Por Alexandre Matias - Jornalismo arte desde 1995.
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“Um dia apareceu lá no morro o Mário Reis, querendo comprar uma música. Estava com outro rapaz, que veio falar comigo. ‘O Mário Reis está aí e quer comprar um samba teu’. Fiquei surpreso: ‘O quê? Querendo comprar samba, você está maluco? Não vendo coisa nenhuma’.
No dia seguinte ele voltou e me levou até o Mário Reis. Ele confirmou. ‘É, Cartola, quero gravar um samba seu. Fique tranqüilo, seu nome vai aparecer direitinho. Quanto você quer por ele?’ Pensei em pedir uns 50 mil réis. O outro rapaz falou baixinho: ‘Pede uns 500 mil’. Eu disse: ‘Você está louco, o homem não vai dar tudo isso’.
Com muito medo, pedi os 500 mil. Em 1932, era muito dinheiro. O Mário Reis respondeu: ‘Então eu dou 300 mil réis, está bom para você?’.
Bom, ele comprou o samba mas não gravou. Quem acabou gravando foi o Chico Alves.”
O Juliano pinçou a declaração acima, do Cartola, para falar um pouco sobre as transformações que aconteceram no mercado da música durante o século vinte e que agora parecem retomar seu curso original. Ele continua:
O Mário Reis, que se oferece para comprar o samba, aparentemente já está vivendo dentro da lógica das emissoras de rádio e da indústria nascente do disco. Para ele, faz sentido o processo artificial que tornou escasso um produto informacional e portanto naturalmente abundante.
Mário Reis inclusive menciona indiretamente o princípio que justifica o comércio de bens informacionais. Ele diz: “fique tranquilo, seu nome vai aparecer direitinho” e o que está por trás motivando essa preocupação é o direito de autor, a solução jurídica que dá a base para que esse modelo de indústria criativa cresça, permitindo que criativos profissionais vivam de sua produção.
A cabeça do Mário Reis é a que olha para o compartilhamento de músicas na rede e enxerga a contravenção, a pirataria, mas a do Cartola mostra como a coisa não é definitiva, como não existe uma verdade absoluta no posicionamento das gravadoras, que a motivação tem a ver não com a Justiça, mas com regras e hábitos que durante muitos anos sustentaram uma determinada indústria.
…e a Lilian compilou um cassete com músicas brasileiras deste século para a Wild Animal Kingdom, um selo de fitas de Olympia, no estado de Washington, nos EUA. Olha o elenco:
Casino – “Samba Dada”
Verano – “La Fenetre”
Holger – “Brand New T-Shirt”
Superbug – “Summerly Yours”
Nancy – “Inbox Drama”
Supercordas – “e o Sol Brillhou Sobre o Verde”
Lulina – “Subtexto”
Bearhug – “A Storm, A Night Out”
Homiepie – “Snow Underwater”
Os Gambitos – “Dancefloor”
A capa é do Silvano, que também é o Bearhug.
Ele anunciou na sexta passada, depois de comemorar ao som de Bon Jovi, e agora é oficial: Forastieri mudou-se de sua casa própria para ocondomínio de blogs do novo site da Record, o R7, na companhia de Rosana Herrman, Gugu, Luciano Szafir, Theo Becker, Britto Jr., Daniel Castro. E estréia elogiando a casa nova.
Como era o nome daquela menina brasileira que sempre aparecia com a mesma cara em TODAS as fotos?
Do Huffington Post.
Grafitti? Intervenção urbana? Animação stop-motion? Tudo ao mesmo tempo.
A Kátia foi atrás de uma história que todo mundo sabe de ouvir falar: a paixão de Arnaldo Baptista por motocicletas e sua histórica viagem de moto do Brasil aos Estados Unidos em pleno auge da carreira dos Mutantes. Ela juntou Arnaldo com seus velhos companheiros de viagem para um papo nostálgico e ao mesmo tempo revelador sobre qualidades desconhecidas do Lóki-mor (pelo menos do grande público). Na foto que ilustra esse post, Rita Lee cronometra o então marido no autódromo de Interlagos.
Mais um mashup pra hoje – a música é “Torrey Canyon”, do Serge, e o filme é o Bande A Part, do Jean-Luc.
O desdobramento da fase “Baby Pop”, inaugurada com France Gall, fez com que Serge Gainsbourg funcionasse como um cavalo de Tróia sofisticado para o pop descartável francês. À medida em que seus hits ganhavam o topo das paradas na França, artistas diferentes – e de fora de seu país – começavam a lhe pedir canções. E aos poucos ele começa a diluir a trivialidade de suas canções ingênuas de duplo sentido com os trocadilhos sonoros e jogos de cena de suas composições do período adulto. Um bom ensaio para uma aparição que viria a seguir…
Petula Clark – “O O Sheriff”
Dominique Walter – “Les petits boudins”
Dalida & Serge Gainsbourg : “Rues de mon Paris”
Minouche Barelli – “Boum-badaboum”
Serge Gainsbourg & Anna Karina – “Ne dis rien”
Marianne Faithfull – “Hier ou demain”
Françoise Hardy – “Comment Te Dire Adieu”