Por Alexandre Matias - Jornalismo arte desde 1995.

Lee Perry e o dubstep

E já que falei de dubstep, se liga nesse minidocumentário que fala sobre como o gênero criado por Lee Perry evoluiu rumo ao dubstep e como o clássico álbum Blackboard Jungle foi recriado pelos produtores austríacos Dubblestandart, pelos nova-iorquinos Subatomic Sound System e pelo MC Jahdan Blakkamoore, com a presença do próprio Lee. Pesquei no Dubstepped.

4:20

Cinzeiro portátil

Istaile.

Dica do Fred.

4:20

O exato momento do apagão em São Paulo

Capturado pelo helicóptero do SBT. Baita sorte.

4:20

O Fúria de Titãs original e o legado de Ray Harryhausen

Se você não lembra desse filme, deve ter nascido nos anos 80 (e olha que tem muita gente que nasceu e lembra). Passava direto na Sessão da Tarde, e como eu disse no post anterior, era uma tentativa de tornar histórias da mitologia grega com o clima de fantasia e aventura que a dupla Spielberg e George Lucas tinham resgatado para o cinema. E mesmo com um elenco contando com Laurence Olivier no papel de Zeus e Ursula Andress como Aphrodite, a grande atração do filme eram os efeitos especiais de Ray Harryhausen, a Industrial Light & Magic dos tempos analógicos, responsáveis por cenas como essa deste exército de esqueletos em Jasão e os Argonautas, de 1963:

Ou o Ciclope do filme do Simbá, de 1958:

E em Fúria de Titãs, filme que funcionou também como uma homenagem à sua obra, ele criou outras cenas clássicas, como a da luta entre Perseu e a Medusa:

Se você não viu o filme ainda, não dá mole: ele tá inteirinho no YouTube. Não é um filmaço – meu apego com ele é obviamente nostálgico – mas diverte.

Introdução ao dubstep

Outra boa dica do Camilo (que é um cara que sempre tem boas dicas, você devia saber) é o guia para entender o dubstep feito pelo Bruno Belluomini, que toca a noite dedicada ao gênero no Vegas, a Baixaria. Eu sou meio alheio ao assunto e acho que o dubstep é meio tipo o tecnobrega – o estilo musical mal começou a existir e desde o berço já tem gente soltando fogos por sua existência antes mesmo de algo florescer de verdade (tudo bem, o Burial e os remixes do Skream são bem bons, mas eu acho que o dubstep – enquanto gênero – ainda pode melhorar). Mas isso é questão de gosto, não ache que eu estou recriminando os caras, não…

O apê do Wilco

A revista de arquitetura Loft Life visitou o escritório do Wilco, em Chicago, conhecido dos fãs graças ao DVD I Am Trying to Break Your Heart, sobre as gravações do Yankee Hotel Foxtrot. O grupo se enfurna neste apartamento cheio de instrumentos e trecos perto da casa de Jeff Tweedy para compor e gravar seus discos. No site da revista tem mais fotos ainda.

Você sabia que o Geraldo Vandré é tio – torto, mas tio – do Ricardo Villalobos?

Essa quem soprou foi o Camilo. Em entrevista ao site Resident Advisor, o DJ germano-chileno e papa do minimal, declarou ter um vínculo mais profundo com a música brasileiro do que seus sets intermináveis no D-Edge.

All of the records that come out on “Sei Es Drum” come out because they have to come out. The stuff that comes out on the label doesn’t have to be high electronic product. It is product for the people, for everyone. We are playing a lot of tracks before they are published. Most of them are not published, in fact. We have a net of friends, some Romanian DJs, some German DJs that have these tracks and play them out. And then suddenly it’s clear that such and such a track has to come out. This track is necessary.

The Reboot track was done when he was in South America. He met with some of my friends in Sao Paulo, and they gave him a CD of Brazilian folk music. One of the songs was written by an uncle of mine— Geraldo Vandré —he was married to the sister of my father. It was a protest song in Brazil against the dictatorship in power; he went to jail after playing it. A Brazilian named Simone was the first person to sing it after a number of years, and while it was a bit risky for her, she did a cover version. It was during a TV program, so the recording isn’t very good but it has a lot of the atmosphere.

Reboot got this track by coincidence on the CD, and fell in love with it and made a track with it in Argentina. Two days later we met in a hotel in another city in Argentina and we played each other some tracks. When he said that my friends had given him this CD, and that he had made something, I knew that it was this one.

So we began to play this track out, and it was always devastating. But we couldn’t bring it out because I couldn’t find a contact for my uncle. (He separated from my aunt, and she had died ten years ago.) But we decided to release it anyway. I put his name on it, and now we are finally sorting out the financial stuff. The label, though, is not something we do to make money. Putting vinyl out these days is a romantic thing. Otherwise no one would do it anymore.

A faixa em questão é “Caminando”, do compadre de Villalobos, Reboot. Mas, longe de qualquer reinvenção espiritualizada do original, ouvimos um mashup bem tosco de uma base qualquer nota com a versão da Simone para o clássico “Para Não Dizer Que Não Falei de Flores”. A música é horrenda, ouça por sua conta e risco.


Reboot – “Caminando