Por Alexandre Matias - Jornalismo arte desde 1995.

Céu: “Vou passear em seu delírio…”

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Céu aprofunda-se na viagem de Apká, levando seu disco para outras dimensões, no clipe da ótima “Corpocontinente”, que ainda traz Edgar como coadjuvante de uma viagem surrealista.

Olha quem apareceu depois de tanto tempo…

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O cantor e compositor escocês Badly Drawn Boy volta a dar as caras depois de sete anos sem lançar discos novos – e com um ótimo single, “Is This a Dream?”.

Tem lá seu lamento nostálgico desnecessário que paira sobre a faixa (e, claro, ecoa com grande parte dos velhos fãs), mas a doçura da melodia é superior a isso.

Quem quer ir de graça no show da Orquestra Imperial?

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A primeira edição das Noites Trabalho Sujo no Cine Joia acontece neste sábado e contará com a presença da ótima Orquestra Imperial, que convida Céu, Bid, Ana Frango Elétrico, Guga Stroeter e Jonnata Doll para uma noite que promete ser épica (mais informações aqui). E se você quiser concorrer a um dos cinco pares de ingressos que tenho aqui para sortear, basta dizer que música você queria vê-los tocando neste sábado que estará concorrendo a ingressos – não esqueça de deixar o seu email!

Vovô Bebê 2020: “Cansado de só ver pela tela”

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Mais um sinal de vida do jovem PDC, que lançou o primeiro single (“Briga de Família“) de seu novo disco aqui no Trabalho Sujo, e agora ressurge com a regravação de “Êxodo”, que havia gravado em seu álbum anterior, Coração Cabeção, e que desta vez ressurge com o auxílio luxuoso da parceira Ana Frango Elétrico.

Compare a nova versão, que estará no disco que ele lança ainda no início deste 2020, com a do disco que lançou em 2017.

Kendrick Lamar, Letrux, Kiko Dinucci, Tame Impala…

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2020 começou à toda e eu falei com o programa Metrópolis da TV Cultura sobre alguns dos discos esperados para o ano

Billie Eilish 2020: “If I could change the way that you see yourself…”

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A menina-prodígio do ano passado começa o novo recuperando a deliciosa balada “Everything I Wanted” com a qual encerrou 2019. A novidade é que ela desta vez dirige o clipe (e o carro que o protagoniza) da canção dedicada a seu irmão, Finneas, melhor amigo e um de seus principais colaboradores. “Finneas é meu irmão e meu melhor amigo. Não importa as circustâncias, sempre estaremos lá um para o outro”, escreve logo no início do clipe.

Achei fofo.

BaianaSystem 2020: “Colorir a Estrela da Manhã”

O grupo BaianaSystem dá as boas vindas a 2020 com mais uma parceria com a dupla conterrânea Antonio Carlos e Jocafi, um dos principais convidados de seu ótimo disco mais recente, O Futuro Não Demora, um dos melhores discos do ano passado. “Miçanga” já vinha sendo cantarolada por Russo Passapusso nos shows mais recentes da banda, mas agora, isolada e com uma espinha dorsal própria – e produção de Daniel Ganjaman -, a faixa ganha um tempero latino e uma malemolência que segue o clima pé no chão do disco de 2019, feita sob encomenda para a trilha sonora do filme moçambicano do diretor João Ribeiro Avó Dezanove e o Segredo do Soviético, baseado no livro do autor angolano Ondjaki.

Sexta Trabalho Sujo #010: Pélico

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Pélico completa a décima edição da Sexta Trabalho Sujo, mostrando seu novo show no palco do Estúdio Bixiga nesta sexta-feira, 24 de janeiro. A noite gira em torno do lançamento de seu quinto álbum, Quem Me Viu, Quem Me Vê, que ele mesmo considera seu disco mais sincero e direto. Produzido por Dudinha e Regis Damasceno, ele marca o amadurecimento de suas composições de forma simples e crua, mas sem perder a capacidade de introspecção e sua veia sentimental, características de seus dez anos de carreira (mais informações aqui).

Rosalía 2020: “Ni un beso pude darle de despedía”

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Outra grande estrela de 2019, Rosalía passou o ano passado colhendo a boa safra que surgiu a partir de seu disco de 2018, o ótimo El Mal Querer, e já entra em 2020 disposta a não deixar ninguém recuperar o fôlego. No novo single “Juro Que” ela segue fundindo passado e futuro de seu ponto de vista espanhol, fazendo o mínimo de concessão possível (legendas) ao inglês.

A biblioteca pública do Radiohead

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Ninguém esperava por essa: o Radiohead acaba de lançar sua própria biblioteca pública, mastigando todo seu conteúdo online de bandeja para os fãs. E não estou falando só de discos e clipes – o grupo reuniu num mesmo acervo online inúmeros shows, produtos de marketing e camisetas de diferentes fases (que começarão a ser vendidas online no dia 4 de fevereiro), gravações raras, entrevistas e conteúdo digital que criaram nestas décadas de atividade, como os curtas da série The Most Gigantic Lying Mouth of All Time, o disco de remixes e o aplicativo que fizeram para o disco The King of Limbs, transmissões feitas pela internet e um acervo digital para seus próprios sites, labirintos online que faziam os fãs se perder semanas online antes do lançamento de novos discos.

“O Radiohead.com sempre foi irritantemente desinformativo e imprevisível”, disseram em suas redes sociais ao anunciar a biblioteca, “agora nós, de forma previsível, o tornamos incrivelmente informativo”. O Radiohead foi a banda que melhor soube utilizar a internet para divulgar seu trabalho, avançando diferentes fases de sua carreira pelas fronteiras digitais conhecidas, moldando-se às mudanças que aconteciam na internet. Desde os boatos que Kid A teria sido vazado na internet três meses antes de seu lançamento pela própria banda até o lançamento repentino de In Rainbows, que permitia que o público baixasse o disco pagando o preço que quisesse (inclusive nada), passando por apagões em mídias sociais e um disco distribuído via torrent. A biblioteca vem consolidar esta vanguarda do grupo, organizando sua história de forma didática e cutucando essa época bizarra que vivemos ao levantar as bandeiras da biblioteca – numa época em que o estudo e o intelectualismo parece que são falhas de caráter -, da gratuidade – você tem todo o conteúdo livre para desfrutar, sem pagar nada – e do serviço público. O site ainda permite que se crie uma carteira intransferível de sócio da biblioteca – muito foda. Já fez a sua? Faça aqui.