Por Alexandre Matias - Jornalismo arte desde 1995.
36) “Club Action” – Yo Majesty
Três negonas lésbicas da Flórida fingem que são a Sugar Hill Gang gravando o primeiro rap da história em 1979 – e por alguns minutos é possível imaginar que o hip hop é uma cultura feminista. Um hit irrepreensível e irresponsável, que intercala momentos de classicismo old-skool (a letra abre com um verso vintage (“Bounce back before we hear this”) justapõe duas eras distintas do rap em outro (“Throw your hands up if you wanna get rich”) para descambar na convocação para a pista (“Get yo’ ass on the floo'”) e no niilismo feliz (“Fuck that shit/ Fuck that shit/ Fuck that shit”). Incrível.
37) “Beggin’ (Pilooski Edit)” – Frankie Valli
Você conhece o gogó macio do velho Frankie… É dele a voz que soa na sua cabeça quando você lembra que o refrão de “Can’t Take My Eyes Off You” é o mais emblemático “I love you baby” da história da música pop. O francês Pilooski, que se especializou numa modalidade de remix que, em vez de vez de virar a música do avesso, apenas a retoca (o “edit”), desenterra um número mais dark de Valli (sem os Four Seasons) e lhe recontextualiza em 2007, tenso e feliz ao mesmo tempo.
Fritopassamal mirim. Por quê? Por quê?
O mesmo instituto Fraunhofer que conseguiu compactar músicas online no formato que virou sinônimo de música online (o MP3) apareceu hoje com um novo formato de compactação de áudio, o HD-AAC, que, segundo eles mesmo dizem, “tornará o CD obsoleto” (afinal, há uma perda de qualidade considerável quando você digitaliza a música neste formato). Veremos…
Falando em qualidade de som, vale a pena dar uma sacada nessa matéria da Rolling Stone gringa sobre a qualidade sonora dos discos lançados hoje em dia.
Falando em caixa da Rhino, que tal essa McCartney Years, que eu só vi agora? Sente o drama aí embaixo…
E as músicas novas do Jesus & Mary Chain, já ouviu? Eles tão botando as demos no MySpace deles – por enquanto tem três (“Boiling Over”, “War on Peace” e “Cookies”) – dica da Ju. E lembrando que em fevereiro a Rhino lança: The Power of Negative Thinking: B-Sides & Rarities. Só falta o show no Brasil.
“Free Love” – Cage the Elephant
“Rockferry” – Duffy
“Black and Gold” – Sam Sparro
“Time to Pretend” – MGMT
“Gravity’s Rainbow” – Klaxons
Que o Neuromancer, o clássico cyberpunk que foi escrito numa Hermes 1937 igual essa aí de cima, vai virar filme você já devia saber – até o Gibson pronunciou-se sobre o assunto no ano passado. A novidade é que é capaz do Anakin ser o protagonista. A propósito: o diretor não vai ser o Chris Cunningan.
Nah, só um teaser novo do Cloverfield. Pelo jeito, vai ser melhor que o Independence Day…