Por Alexandre Matias - Jornalismo arte desde 1995.
Antes de uma pausa estratégica no finde, um VF só com música brasileira.
Marcelo D2 – “Fazendo Efeito”
Paulinho da Viola – “Roendo as Unhas (Victor Hugo Mafra Edit)”
Céu – “O Morro Não Tem Vez”
João Donato – “Nana das Águas”
Elis Regina – “Tereza Sabe Sambar”
Di Melo – “A Vida Em Seus Metodos Diz Calma”
Rica Amabis + Bonsucesso Samba Clube – “Na Ladeira”
Jair Rodrigues – “Coisas do Mundo Minha Nega”
Tom Zé – “Ma”
Chico Science & Nação Zumbi – “Amor de Muito (Mario Caldato Mix)”
Mombojó – “Tem Mais Samba”
Luiz Bonfá – “Don Quixote”
Milton Banana Trio – “Vou Deitar e Rolar”
Karina Buhr – “A Pessoa Morre”
Bárbara Eugênia – “O Peso dos Erros”
Cartola – “Minha”
Marcelo Jeneci + Marcelo Camelo – “Doce Solidão”
Lucas Santtana – “Alguém Assopra Ela”
Sérgio Sampaio – “Não Tenha Medo Não! (Rua Moreira, 64)”
Zola Jesus agendou sua volta para o mês que vem, com o disco Taiga, mas o primeiro single, “Dangerous Days“, prometia até o refrão, quando desanda em comparação à sua abertura. Nada que Juan MacLean não pudesse ajeitar em seu remix, saca só:
O filme 20,000 Days on Earth mistura realidade e ficção para entrar na cabeça e no coração de um dos maiores nomes da música pop em atividade – Nick Cave. Os diretores Iain Forsyth e Jane Pollard acompanharam o mito em constante formação entre bate-papos com velhos conhecidos, uma sessão de terapia de mentira e em seus momentos de criação para tirar um filme que só vem recebendo elogios, veja o trailer abaixo:
O filme passará no Brasil no Indie Festival (já deram uma sacada no que vem por aí? Muita coisa boa), fique ligado. E aproveitando o lançamento do filme, Nick descolou duas músicas novas – a inédita “Give Us A Kiss” e uma versão ao vivo gravada na Austrália para “Jubilee Street”, de seu disco mais recente.
Já tinha falado do suíço Lexx num remix que ele fez pra uma música do disco novo do Sirkane, mas vale botar uma lupa no cara para escutar ao recém-lançado EP Young Corner, puxado por essa “Turning Tides”, house gordo setentão, quase um big beat em câmera lenta, que eu toquei no Vida Fodona #444, repara:
Se em seu segundo disco Táxi Ímã, Pipo Pegoraro chamou Bruno Morais para ressaltar sua sutileza, em seu novo álbum, Mergulhar Mergulhei, chamou Rômulo Fróes para encorpar seu som. Rômulo arregimentou uma turma de músicos de primeira para reforçar a base instrumental do novo disco, que também tem influência da presença de Pipo no grupo Aláfia, que integra desde 2012. Abaixo, “Ayiê”, a suntuosa faixa de abertura do novo disco (que pode ser baixado de graça no site do Pipo) e um papo rápido que tive com o compositor por email.
Qual foi sua preocupação ao entrar em estúdio para gravar o terceiro disco?
Creio que a maior preocupação foi encontrar nos arranjos a sonoridade que procurava para compor a atmosfera do disco. A maioria das gravações ocorreram ao vivo – pouca edição e pouca pós-produção. Para isso acontecer tivemos que entrar no estúdio com bastante norte – contei extremamente com a direção artística de Romulo Fróes e de toda a “banda base” para determinar e conseguir a intenção do que eu gostaria de propor esteticamente e musicalmente com o novo disco. Comecei buscando e mostrando aos meus companheiros essa densidade musical diferente do que eu já realizei anteriormente nos outros dois discos e fui agregando os olhares atentos na “soma dos catetos”.
O que você ouviu durante o processo de composição e gravação de Mergulhar Mergulhei?
Ouço muita música todo dia e consumo música brasileira sem moderação… Discos novos e velhos, gosto de ouvir álbuns inteiros antigos e recém lançados atento à história de cada um. Mas também posso dizer que estive mergulhado em músicas das décadas de 60 e 70 provenientes da América central de uma forma meio ampla e sem alguém super específico para falar, embebido na sonoridade de “big bands” dessa época. Tive uma imersão minimalista na obra de Steve Reich que vem me mostrando caminhos tão bonitos e estranhos do minimalismo.
No meio de todos os processos do disco Mergulhar Mergulhei, estive envolvido em outras movimentações como o disco Frevox de Péricles Cavalcanti que acho maravilha, fiz trilhas sonoras, tocando em outros projetos e produzindo outros artistas e isso com certeza refletiu nas minhas ideias.
Como você vê a atual cena de MPB em São Paulo?
São Paulo sempre agrega muitas culturas artísticas e muita gente interessada, nada mais natural que haja uma cena rica acontecendo no meio dessa fusão. Acompanho pela internet o lançamento de pelo menos três novos álbuns “MPB” por semana de alguém que já conheço ou acabei de saber. Não sei muito bem o que isso significa ainda, acho que estamos constituindo uma geração de muitos, pouco conhecidos artistas da música.
Porém, a cena é expansiva e acredito que tem muito o que se estruturar ainda, vendo o exemplo de algumas outras cidades grandes de fora do Brasil, você sente que as “mini cenas” possuem fanzines mensais, muitas publicações específicas e coberturas estimulando o crescimento e permanência dos projetos. Aqui ainda se engatinha para que essa aproximação do público e da música ocorra com força total.
Eis a primeira faixa do tão aguardado disco novo do Aphex Twin, chamada de “Minipops 67”. A imagem que ilustra esse post é a edição limitada do álbum Syro em vinil, que será lançado no fim do mês.
Sempre tem.
Ty Segall – “Connection Man”
Adamski + Seal – “Killer”
Lexx – “Turning Tides”
Nicolas Jaar – “Keep Me There”
Elo da Corrente – “Koan”
Pipo Pegoraro – “Aiye”
Perfume Genius – “Queen”
Max Frost – “White Lies”
Thurston Moore – “The Best Day”
Courtney Barnett – “History Eraser”
Spoon – “They Want My Soul”
Mosby Family Singers – “The Lord Is My Shepherd”
Cookies – “Chains”
Brian Eno – “St. Elmo’s Fire”
O Terno – “Eu Vou Ter Saudades”
Rita Lee – “Ando Jururu”
Dexy’s Midnight Runners – “Come On Eileen”
Jon Stewart faz um “quer que eu desenhe?” pra mostrar que o incidente em Ferguson, em que um menor de idade foi assassinado pela polícia por ser negro, está ligado diretamente ao racismo – embora a Fox News insista em dizer o contrário.
Tá faltando um Jon Stewart por aqui, fato.