Laya apresentam o projeto Ondas Sísmicas, concebido pelo pesquisador Gabriel Bernini para celebrar a presença da mulher na música brasileira e o show terá apresentação da Laura Diaz, do grupo Teto Preto. Encerrando o mês a banda paulista Bike sobe pela primeira vez no palco do Centro da Terra para mostrar as músicas de seu próximo LP com a presença do produtor do disco, o guitarrista Guilherme Held. As apresentações começam sempre às 20h e os ingressos podem ser comprados aqui.
A banda Corte, formada por Alzira Espíndola (guitarra e vocais), Nandinho Thomaz (bateria), Marcelo Dworecki (baixo), Cuca Ferreira (sax) e Daniel Gralha (trumpete), os três últimos integrantes do Bixiga 70, é autora de um dos grandes discos do ano passado e também dona das terças-feiras de julho no Centro da Terra, quando aprofundam-se na poesia de sua obra ao convidar artistas da palavra na temporada Sorver o Verso (mais informações aqui). Na primeira terça-feira, dia 10, a convidada é a poeta Alice Ruiz. Na terça seguinte, dia 17, é Paula Rebellato, do Rakta, quem surge como convidada do grupo, seguida do técnico Bernardo Pacheco, convidado do dia 24, até o final com a participação do poeta arrudA, na última terça, dia 31. Conversei com o Dworecki sobre a temporada e como ela se encaixa na evolução do grupo desde o lançamento do ano passado.
Como esta temporada se relaciona com o primeiro disco do Corte?
https://soundcloud.com/trabalhosujo/corte-sorver-o-verso-como-esta-temporada-se-relaciona-com-o-primeiro-disco-do-corte
Como serão as dinâmicas das terças-feiras com os convidados?
https://soundcloud.com/trabalhosujo/corte-sorver-o-verso-como-serao-as-dinamicas-das-tercas-feiras-com-os-convidados
Como será a primeira terça-feira?
https://soundcloud.com/trabalhosujo/corte-sorver-o-verso-como-sera-a-primeira-terca-feira
Quem será o convidado da segunda terça-feira?
https://soundcloud.com/trabalhosujo/corte-sorver-o-verso-quem-sera-o-convidado-da-segunda-terca-feira
Quem vem na terceira terça?
https://soundcloud.com/trabalhosujo/corte-sorver-o-verso-quem-vem-na-terceira-terca
E na última terça-feira, quem é o convidado?
https://soundcloud.com/trabalhosujo/corte-sorver-o-verso-e-na-ultima-terca-feira-quem-e-o-convidado
A temporada consolida a primeira fase da banda ou abre espaço para um novo momento?
https://soundcloud.com/trabalhosujo/corte-sorver-o-verso-a-temporada-consolida-a-primeira-fase-da-banda-ou-abre-um-novo-momento
Qual a diferença em apresentar um trabalho durante todo um mês, com o público sentado?
https://soundcloud.com/trabalhosujo/corte-sorver-o-verso-qual-a-diferenca-em-se-apresentar-por-um-mes-com-o-publico-sentado
Sexta-feira 13 no Centro da Terra não poderia ter menos que isso, quando os Vermes do Limbo lançam seu novo disco, O Sol Mais Escuro, tocando ao lado do Negro Leo, da Carla e da Paula do Rakta, da Taciana Barros e do Edgar Scandurra num encontro que promete causar geral. É a primeira noite de sexta da minha curadoria no pequeno grande palco do Sumaré e a noite não poderia ser menos atordoante que isso. Mais informações sobre a apresentação aqui.