Por Alexandre Matias - Jornalismo arte desde 1995.

“That makes me crazy”

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É isso aí, quinto Baile R.U.T.S. na área, nessa sexta-feira, ali no Afrospot (aqui tem um mapa). Groovezeira comendo solta a partir das 23h (mas como o Dudão e o Don KB abrem a naite [dá pra você ir no Sesc Pompéia – Instituto, Apavoramento e Esquadrão Atari no Hype, não tá ligado?] e chegar a tempo do meu set junto com o Ramiro, do Radiola Urbana [o RU de RUTS]). Apesar de não constar no flyer o esquema é o mesmo das outras vezes – me manda a tua lista até as 18 horas da sexta no meu email (alexandrematias@gmail.com) que tu e teus convidados pagam zero. Se der mole e deixar pra pagar na hora, vais morrer em quinzão, por isso não dá mole.

Segundo Passo – Porto Alegre

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Nessa quinta é a vez de Porto Alegre – e aqui eu tou reunindo o Nitro Di, o Fred da Comunidade Ninjitsu, o DJ JZK, o Mini dos Walverdes, o Carlinhos (do Bide ou Balde) e a Lica (que era do Groove James). Vamo ver que bicho vai dar. O vídeo com o que foi feito no Rio já tá online, clica no site lincado na imagem e check for yerself.

A nova crítica musical

Essa também saiu na última Simples. Mas é coluna, não é matéria.

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Era uma vez um tempo em que as pessoas não sabiam se informar. A era eletrônica tirou o começo-meio-e-fim das coisas e percebemos que informação é produto. Esteja no Jornal Nacional ou no Orkut, é só o final de um processo. Não nos iludimos tanto porque o alerta de Lenin (“para saber os motivos, procure saber quem se beneficia”) transformou-se em equação de reconhecimento do inconsciente coletivo, que percebe o quanto foi enganado.

Assim, vemos a dissolução do crítico de música. O sujeito que, numa penada, lança uma banda ou destrói as vendas de um disco, está com seus dias contados. Não porque está em vias de extinção, mas porque suas prerrogativas básicas tornaram-se requisito mínimo para qualquer pessoa, graças à internet. Um bom dia dedicado à frente do computador pode lhe transformar num especialista em quase tudo – no caso da música, tudo.

Escolha um artista e passeie pelos AllMusic, Wikipedia, Pitchfork e NME da vida, baixe discos, veja fotos, filmes, e sua fachada está pronta. Foi-se o tempo em que poucos semanários ingleses ditavam a moda. O mundo girava em torno de LA, NY e Londres, porque eram as únicas cidades capazes de exportar notícias locais como produto internacional.África, América Latina, Ásia? David Byrne e Peter Gabriel ainda não tinham inventado a world music.

A internet mudou isso. Hoje qualquer um pode produzir conteúdo sem a necessidade de um intermediário para publicar e distribuir. Todas as músicas do mundo estão à mão de qualquer um. E percebeu-se que o crítico musical é apenas um sujeito com mais tempo para dedicar-se ao estudo, à leitura e à apreciação do que uma pessoa comum. Não é uma divindade encarnada (“a Crítica”), nem um guru ou uma diretriz do bom gosto. É só um cara que pode explorar seu gosto pessoal com o respaldo de um veículo de grande alcance.

Mas isso não significa o fim da crítica, pelo contrário. Como a internet é o veículo de maior alcance da história (sem contar o potencial de alcance, ainda maior), todo mundo é um crítico musical cujo gosto e preferência devem ser respeitados e nutridos. Ninguém melhor do que um especialista em algo que você não faz questão de acompanhar para te dizer o que merece atenção. E estamos todos nos especializando.

Depois eu falo mais disso.

Primeiro passo – Rio

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Hoje começa série de InfoSessions dentro da programação da Red Bull Music Academy. São noites de papos e prática com personalidades da cena musical de cinco capitais brasileiras, que estarão reunidas pra falar de sua relação com a música e como as novas tecnologias interferem em seu trabalho. Depois do papo, as mesmas pessoas se reúnem para compor e produzir uma música na hora. É, na hora. Sem ensaio, sem nada pré-determinado. O barato é ampliar o conceito de jam session para algo prático e rápido – em vez de altas viagens instrumentais, uma canção certeira.

No Rio, os nomes são a dupla Berna e Kassin, a cantora Deize Tigrona, o músico Lucas Santtana, o produtor MPC (do grupo Digitaldubs) e o rapper BNegão. Depois do Rio vem Porto Alegre, Brasília, São Paulo e Recife.

E eu com isso? Bom, eu bolei esse conceito e tou acompanhando esse papo in loco, mediando os papos e assistindo a todas as produções. Voce também pode – é só se inscrever aqui nesse site.

Nos vemos, portanto.

Música do ano?

Não sei ainda, mas parece que “Crazy” segue esse rumo…

Pilger disse: “Chora”

…e me mandou esse link. Vê se não é de chorar mesmo.

Vozinha

Sinishtro.

Domingo incerto

Trombador @ Funhouse
Os Insertos
Discotecagem: Alexandre Matias
Rua Bela Cintra, 567
Este domingo, a partir das 21h
$ 6 de entrada (pequenas consumindo $10 não pagam a entrada, magrões consumindo $ 15 também não)
– aceita cartões de débito –

“Eu quero tocar o seu coração”

Mombojó novo

Já ouviu?

Lack of something to do

Quando for uma da manhã e dois minutos e três segundos nesta quinta-feira, a data ficará assim:

01:02:03 04/05/06