Por Alexandre Matias - Jornalismo arte desde 1995.
Seu Lucio mandou avisar que tá trazendo uma das melhores bandas indies na ativa pro Brasil esse ano: os Unknown Mortal Orchestra são a atração da edição do dia 28 de abril do primeiro Popload Gig anunciado em 2016. E o mais legal é o grupo ainda toca no Beco, ali na Augusta, o que deve garantir aquele calor característico pra apresentação. O UMO ainda toca na Argentina no dia 29 e no Chile no dia 30.
O herói progressivo Rick Wakeman – que tocou piano na versão original de “Life on Mars” – celebra o legado do amigo com uma versão tocante desta música.
Em tempos psicodélicos, nada como voltar às raízes do gênero – e foi isso que o Museu da Imagem e do Som de São Paulo fez ao convidar o clássico grupo paulistano Violeta de Outono para seu projeto Cinematographo, em que bandas fazem a trilha sonora ao vivo para filmes exibidos na sessão. A edição que acontece neste domingo superpõe as camadas de lisergia elétrica do grupo liderado pelo guitarrista Fabio Golfetti, que completa 30 anos do lançamento de seu primeiro EP em 2016, sobre os média metragens Un Chien Andalou, o mítico filme que colocou Luis Buñuel para colaborar com Salvador Dalí, de 1928, e o Entr’acte, dirigido em 1924, por René Clair, que conta com aparições de Francis Picabia, Erik Satie, Man Ray, Marcel Duchamp, entre outros representantes do surrealismo europeu. Conversei com o Fábio por email sobre o show, que acontece neste domingo, às 16h (mais informações na página do evento no Facebook), e sobre as novidades de sua banda, que hoje é formada por ele nas guitarras e vocais, Gabriel Costa no baixo, Fernando Cardoso no órgão e piano e José Luiz Dinola na bateria (a mesma formação desde 2010).
Como surgiu a ideia de tocar sobre estes dois filmes?
Quando recebemos a proposta do MIS em participar do Cinematographo, a primeira idéia que veio na mente foi de fazer música improvisada para algum filme surrealista/fantástico. Mergulhando no nosso repertório de cinema, lembramos do Luis Buñuel e Salvador Dalí e também do Rene Clair/ Erik Satie, autores de filmes do cinema mudo.
Qual sua relação com esses dois filmes?
O Violeta de Outono é uma banda que foi formada por arquitetos e fotógrafos, duas áreas diretamente ligadas a linguagem cinematográfica. Desde o início da carreira, a banda utiliza projeções nos shows ao vivo, para complementar a temática visual e traduzir um pouco da música e letra, em imagens. Ambos os filmes da década de 1920 com elementos surrealistas/dadaístas, além de referências na nossa formação, permitem uma trilha sonora que pode explorar o abstrato e imprevisível, áreas que sempre interessaram no meu/nosso processo criativo.
Você já havia feito isso – sonorizar filmes ao vivo – com o Violeta de Outono ou em outra situação em sua carreira?
Há alguns anos atrás participamos de um festival na Cinemateca Brasileira chamado Jornada Brasileira de Cinema Silencioso, onde fizemos a trilha ao vivo para dois filmes, Garras de Oro, do colombiano P.P. Jambrina e A Conquista do Polo, do francês Méliès.
E a quantas anda o Violeta de Outono?
O Violeta de Outono está completando 30 anos desde o lançamento da primeira gravação oficial (Violeta de Outono, EP, 1986) e se prepara para a gravação de um novo álbum, que completa uma trilogia iniciada com o álbum Volume 7 de 2007.
Planejam levar em frente este formato em outras apresentações ou esta é uma oportunidade única?
A música do Violeta de Outono sempre se manteve como uma referência de música psicodélica, sensorial, e por diversas ocasiões “emprestamos” nossa música para trilhas sonoras, na TV e cinema. Não temos um plano no momento para desenvolver trilhas, mas nosso trabalho é sempre aberto para essa possibilidade, já que nossa música é descritiva.
Comecei o financiamento coletivo da revista do Trabalho Sujo lá no site do Catarse – qualquer dúvida é só perguntar aí!
Nossa musa PJ Harvey anuncia o título, o nome das músicas e duas amostras de seu próximo disco, chamado de The Hope Six Demolition Project. A faixa-título e a música “The Wheel” foram antecipadas neste trailer, que mostra ela gravando o disco em público, como fez há quase um ano.
Essa é a capa do novo disco e logo abaixo vem o nome das músicas. Dá pra ver que o tom vai ser ainda mais politizado que o Let England Shake, seu disco anterior:
“The Community of Hope”
“The Ministry of Defence”
“A Line in the Sand”
“Chain of Keys”
“River Anacostia”
“Near the Memorials to Vietnam and Lincoln”
“The Orange Monkey”
“Medicinals”
“The Ministry of Social Affairs”
“The Wheel”
“Dollar, Dollar”
Tem Radiohead, LCD Soundsystem, PJ Harvey, Brian Wilson (tocando o Pet Sounds na íntegra), Last Shadow Puppets, Tame Impala, Sigur Rós, Beach House, Mudhoney, Tortoise, Suede, Alex G, Last Shadow Puppets, John Carpenter, Neon Indian, Ty Segall, Julia Holter, Savages, Air, Explosions in the Sky, Dinosaur Jr., Deerhunter, Chairlift, Battles, Animal Collective, Thee Oh Sees, Shellac, Floating Points, Titus Andronicus, Black Lips, Wild Nothing… Que festival! É no começo de junho, não dê mole!
Visitei a segunda fábrica de vinis da América Latina, que fica em São Paulo e começa a prensar discos no meio do ano para uma matéria que fiz para o UOL.
Depois de esmerilhar o mundo pop com o Episódio VII, o nerd-mor J.J. Abrams surpreende a todos com um “parente cossaguíneo” de Cloverfield. Esmiucei o trailer no meu blog no UOL.
Tank Girl, cyberpunk, super sentai, vintage 80s, videogame, Law & Order e J-pop se encontram no clipe de “Kill V. Maim” da nossa querida Grimes, que junta ícones de sua infância para atualizar seu conceito de psicodelia dance. Seu Art Angels, um dos melhores discos do ano passado, é todo assim – vamos ver onde ela nos leva a partir disso…
Mas que é uma viagem boa isso é.