30) “Valerie (ft. Amy Winehouse)” –

Um dos principais nomes de 2007 retribui a gentileza no disco do produtor que achou seu formato perfeito. Amy e Ronson foram feitos um para o outro: de um lado a deliciosa voz retrô da musa rehab, do outro o calor valvulado de uma produção que parece – mas só parece – sessentista.

31) “Saturate” – Chemical Brothers

Em seu melhor disco da década, a dupla inglesa revive o espírito bouncy do meio dos anos 90 e se fantasia de hit moderno (do mesmo jeito que “Salmon Dance” é Gorillaz – um animal falante, porra! -, “Do It Again” é Justin com Timbaland). Mas o bicho pega mesmo quando eles deixam as gracinhas de lado e se enfiam no som artificial da música eletrônica para dançar. E se os Chemical Brothers já podem ser considerados uma espécie de Pink Floyd das pistas (o Daft Punk é o Kraftwerk) “Saturate”, testada anteriormente com o nome de trabalho “Electronic Battle Weapon 6” (em 2006), é uma espécie de “Welcome to the Machine” fundida com “Have a Cigar”.

Mais um preview de Lost.

Não que o clube fizesse alguma diferença hoje em dia, mas o fim do Lov.e é, literalmente, o ocaso de uma era.

32) “Je Veux Te Voir” – Yelle

Mais do que posicionar a França para além do toque eletrônico da geração Daft Punk, Yelle é dedo na cara. Apareceu no MySpace em 2006 pegando pesado num dos rappers do grupo TTC, com “Short Dick Cuizi”. “Je Veux Te Voir” é a versão finalizada para a escrotalizada pra cima de Cuizinier, que é grotescamente humilhado. Yelle o chama na chincha no refrão: “Quero te ver num filme pornô”, pra saber se toda tiração de onda do sujeito é pra valer e encerra a faixa com um fatality verbal: “Quero te ver hoje à noite/ Depois de ter sido ridicularizado por uma garota que rima melhor do que você”.

33) “Face” – Black Ghosts

Deixa de onda, cantaê:

“Don’t look now
Cause it is coming for you, it is coming for you
Don’t slow down
It is around the corner, around the corner
Don’t hold back
You got to give what you got, give what you got
You got to face the music, face the music,
Face the music, face the music…

Don’t look now
Cause it is coming for you, it is coming for you
Don’t slow down
It is around the corner, around the corner
Don’t hold back
You got to give what you got, give what you got
You got to face the music, face the music,
Face the music, face the music…”

O Quarto do Pânico + “Afterhours“

1, 2… 1, 2…

E se eu te dissesse que o Orson Welles quis filmar o Batman em 1946 – e que o elenco incluiria, além do Gregory Peck como Batman, o James Cagney de Duas Caras, a Marlene Dietrich como Mulher-Gato, Basil Rathbone (que fazia o Sherlock Holmes no cinema) como Coringa? Mentira: isso foi lenda inventada pelo Mark Millar, aproveitando do fato do Welles ter flertado com algo parecido na época quando cogitou filmar O Sombra, que já havia feito no rádio, anos antes. Mas o projeto não saiu do papel (Orson Welles, né…).

Mas como metade de tudo que Welles está envolvido pode ser uma grande pegadinha, Millar aproveitou para “contar” a verdadeira história do “Batman de Orson Welles”. O trailer aí de cima também foi feito depois da lorota ganhar peso de fato via internet… E vale por cogitar essa realidade paralela, imagina que foda.