Vida Fodona #811: Um Vida Fodona dedicado à Fernanda Azevedo

Um beijo, mulher.

Ouça abaixo:  

Os indicados às categorias de melhor artista, melhor show e artista revelação de 2023 segundo a APCA

Depois de divulgar os 50 indicados a melhor disco do ano na semana passada, o júri da comissão de música popular da Associação Paulista de Críticos de Arte (do qual faço parte ao lado de Marcelo Costa, Adriana de Barros, José Norberto Flesch e Pedro Antunes), é a vez de anunciarmos os indicados a outras três categorias da premiação, artista do ano, show do ano e artista revelação. E eles são:  

Os 50 melhores discos de 2023 segundo o júri de música popular da APCA

Estes são os 50 discos mais importantes lançados em 2023 segundo o júri da comissão de música popular da Associação Paulista dos Críticos de Arte, da qual faço parte ao lado de Adriana de Barros (editora do site da TV Cultura e apresentadora do Mistura Cultural), José Norberto Flesch (Canal do Flesch), Marcelo Costa (Scream & Yell) e Pedro Antunes (Tem um Gato na Minha Vitrola, Popload e Primavera Sound). A amplitude de gêneros, estilos musicais, faixas etárias e localidades destas coleções de canções é uma bela amostra de como a música brasileira conseguiu se reerguer após o período pandêmico com o lançamento de álbuns emblemáticos tanto na carreiras de seus autores quanto no impacto junto ao público. Além dos discos contemporâneos, fizemos menções honrosas para dois álbuns maravilhosos que pertencem a outras décadas, mas que só conseguiram ver a luz do dia neste ano passado, um de João Gilberto e outro dos Tincoãs. Na semana que vem divulgaremos os indicados nas categorias Artista do Ano, Show e Artista Revelação, para, no final de janeiro, finalmente escolhermos os vencedores de cada categoria. Veja os 50 (e dois) discos escolhidos abaixo:  

Pop brasileiro ímpar

Ao completar três décadas em atividade, o Pato Fu talvez seja o exemplo mais improvável do que é o pop brasileiro. Sem ancorar-se em cânones já estabelecidos, o grupo mineiro traça sua própria linhagem ao enfileirar canções que fogem daquilo que se espera quando falamos do mercado de música para as massas no país ao mesmo tempo em que cria uma sonoridade única, que bebe de diferentes fontes musicais sem parecer derivado deste ou daquele gênero musical ou linha genealógica. Em mais uma bateria de shows celebrando seus três fins de semana abrindo a programação musical do ano do Sesc Pinheiros, o grupo formado por Fernanda Takai, John Ulhoa e Ricardo Koctus lotou três datas no teatro Paulo Autran e enfileirou quase duas horas de hits que, em sua maioria, são tão reconhecíveis e radiofônicos (seja lá o que isso queira dizer hoje em dia) quanto experimentais e ímpares. Amparados pelo baterista Alexandre Tamietti e pelo tecladista Richard Neves, o trio recapitulou o próprio cancioneiro lembrando também de sua história audiovisual, usando um telão para lembrar dos clipes que filmaram em sua trajetória, sincronizando a imagem dos vídeos às canções que estavam sendo tocadas na hora, ao mesmo tempo em que no palco estão em ponto de bala, afiadíssimos tanto no ponto de vista instrumental quanto nas piadas infames trocadas entre os três, exercitando dois pontos específicos da cultura belorizontina (a excelência instrumental e o humor que se finge de bobo). O show foi maravilhoso e desfilou hits inevitáveis (“Sobre o Tempo”, “´Água”, “Antes que Seja Tarde”, “Depois”, “Menti Pra Você”, “Canção Para Você Viver Mais”, “Made in Japan”), versões de sucessos alheios (“Ando Meio Desligado”, “Eu Sei” e “Eu” – esta última com a participação surpresa de BNegão, que saiu da plateia direto para o palco -, canções solitárias na primeira pessoa feitas por artistas tão ímpares quanto o próprio Pato Fu) e clássicos que há tempos o grupo não visitava ao vivo (“Spoc”, “Vida Imbecil”, “Capetão 66.6 FM”, “O Processo de Criação Vai de 10 a 100 Mil”), incluindo uma inacreditável versão ao vivo para a faixa-título do primeiro disco do grupo, Rotomusic de Liquidificapum, que usaram para encerrar a apresentação, exibindo no telão a foto que era a capa da primeira fita demo do grupo (a infame Pato Fu Demo, que guardo até hoje). Um excelente show para começar os trabalhos de 2024. Vida longa ao Pato Fu!

Assista aqui:  

Tudo Tanto #153: Fernanda Takai

No meu programa de entrevistas sobre música brasileira desta vez é hora de conversar com Fernanda Takai, do Pato Fu, que fala como tem equilibrado este 2023 comemorando os 30 anos do Pato Fu – sem fazer simplesmente uma celebração nostálgica -, a materialização do seriado do Música de Brinquedo (projeto da banda de 2010 que transformou-se numa vida paralela) e sua própria carreira solo, que ainda inclui a participação no show do grupo Terno Rei no festival The Town, que acontece no próximo mês de setembro. Também falamos sobre as dificuldades e o lado bom de ser artista independente há mais de três décadas.

Assista abaixo:  

Vida Fodona #791: Noventista

Eis que a música e o sol me trouxeram aqui.

Ouça abaixo:  

Quando o Maglore encontrou o casal Pato Fu

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Gravada orginalmente pelo grupo indie baiano Maglore para ser lançado em seu disco de 2017, o ótimo Todas as Bandeiras, “Não Existe Saudade no Cosmos” só viu a luz do dia no fim daquele ano, quando foi oferecida a Erasmo Carlos, que topou gravá-la em seu Amor é Isso. O próprio Maglore já registrou a faixa quando lançou seu disco ao vivo, mas finalmente mostra a versão em estúdio, desta vez com a participação do casal Pato Fu Fernanda Takai e John Ulhoa.

Ficou joia.

Vida Fodona #662: Festa-Solo (27.7.2020)

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Segunda é dia de Festa-Solo, sempre às 21h no twitch.tv/trabalhosujo, vamos lá? Esse foi o da semana passada…

A Cor do Som – “Palco”
Caetano Veloso – “Queixa”
Gal Costa – “Meu Bem Meu Mal”
Secos & Molhados – “Sangue Latino”
Rita Lee – “Esse Tal de Roque Enrow”
Fiona Apple – “Under The Table”
Haim – “The Steps”
Letrux – “Cuidado Paixão”
Fleetwood Mac – “Dreams”
Itamar Assumpção – “Sampa Midnight”
R.E.M. – “Electrolite”
Raul Seixas – “Para Noia”
Daft Punk – “Something About Us”
Arcade Fire – “Reflektor”
Beck – “Lord Only Knows”
INXS – “Mistify”
Doors – “Roadhouse Blues”
Clash – “Rock the Casbah”
Velvet Underground – “We’re Gonna Have A Real Good Time Together”
Beatles – “I Saw Her Standing There”
Mutantes – “Trem Fantasma”
Pato Fu – “Rotomusic de Liquidificapum”
Pedro Pastoriz + Fausto Fawcett – “Faroeste Dançante”
Phoenix – “Lisztomania”
B-52’s – “Legal Tender”
Police – “Can’t Stand Losing You”
Feelies – “Crazy Rhythms”
X – “Johny Hit and Run Pauline”
Sebadoh – “Pink Moon”
Pixies – “Broken Face”
Tame Impala – “Feels Like We Only Go Backwards”
Unknown Mortal Orchestra – “From the Sun”
Ruído/mm – “Índios”
Àiyé + Vítor Brauer – “O Mito e a Caverna”
Negro Leo – “Eu Lacrei”
Ana Frango Elétrico – “Torturadores”
Alessandra Leão + Mateus Aleluia – “Ponto pra Preto Velho”
Angel Olsen – “Special”

Vida Fodona #636: Um experimento aqui

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Gravado ao vivo – e com direito a pedidos!

Nick Cave – “Cosmic Dancer”
Raul Seixas – “A Maçã”
Yo La Tengo – “Tom Courtenay”
Fiona Apple – “Shameika”
Curumin – “Solidão Gasolina”
Thundercat – “Friend Zone”
Dr. Dre – “Let Me Ride”
D’Angelo – “Brown Sugar”
Milton Nascimento + Lô Borges – “Trem Azul”
Police – “Spirits in a Material World”
Kinks – “People Take Pictures of Each Other”
Pato Fu – “Meu Coração é Uma Privada”
Siouxsie and the Banshees – “Happy House”
Joelho de Porco – “Boeing 723897”
Juper – “Essa Tal Criatura”
Pulp – “Disco 2000”
Beastie Boys – “Finger Lickin’ Good”

Vida Fodona #610: Natureza básica

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Tudo misturado.

Def – “Sobre Alarmes de Incêndio”
Pato Fu – “Meu Coração é Uma Privara”
Rolling Stones – “Jig Saw Puzzle”
Chico Buarque – “Passaredo”
PJ Harvey – “Long Snake Moan”
Nação Zumbi – “Nebulosa”
Wilco – “Theologians”
Ava Rocha – “Beijo no Asfalto”
Guaxe – “Pupilxs”
Cidadão Instigado – “Escolher Pra Quê?”
Vanguart – “Semáforo”
Deerhunter – “Timebends”
Lana Del Rey – “Venice Bitch”