Por Alexandre Matias - Jornalismo arte desde 1995.

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Alan Moore fala sobre Watchmen

Ainda no clima do filme de super-herói mais esperado do ano, o Edilson me mandou essa entrevista em que o mestre Alan Moore em que ele fala sobre a natureza de sua minissérie.

Sem dó

Chegou a doer, essa.

12 bilhões de anos em seis minutos e meio

O nascimento e morte de uma estrela animados por computador (pesquei no Lombardi). E como o espaço em movimento mashupa com tudo, sugiro que você ache aí uma música com uma duração próxima a essa, baixe o volume do YouTube, dê play na música e acione o full-screen. Sugeri o “Move” do Cansei remixado pelo Cut Copy aí embaixo porque a música tava mais à mão, mas testei com “Zooropa” do U2 e “Somebody Up There Likes Me” do Bowie e funciona que é uma beleza. Testa aí e diz que música tu usou.


Cansei de Ser Sexy – “Move (Cut Copy Remix)

E mais Watchmen

Lembra que eu falei do livro do Gibbons? A Aleph vai lançar no Brasil.

O trecho abaixo fala do início das conversas sobre o que se tornaria Watchmen e do primeiro trabalho de Gibbons ao lado de Moore, a história O Homem que Tinha Tudo:

Eu tinha ido a uma convenção em Nova York, em 1973, como fã, mas aquela era minha primeira aparição nos EUA como convidado profissional. Eu continuava sentindo um fã ao encontrar tantas pessoas que eu conhecia anteriormente apenas pelo nome. De lendas como Julius “Julie” Schwartz a contemporâneos como Jerry Ordway.

Na segunda noite do evento, a DC deu uma festa e eu imaginei que aquela seria minha chance de falar com Dick Giordano sobre as linhas gerais de Alan. A conversa foi curta:

“Dick, sobre a proposta de Alan Moore sobre os personagens da Charlton. Eu gostaria de desenhar.”
“E o que o Alan acha disso?”
“Ele quer que eu faça.”
“Ok, Dave. É seu.”

Saindo meio zonzo dessa vitória fácil, topei com Julie Schwartz. E outra breve conversa se sucedeu:

“Então, Dave? Quando você vai desenhar um Superman para mim?”
“Que…? Ah, quando você quiser, Julie. Quem vai escrever?”
“Quem você quer que escreva?”
“Hã, Alan Moore.”
“Ótimo. Pode começar!”

As convenções de quadrinhos não melhoraram muito mais do que Chicago foi para mim naquele ano. Ao passar por Nova York, telefonei para Alan da mesa de Julie. Ele ficou tão entusiasmado quanto eu. Não somente porque podíamos começar o que viria a ser Watchmen, como também pela chance de trabalhar com o Superman sob o manejo editorial de Julie. Nós dois tínhamos crescido na fila de gibis que ele cuidava, e o Supeman era, definitivamente, a jóia da coroa dos personagens de super-heróis.

Essa história mesmo é o melhor tira-gosto do que se pode esperar de Watchmen, levando em consideração que é uma obra escrita com os principais heróis da DC – o Super-Homem, a Mulher Maravilha e Batman – e vai fundo na psicologia do Super. A história acontece no aniversário do Super-Homem, quando Batman, Robin e a Mulher Maravilha encontram o sujeito em estado vegetal com um parasita grudado no corpo. O lance é que esse parasita permite que o hospedeiro possa viver seu coma vivendo seu maior sonho, que, no caso do cara, é que Krypton nunca tenha explodido e que ele pudesse ter uma vida normal. Aí Moore pega dois fios condutores paralelos – o delírio do Super-Homem e a luta dos super-amigos para livrá-los do parasita – e vai contrapondo cena a cena, com o traço preciso, fino e sofisticado de Gibbons. A história é curtinha, mas é uma pequena obra-prima e dá pra baixar aqui.

Still Watchmen

Ainda no assunto, dois carinhas pegaram o já (mesmo com a música bregona dos Pumpkins) clássico trailer do filme e contrapuseram com as cenas do quadrinho original. Esse primeiro foi bem didático, justapondo cena a cena.

Já esse outro foi além e pegou a premissa da mesma Watchmen Motion Series e animou os quadrinhos um a um, para recriar, com o traço de Dave Gibbons, o supracitado já clássico trailer. Às vezes fica tosco, em outras funciona que é uma beleza.

Watchmen lido por Alan Moore

Aproveitando que falei sobre o filme, lembra que eu falei da Watchmen Motion Series, aqueles pequenos curtas animados que faziam os quadrinhos de Alan Moore e Dave Gibbons se mexer que nem aqueles desenhos antigos da Marvel? Esta série, que funcionava como uma espécie de aperitivo para quem quisesse se ambientar com a minissérie, originalmente estava disponível para download gratuito para quem tivesse conta no iTunes. Mas, aos poucos, os clipes começaram a aparecer no YouTube – e um desses caras fez um mashup de trechos do Watchmen Motion Series com o mesmo texto lido por ninguém menos que o próprio Alan Moore – que, como vocês sabem, é contra o filme baseado em sua obra.

4:20

Little Joy em São Paulo


max stevens

Surrupiando um post do Thiago pra gente já ficar ligado:

A propósito de pergunta de leitor nos comentários. A festa de lançamento do disco do Little Joy (banda de Rodrigo Amarante e Fabrizio Moretti) acontece no clube Clash em 28 de janeiro. Os ingressos custarão R$ 60 (antecipado) e R$ 70 (na porta) e começam a ser vendidos no próximo dia 14. Os pontos-de-venda da Chilli Beans serão definidos em breve. Também dá pra comprar ingressos no próprio clube, em horário de funcionamento noturno. A festa começa às 22h, mas a banda não deve entrar no palco antes da meia-noite. O carioca Mauricio Valladares será o DJ da noite. O Little Joy toca ainda em Porto Alegre (27/1; Bar Opinião), Belo Horizonte (30/1; Freegels) e Rio de Janeiro (6/2; Circo Voador).

“What’s happened to the American dream?” “It came true. You’re lookin’ at it”

E esse trailer japonês do Watchmen?

Nixon, Fidel, war room, JFK e o Comediante no grassy knoll! Porra…