Por Alexandre Matias - Jornalismo arte desde 1995.

Falando no Bush…

Bem bom esse texto que a Míriam Leitão escreveu sobre o legado do Bush júnior no domingo passado:

Adeus, Bush

Foi ruim enquanto durou. O governo George W. Bush mentiu, torturou, prendeu pessoas sem acusação, teve prisões secretas, arruinou a economia, deixou um rombo nas contas públicas, desrespeitou a ONU, fez duas guerras, bloqueou acordos contra o aquecimento global, desamparou as vítimas do Katrina, censurou cientistas. Sim, foi pior do que o governo que odiávamos tanto: o de Richard Nixon.

Não, a História não lhe dará razão. Pode fazer o contrário: confirmar as piores suspeitas. Já começa a fazer isso. Bob Woodward, sempre ele, o lendário repórter do Watergate, publicou no “Washington Post” a confirmação de que em Guantánamo se torturava. Mohammed Al-Qahtani, um saudita, foi mantido isolado, impedido de dormir, exposto nu a frio extremo, sofreu afogamentos e outras perversidades próprias de governos extremistas. Quem confirmou isso ao jornalista não foi um “garganta profunda”, mas alguém de quem se sabe nome, rosto e cargo: a juíza Susan Crawford, funcionária do Pentágono, com autoridade de decidir quem deveria ir ou não a julgamento. Qahtani não irá a julgamento porque seu interrogatório foi criminoso. “Nós torturamos”, reconheceu.

George W. Bush foi para a vida americana o que o AI-5 foi no Brasil. Pessoas sumiam sem qualquer acusação formal, eram mantidas presas sem processo e formação de culpa, cientistas do governo, que alertaram sobre aquecimento global, foram perseguidos ou tiveram seus textos alterados, cidadãos tiveram conversas gravadas sem autorização judicial.

No princípio, foi a fraude eleitoral; no fim, o apocalipse econômico. O governo Bush foi todo equivocado, com um intervalo em que ele perdeu a chance aberta por uma tragédia: o 11 de Setembro. A primeira eleição foi perdida no voto popular e vencida no colégio eleitoral graças à manipulação na contagem dos votos no estado governado pelo irmão Jeb Bush, a Flórida. Foi o pior momento recente do sistema eleitoral americano, em que se viu o quanto o sistema e o método de votação haviam envelhecido.

A tragédia do 11 de Setembro abriu uma chance ao presidente. A população americana se uniu em torno da pessoa que representava a instituição máxima da Nação. O mundo se solidarizou com os Estados Unidos e sofreu pelos mais de três mil inocentes que morreram enquanto trabalhavam, ou andavam pelas ruas da cidade mais internacional do planeta. O terrorismo agindo em rede só podia ser enfrentado pelos governos unidos em rede. Bush fez naufragar essa chance, aberta pelo sofrimento e pelo luto, ao escolher o caminho do isolacionismo, do desrespeito às leis internacionais e do enfraquecimento das Nações Unidas.

Se, na luta contra os Talibãs, o governo americano teve o apoio da maioria da opinião pública mundial, na guerra do Iraque ele violou princípios e alienou aliados. Agora, Bush admite que errou ao apostar na existência das armas de destruição em massa. É tarde. Na época, ele ignorou os relatórios da ONU e a oposição de amigos como a França e a Alemanha. Saddam Hussein era um ditador e ninguém o chora, a não ser seus adeptos ferrenhos. Mas a civilização ganharia se ele fosse deposto de outra forma. O julgamento viciado e o enforcamento grotesco não ajudam a fortalecer princípios e valores democráticos.

Bush não criou um mundo mais seguro com suas guerras sem fim. O mundo estará mais seguro dentro de dois dias, quando chegar ao fim a era Bush. O desafio da luta contra a irracionalidade do terrorismo vai continuar, e testará o novo presidente. Mas se houver uma cooperação entre os países aliados e os organismos internacionais e respeito às leis e valores, haverá mais esperança de vencer.

Na economia, seu governo não foi apenas inepto. Foi irresponsável. Foram perseguidos e silenciados os que dentro da máquina pública alertaram para o risco da bolha imobiliária. Os sinais da excessiva ausência do Estado, no seu papel regulador e fiscalizador, ficaram cada vez mais contundentes. E a resposta foi mais ausência. Bush chegou a tentar nomear executivos da indústria de derivativos para órgãos reguladores do setor imobiliário. Surfou na bolha para se reeleger. O estouro lançou o mundo na era de incerteza. E até ontem, hora final, a crise bancária voltou a piorar.

Os republicanos tinham ao menos a fama de ser responsáveis fiscalmente. Hoje já não podem dizer isso. O governo George W. Bush recebeu os EUA com superávit orçamentário e entrega o país com um enorme déficit, que pode chegar a US$ 1,3 trilhão, e uma dívida crescente.

Bush sabotou deliberada e persistentemente todos os esforços do mundo para reduzir as emissões dos gases de efeito estufa. Não por acaso, o estado campeão de emissões no país é exatamente o Texas. Foi incompetente no Katrina, antes e depois da tragédia, e não entendeu o alerta da natureza. Qualquer minuto de atraso na luta para preservar o planeta é um crime contra as gerações futuras, que herdarão a Terra.

Difícil saber onde Bush não errou. A boa notícia desta manhã de sábado é que faltam dois dias para o fim dos longos e duros oito anos. Terça-feira há de ser outro dia.

Esqueça!

Palavras para o Domingo XXXI: “Hermes Trismegisto e a Sua Celeste Tábua de Esmeralda”

Hermes Trismegisto escreveu
Com uma ponta de diamante em uma lâmina de esmeralda

O que está embaixo é como o que está no alto,
E o que está no alto é como o que está embaixo.

E por essas coisas fazem-se os milagres de uma coisa só.
E como todas essas coisas são e provêm de um
Pela mediação do um,
Assim todas as coisas são nascidas desta única coisa por adaptação.

O sol é seu pai, a lua é a mãe.
O vento o trouxe em seu ventre.
A terra é seu nutriz e receptáculo.

O Pai de tudo, o Thelemeu do mundo universal está aqui.
O Pai de tudo, o Thelemeu do mundo universal está aqui.

Sua força ou potência está inteira,
Se ela é convertida em terra.

Tu separarás a terra do fogo e o sutil do espesso,
Docemente, com grande desvelo.
Pois Ele ascende da terra e descende do céu
E recebe a força das coisas superiores
e das coisas inferiores.

Tu terás por esse meio a glória do mundo,
E toda obscuridade fugirá de ti.
E toda obscuridade fugirá de ti.

É a força de toda força,
Pois ela vencerá qualquer coisa sutil
E penetrará qualquer coisa sólida.
Assim, o mundo foi criado.
Disso sairão admiráveis adaptações,
Das quais aqui o meio é dado.

Por isso fui chamado Hermes Trismegistro,
Por isso fui chamado Hermes Trismegistro,

Tendo as três partes da filosofia universal.
Tendo as três partes da filosofia universal.

O que disse da Obra Solar está completo.
O que disse da Obra Solar está completo.

Hermes Trismegisto escreveu com uma ponta de diamante em uma lâmina de esmeralda.
Hermes Trismegisto escreveu com uma ponta de diamante em uma lâmina de esmeralda.


Jorge Ben – “Hermes Trismegisto e a Sua Celeste Tábua de Esmeralda

Um dia na vida de Hunter Thompson

15h: Acorda
15h05: Chivas Regal, Jornais, cigarros Dunhill com Piteira
15h45: Cocaína
15h50: Mais Chivas e Dunhills
16h05: Café e Dunhills
16h15: Cocaína
16h16: Suco de laranja e Dunhills
16h30: Cocaína
16h54: Cocaína
17h05: Cocaína
17h11: Café e Dunhills
17h30: Mais gelo no Chivas
17h45: Cocaína
18h00: Maconha
19h05: Almoço na Taverna Woody Creek – cerveja, duas margaritas, dois cheeseburgers, duas porções de fritas, um prato de tomates, uma salada com taco, uma porção dupla de cebola frita, torta de cenoura, sorvete, um bolinho de feijão, mais Dunhills, outra cerveja, cocaína, e um cone de sorvete com uísque.
21h: Começa a cheirar cocaína a sério
22h: Ácido
23h: Vinho, cocaína e maconha
23h30: Cocaína
00h: HST está pronto para escrever
00h às 6h: Vinho, cocaína, maconha, Chivas, café, cerveja, suco de grapefruit, Dunhills, suco de laranja, gim, sessão contínua de filmes pornográficos
6h: Banho de banheira, com champanhe e fettuccine Alfredo
8h: Halcyon
8h20: Pega no sono

Pinçado no Fred.

4:20

Killers – “Human”

Introdução:
A A A A

A C#m D A
I did my best to notice when the call came down the line.
E F#m D E
Up to the platform of surrender I was brought, but I was kind.
A C#m D F#m
And sometimes I get nervous when I see an open door.
D E
Close your eyes, clear your heart.

A C#m D A
Cut the cord – are we human, or are we dancer?
E F#m D E
My sign is vital, my hands are cold.
A C#m D F#m
And I’m on my knees looking for the answer.
Bm D A A
Are we human, or are we dancer?

A C#m D A
E F#m D E

A C#m D A
Pay my respects to grace and virtue, send my condolences to good.
E F#m D E
Give my regards to soul and romance, they always did the best they could.
A C#m D F#m
And so long to devotion, you taught me everything I know.
D E
Wave goodbye, wish me well.

A C#m D A
You got to let me go – are we human, or are we dancer?
E F#m D E
My sign is vital, my hands are cold.
A C#m F#m
And I’m on my knees, looking for the answer.
Bm D A C#m
Are we human, or are we dancer?

D E C# F#m
Will your system be alright, when you dream of home tonight?
D E
There is no message we’re receiving, let me know is your heart still beating?

A C#m D A
Are we human, or are we dancer?
E F#m D E
My sign is vital, my hands are cold.
A C#m F#m
And I’m on my knees, looking for the answer.

F#m…..

A C#m D A
You got to let me know – are we human, or are we dancer?
E F#m D E
My sign is vital, my hands are cold.
A C#m F#m
And I’m on my knees, looking for the answer.
Bm D
Are we human? ……..
A C#m D A
Or are we dancer?

E F#m D E
A C#m D A

Bm D A C#m
Are we human, or are we dancer?
Bm D A
Are we human, or are we dancer?

A

Dinheiro mundial?

Já cogitou essa hipótese? Sem problemas de câmbio, sem notas de diferentes cores, valores e formatos, todo mundo falando uma mesma moeda – com um Casa da Moeda na Lua, para não ter problema de localização. Que tal? E, por ser na Lua, os homenageados seriam grandes visionários de todo o planeta que enxergaram em nosso satélite o primeiro ponto de partida para irmos além (Gagarin, Ptolomeu, Kepler, Beethoven, Copérnico, Verne e Neil Armstrong). Uma invenção do English Russia, pescada via Warren Ellis.

4:20

Hoje só amanhã: a terceira semana de 2009

Nerds atacam De Leve, que não entendeu nada
E a lancheira do Dr. Manhattan?
A volta do Little Quail
Andy Milonakis
Dueto da Feist com o carinha do Death Cab for Cutie
Remix pro Franz novo
Hot Chip x Joy Division
O renascimento da Polaroid
Will Smith vai ser Obama (?!)
Amelie Poulain vira Coco Channel
Prédios caindo na Albânia
10 episódios para o fim de Battlestar Galactica
MSTRKRFT 2009
Dinheiro da Lua
Machado de Assis e Edgar Allan Poe
Peixe russo bizarro
Volta do Butchers’ já tem data marcada
A posse de Obama vista do espaço
Cantando o tema de Guerra nas Estrelas
Curso intensivo de Led Zeppelin
Wendy Sulca
Campanha pró-trema
Karaokê do avesso
Lost no Google Maps
Outras opções para o logo da campanha de Obama
Autoramas: “the most important independent band in Brazil”
Joaquin Phoenix estréia como MC
A volta de Amy Winehouse
Indie até morrer
Diplo remixa Britney
Autor do discurso de posso de Obama tem 27 anos
Metano em Marte?
Tim Berners-Lee na Campus Party
A volta de Lost
Beastie Boy art
Só Obama pra fazer o Mussum voltar pra Globo
Nova do Bonde do Rolê
Lily Allen faz cover de Clash
Nova do U2: só pra fãzocas, mesmo
Simpsons e Edgar Allan Poe
Por que eu amo Monty Python
Zack Snyder que O Cavaleiro das Trevas
Krist Novoselic não sabe tocar Nirvana no Rock Band

4:20