Por Alexandre Matias - Jornalismo arte desde 1995.

À paz

Em uma celebração à vida e à paz, o trio liderado pela educadora musical e compositora Branca Brener trouxe ao palco pela primeira vez o disco que fez ao lado de Daniel Szafran e outros convidados em 2023 inspirado no livro Poesias para a Paz, de César Obeid e Jonas Ribeiro. Com direção de Adrian Chan, o espetáculo Canções para a Paz trouxe para o palco do Centro da Terra músicas que Szafran gravou ao lado de outros músico (como Fortuna, Carneiro Sândalo, Luiz Waack, Edvaldo Santana e Skowa, entre outros), desta vez acompanhado por outro multiinstrumentista, Vicente Falek, além das intervenções poéticas do próprio autor do livro, Obeid, que esteve durante a participação.

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Branca Brener + César Obeid: Canções para a Paz

Nesta terça-feira o Centro da Terra recebe o espetáculo Canções para a Paz, criado pela educadora musical e compositora Branca Brener ao lado dos músicos Daniel Szafran (que toca teclados, guitarras, violões, baixo e acordeon, além de fazer a direção musical) e Vicente Falek (teclados, flauta, viola caipira, percussão e acordeon) a partir do livro Poesias para a Paz, de César Obeid, que também participa da apresentação, e Jonas Ribeiro. O espetáculo, que tem direção de Adrian Chan, começa pontualmente às 20h e os ingressos estão à venda no site do Centro da Terra.

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O adeus de um dos maiores nomes da história do rock

Escrevi sobre a morte de Ozzy Osbourne e sua importância para a música e para o rock em mais um texto para o Toca UOL.  

Ozzy Osbourne (1948-2025)

Por mais que a vida de Ozzy Osbourne sempre estivesse vizinha da morte por seus inomináveis excessos, saber de sua passagem no mês em que despede-se dos palcos causa uma dor gigantesca. Obrigado, mestre!

Lá vem o Mateus Fazeno Rock…

O cearense Mateus Fazeno Rock desde o início do ano vem preparando o terreno para seu novo momento, quando lança seu terceiro disco, Lá Na Zárea Todos Querem Viver Bem, no início do próximo mês, dia 1º de agosto. Produzido por Fernando Catatau (que também toca no álbum) e Rafael Ramos, o artista revela a capa do novo álbum em primeira mão para o Trabalho Sujo, depois de lançar os singles “Arte Mata” e “Melô do Sossego”.

“As ilustrações que compõem a capa foram criadas por Suellem Cosme, aqui do Ceará, que reside em Fortaleza e trabalha com gravura, cerâmica e tal”, me explica o próprio Mateus por email, ao reforçar que a ilustração saiu de uma estampa que a artista fez para a toalha de mesa do clipe de “Melô do Sossego”. “Ela tem uma pesquisa que coincidiu com o nossa nossa pesquisa de identidade visual, buscando imagens e referências de festividades negras em algum sentido, e o trabalho dela, atualmente, está muito baseado nesse lugar”, rerforçando a luz da imagem escolhida, como “dourada, solar, que traz nessas cores a subjetividade que o álbum representa”. Veja abaixo os dois clipes já lançados e a relação do nome das músicas do disco, que ele também antecipou pra cá:  

Mac DeMarco no Brasil – em 2026!

O disco novo de Mac DeMarco – batizado apenas de Guitar – só sai no mês que vem, mas a Balaclava já adiantou que trará o bardo indie canadense para o país no ano que vem, quando farão mais uma vez seu show na Áudio, em São Paulo, dia 4 de abril de 2026. Os ingressos já estão à venda neste link. E ele aproveitou a terça para lançar mais uma música nova do próximo álbum, batizada “Holy”, assista ao clipe abaixo:  

Cápsulas de ritmo

Ao anunciar que fariam uma noite mais voltada às canções nesta segunda-feira, dentro de sua temporada 4A no Centro da Terra, a dupla carioca Kartas – formada por Marcela Mara e Zozio e sempre acompanhada por Guilherme Paz e Karin Santa Rosa – apenas estabelecia pontos mais formais e fechados de trocas de andamento, às vezes até subitamente. Na apresentação com a qual abriram a cena, foram acompanhados pelos efeitos do Pacola e do Berna, cada um deles num canto do palco disparando efeitos e ruídos que serviam como texturas para as bordoadas rítmicas do quarteto central, que além de entregar-se ao ritmo robótico e repetitivo por várias vezes, seguiam trocando de instrumentos como nas outras segundas-feiras, acompanhados por timbres específicos quase sempre presentes – a rabeca de Bruno Trchmnn e o trompete piccoli de Marcos Campello, que apareceu em cima da hora sem ser anunciado. Única voz nesta apresentação, Mara ainda teve um momento solo de tirar o fôlego, acelerando átomos nas cabeças de todos os presentes. E eles anunciaram que, na próxima, terão algumas surpresas… Estejam avisados.

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Preta Gil (1974-2025)

Que notícia triste. Mais do que a filha mais conhecida de um dos maiores nomes da nossa cultura, Preta Gil foi catalisadora de carreiras artísticas, pioneira na produção de videoclipes no Brasil, agente ativa nos bastidores da indústria da música, além de cantora, apresentadora e figura pública. Sua trágica morte precoce é fruto de um câncer que o acompanhava há anos e que transformou seus últimos meses numa grande despedida pública, infelizmente encerrada neste domingo.

O último show do Black Sabbath vai para os cinemas!

O Black Sabbath vai transformar sua despedida em um evento cinematográfico ao anunciar que Back To The Beginning chegará às salas de cinema no início do ano que vem. A esbórnia metal que foi reunida em Birmingham, na Inglaterra, no início deste mês, para celebrar o último encontro no palco de Ozzy Osbourne, Tony Iommi, Geezer Butler e Bill Ward no palco, não apenas foi um dos grandes acontecimentos musicais e de mídia do ano como reuniu quase toda a árvore genealógica nascida a partir do gênero inventado pelo grupo, reunindo artistas como Metallica, Guns N’Roses, Slayer, Tool, Pantera, Gojira, Alice in Chains, Anthrax, Mastodon e outras dezenas de nomes, que transformaram o 5 de julho numa data histórica. O show reuniu 45 mil pessoas no mesmo lugar, além de ter sido assistido por quase seis milhões de pessoas por streaming pago, fazendo o grupo arrecadar 140 milhões de libras (um bilhão de reais!), que foram doados para a caridade, O que não se sabe sobre o filme é se ele mostrará cenas dos shows de abertura ou se concentrará apenas no show solo de despedida de Ozzy, que antecedeu o último show do Sabbath, e a missa negra final dos quatro titãs do metal – além de todos os bastidores do reencontro, o que parece ficar subentendido no comunicado que a banda fez sobre o filme em suas redes sociais.

Veja abaixo:  

Delta Estácio Blues segue intenso

Fui até fazer as contas pra checar, mas apesar deste ter sido o primeiro show do Delta Estácio Blues de Juçara Marçal que vi este ano, foi o décimo que vi desde que ela o lançou pela primeira vez ao vivo há mais de dois anos e meio, no teatro do Sesc Pinheiros. Acompanhei a gestação desse trabalho de perto, mesmo antes de transformar-se em show, quando Juçara e seu produtor e compadre Kiko Dinucci ergueram um contraponto transversal ao seu primeiro disco solo Encarnado ao reunir pedaços de sons como bases instrumentais para canções encomendadas para outros camaradas e cúmplices musicais. Uma vez lançado, o desafio foi transformar aquele conjunto de fonogramas numa apresentação ao vivo, atingido com louvor quando os dois reuniram-se ao velho chapa Marcelo Cabral e a então desconhecida Alana Ananias, erguendo o disco num espetáculo ao vivo. O resultado anda no fio da navalha entre o noise elétrico e o eletrônico industrial, transformando a coleção de sambas tortos compostos ao lado de Tulipa Ruiz, Maria Beraldo, Negro Leo, Jadsa, Rodrigo Ogi e Douglas Germano num atordoo físico e emocional que até hoje considero o melhor show do Brasil. E depois de acompanhar a evolução deste organismo vivo nestes últimos anos, cada vez mais desenfreado e arrebatador, foi uma felicidade reencontrá-lo em mais uma edição desse transe elétrico, desta vez no Sesc Consolação e intensificado pelas luzes de Olívia Munhoz, que começou a trabalhar com Juçara no ano passado, quando ela comemorou os dez anos do Encarnado, e entrou para o time DEB encontrando uma intensidade irmã das luzes que fez no show do ano passado. Sempre foda.

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