Por Alexandre Matias - Jornalismo arte desde 1995.

Yo La Tengo 2018: “When things are uncertain….”

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Em menos de um mês teremos mais um disco do Yo La Tengo entre nós e depois de mostrar quatro faixas do ainda inédito There’s a Riot Going On, o trio de Hoboken revela mais uma nova canção, a deliciosa pérola “For You Too”:

Que beleza…

Wado ao vivo

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Completando dezessete anos de carreira neste ano, o compositor e cantor Wado decidiu capturar um balanço de sua carreira em um show gravado ao vivo que será lançado na próxima sexta-feira. Ao Vivo no Rex reúne catorze faixas e depoimentos de amigos e parceiros, como Zeca Baleiro, André Abujamra, Curumin, entre outros, além da participação de Otto em uma das músicas. Nascido em Santa Catarina e morador das Alagoas desde antes da virada do século, Wado é um dos principais nomes da nova música brasileira e aproveita o registro ao vivo como uma entressafra entre seu disco mais recente (Ivete, em que pesquisava as células de ritmo da axé music) e o próximo álbum (um disco de sambas, que ainda vai ser gravado). A capa e a ordem das músicas está embaixo, logo após o papo que tive com ele sobre este novo momento de sua carreira.

Como surgiu a ideia de gravar um disco ao vivo?
https://soundcloud.com/trabalhosujo/wado-2018-como-surgiu-a-ideia-de-gravar-um-registro-ao-vivo

Como você idealizou o show? Por que escolheu o Rex?
https://soundcloud.com/trabalhosujo/wado-2018-como-voce-idealizou-o-show-por-que-escolheu-o-rex

Como foi a escolha do repertório? E as participações especiais?
https://soundcloud.com/trabalhosujo/wado-2018-como-foi-a-escolha-do-repertorio-e-as-participacoes-especiais

Qual balanço de sua carreira até aqui que você faz a partir deste disco?
https://soundcloud.com/trabalhosujo/wado-2018-qual-balanco-de-sua-carreira-ate-aqui-que-voce-faz-a-partir-deste-disco

Como você vê a atual fase da música brasileira?
https://soundcloud.com/trabalhosujo/wado-2018-como-voce-ve-a-atual-fase-da-musica-brasileira

Há algum novo trabalho em andamento?
https://soundcloud.com/trabalhosujo/wado-2018-ha-algum-novo-trabalho-em-andamento

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“Sexo”
“Um Passo à Frente”
“Sotaque”
“Estrada”
“Alabama”
“Filhos de Gandhi”
“Terra Santa”
“Com a Ponta dos Dedos”
“Rosa”
“Crua” (participação de Otto)
“Surdos de Escolas de Samba”
“Tarja Preta/Fafá”
“Cidade Grande”
“Fortalece Aí”

Noites Trabalho Sujo de volta às sextas-feiras

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Há mais de seis anos o Ivan me procurou para assumir as sextas-feiras na casa noturna que tinha na Avenida São Luís, o Alberta #3. “Mas é uma noite de rock”, ele reforçava, escorado em um dos painéis da casa, com uma enorme foto de Mick Jagger, ciente do meu apreço pelas castas mais baixas da dance music e da música brasileira. Falei que não dava pra tocar só rock, que tocaria o que eu tivesse vontade de tocar, que não conseguia ficar preso em um só gênero musical. Ao mesmo tempo, queria uma festa em que eu pudesse tocar a noite toda, ao contrário das festas da época, com quinze DJs por noite e cada um com 35 minutos de set, todos tocando o hit lançado naquela semana. Ao me prender no set longo, passei a convidar chapas e conhecidos para dividir a cabine comigo, muitos deles estreando pela primeira vez no controle das músicas de uma festa. O resultado eram noites mutantes, que atiravam para todos os lados mas sempre frisavam os hits, as músicas conhecidas, o pop com pê maiúsculo, o alto astral, o bom humor – era o início das Noites Trabalho Sujo. Aos poucos, três destes compadres (Danilo, Luiz e Babee) permaneceram e passaram a dividir a festa comigo, atacando em grupo nas eventuais reuniões mensais na Trackers. Aos poucos migramos para este último endereço, a festa deixou de ser semanal e ganhou aspectos quase ritualescos – e outra proporção. Por isso quando o Ivan me chamou de novo para retomar as sextas-feiras de seu novo estabelecimento (o Clube V.U., na Barra Funda, com uma bela carta de drinks) e, vejam só, me pedindo para tocar até funk, me veio uma sensação de novo ciclo, de retomar a festa do zero e buscar a preferência da sexta-feira como o grande desafio da vez. Retomo os trabalhos a partir desta sexta, dia 2, e a entrada é de graça até à 1h da manhã. Vamos lá?

Noites Trabalho Sujo no Clube V.U.
Toda sexta-feira, a partir das 22h
Rua Lavradio, 559, Barra Funda
R$10 ou R$50 de consumação
Entrada gratuita até à 1h da manhã nesta primeira edição (2 de março)
Tel. 3661-2095
Aceita todos os cartões.

Deaf Kids e Test no CCSP

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Duas das bandas mais pesadas de São Paulo estão prestes a fazer uma turnê pelo país, passando por sete estados e vinte cidades em uma Kombi – e o ponto de partida da No Hope Tour, que os Deaf Kids e o Test fazem juntos, é no Centro Cultural São Paulo, a partir das 21h – mais informações aqui. Vamos?

O primeiro semestre de 2018 no Centro da Terra

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É com imensa satisfação que anuncio os donos das temporadas no Centro da Terra neste primeiro semestre de 2018: em março temos a querida Bárbara Eugenia às segundas e o grande MdM Duo dos irmãos Fernando e Mario Cappi, guitarristas do Hurtmold; em abril às segundas temos o sagaz Rico Dalasam e às terças e a forte Luedji Luna; em maio as segundas são do mestre Edgar Scandurra e as terças do voraz Guizado; em junho as segundas são da deusa Cida Moreira e as terças dos ótimos Garotas Suecas e julho tem o sensacional Vitor Araújo nas segundas e o CORTE de Alzira Espindola nas terças. O Pedro Antunes conta mais em seu blog no Estadão.

Kassin no Brasil!

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O produtor carioca Alexandre Kassin lançou seu terceiro álbum, Relax, no Japão em 2017 – e agora prepara-se para mostrá-lo por aqui, puxando o lançamento, com a versão que fez ao lado de Clarice Falcão para “Something Stupid” – imortalizado nas vozes de Frank e Nancy Sinatra -, na versão feita nos anos 60 pela dupla Leno e Lilian. O disco ainda conta com participações do soulman Hyldon e da banda portuguesa Orelha Negra e tem previsão de ser lançado por aqui no final de março, pelo selo Lab 344.

A marca do Pantera

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Os rappers Emicida e Tassia Reis, o publicitário Ian Black, o sociólogo Tulio Custodio e a advogada Mayara Souza, do grupo Negras Empoderadas, falam sobre a importância do novo filme da Marvel do ponto de vista da representatividade negra, em uma reportagem que fiz para a revista Trip:

Todos concordam que o filme faz parte de uma tendência maior, que torcem para continuar em voga. “Vai ser incrível poder contar nossas histórias sem os nossos estereótipos, esse peso que o racismo nos coloca para que as pessoas tenham um lugar”, continua Tássia. “Mas falando só de filmes de super-herói, já é muito interessante porque são anos de ausência de representatividade, que pra muita gente pode parecer besteira, porém, só quem cresceu tendo que se enxergar em outros personagens sabe como é. Essa infância que pode ir no cinema e ver essa história, já fica com um pingo de esperança para seguir.”

“Para quem sempre viu seus pares em papéis secundários e toda a sorte de ausência de protagonismo — “black dude dies first”, já dizia o trope —, Pantera Negra aparece como um contêiner de compensações, com um herói e tudo o que o cerca com o mesmo peso só visto em heróis brancos como Thor, Homem-Aranha, Homem de Ferro e Capitão América”, comemora Ian.

Tulio arremata que o filme não é o início de uma fase e, sim, o fim de outra. “O filme — e a importância que vem adquirindo na sua divulgação —, é consequência de um movimento anterior ter fortalecido tanto por outras produções, como a série Luke Cage, debates públicos e o riquíssimo material criado por ‘independentes’, como Issa Rae, na série Insecure, e Donald Glover, na série Atlanta.”

Leia a íntegra aqui.

Papisa: Tempo Espaço Ritual 2018

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Conversei com a Rita Oliva sobre como vai ser a segunda edição do espetáculo Tempo Espaço Ritual, criado por sua persona Papisa, quando ela toca acompanhada pelas musas Larissa Conforto, Silvia Tape, Laura Wrona e Luna França em mais uma edição do ritual sagrado feminino que ela concebeu para o Centro da Terra em 2017 e agora repete-se nesta segunda (mais informações aqui). O espetáculo faz parte da criação e concepção do primeiro álbum de estreia da cantora e compositora.

O que aconteceu com a Papisa entre o primeiro e este novo ritual?
https://soundcloud.com/trabalhosujo/papisa-tempo-espaco-ritual-2018-o-que-aconteceu-com-a-papisa-entre-o-primeiro-e-este-novo-ritual

Há muitas mudanças entre os dois eventos?
https://soundcloud.com/trabalhosujo/papisa-tempo-espaco-ritual-2018-ha-muitas-mudancas-entre-os-dois-eventos

Como realizar o primeiro espetáculo no Centro da Terra guiou sua carreira?
https://soundcloud.com/trabalhosujo/papisa-tempo-espaco-ritual-2018-qual-a-influencia-deste-espetaculo-na-sua-carreira

Como está o processo de criação e composição do novo álbum?
https://soundcloud.com/trabalhosujo/papisa-tempo-espaco-ritual-2018-como-esta-o-processo-de-criacao-e-composicao-do-novo-album

Há previsões para a realização de novos rituais?
https://soundcloud.com/trabalhosujo/papisa-tempo-espaco-ritual-2018-ha-previsoes-para-a-realizacao-de-novos-rituais

“Take a look at me now”

philcollins

Sem conseguir ficar de pé, Phil Collins faz um ótimo show no estádio do Palmeiras neste sábado em São Paulo – que, de quebra, teve um Pretenders afiadíssimo. Escrevi sobre as apresentações lá pro UOL.

Nicolas Jaar de surpresa

nicolasjaar

O produtor chileno Nicolas Jaar lança sem sobreaviso uma excelente coletânea de faixas produzidas com o codinome Against All Logic – e 2012-2017 segue a linha de seu trabalho autoral, cuja obra mais recente é o sensacional Sirens, lançado há dois anos. Aumenta o som e deixa fluir…