Por Alexandre Matias - Jornalismo arte desde 1995.
O diretor do filme O Fantástico Mr. Fox, feito em stop motion com personagens que são bichos que falam, agradeceu desta forma – em stop motion e como se fosse um bicho – o prêmio de Special Filmmaking Achievement dado pela National Board Of Review. E já levanta a possibilidade de roubar a cena do Up no Oscar… A dica é da Helô que, ora vejam, vai ter um blog…
Ou, melhor dizendo, cachorra. Sophie.
Teaser do novo seriado da HBO, Treme, dos mesmos criadores do The Wire (que eu ainda não vi, mas que todo mundo que viu fala bem). A série é batizada com o nome de um bairro em Nova Orleans conhecido por ser um das vizinhanças com mais músicos da cidade e conta a história de seus moradores após a passagem do furacão Katrina por lá. Treme será lançada em abril, nos EUA.
Não costumo falar de Arcade Fire aqui, mas é por uma boa causa. O grupo, que há muito preza pelo país caribenho recém-atingido por um terremoto, escreve em seu site sobre a tragédia no Haiti:
Friends,
Haiti needs your help in her darkest hour.
We just got off the phone with our friends at Partners in Health.
Most of the medical infrastructure in Port-au-Prince is down.
Since Partners in Health’s clinics are in situated the surrounding areas and haven’t been damaged, they are mobilizing their resources towards the capital, setting-up field hospitals to treat the injured on the ground.
Also, Paul Farmer (the founder of PIH) is at the UN and has access to the best information on where to direct the money… so for the moment if you want to help, we suggest sending funds to: www.pih.org
+ donate.pih.org/page/contribute/haiti_earthquake?source=earthquake&subsource=homepage
Please be generous as time is of the essence.
love,
Win and Regine
p.s.
these photos convey some of what is going on:
+ www.boston.com/bigpicture/2010/01/earthquake_in_haiti.html
O clipe não custou nem 100 dólares e foi gravado na segunda à noite. A música chama-se “Space Odissey”, foi produzida pelo inglês Rusko e apareceu primeiro, olha só, no próprio Twitter da M.I.A.. A faixa, aparentemente, faz parte de uma série de protestos que a cantora começou a fazer depois que o New York Times escolheu o Sri Lanka (o país dela) como principal destino turístico para 2010.
E o Toque Musical desenterrou (e o Ali Fanfarrão ressuscitou) esse show do Gil na Poli em 73. Eis a apresentação que o site faz do registro:
Em 1973, o estudante de geologia da USP, Alexandre Vanucci Leme, foi torturado e morto pela repressão política do regime militar. Gilberto Gil, que estava em São Paulo, então recém chegado do exílio, foi procurado pelos universitários que o convidaram para fazer um show de protesto, improvisado no campus. Por volta de umas duas mil pessoas assistiram a esta apresentação nas dependências da Escola Politécnica da USP. Gil tocou e conversou com o público durante três horas de show. Esta apresentação foi registrada pelos estudantes em um gravador de rolo (benditos gravadores de rolo!). A fita ficou guardada e esquecida por um longo tempo. Apenas algumas poucas pessoas tiveram acesso a este material. As cópias em fita K7 eram fragmentadas e com um som de má qualidade. Vinte anos depois a fita master foi encontrada e restaurada, inicialmente pelo músico do Grupo Rumo, Paulo Tatit, para um projeto de lançamento da gravação comercial em CD.
Aí temos o repertório daquela noite:
“Oriente”
“Chicletes com Banana”
“Minha Nêga na Janela”
“Senhor Delegado”
“Eu Quero um Samba”
“Meio de Campo”
“Cálice”
“O Sonho Acabouv
“Ladeira da Preguiça”
“Expresso 2222”
“Procissão”
“Domingo no Parque”
“Umeboshi”
“Objeto Sim Objeto Não”
“Ele e Eu”
“Noite Morena”
“Cidade de Salvador”
“Iansã”
“Eu Só Quero um Xodó”
“Edith Cooper”
“Back in Bahia”
“Filhos de Gandhi”
“Eu Preciso Aprender a Só Ser”
“Cálice (final)”
Coisa fina, Gil nem sequer tinha começado sua fase “Re” e já tinha um repertório de fazer inveja a todos os grandes nomes do pop nacional atual juntos. Além das músicas, o disco traz várias faixas chamadas “Gil fala” em que o cantor conversa longamente com o público, moldando seu carisma manhoso que lhe deu ares de guru preto velho em seus tempos de ministro. O caminho das pedras tá no site, vai lá.
Rapaz, e esse mashup que o Party Ben fez do hit do Kid Cudi com essa pepita chamada “Shame“? Coisa fina…
Kid Cudi – “Day’N’Night (Party Ben Remix)“