Os melhores de 2013

, por Alexandre Matias

01-arctic-monkeys02-umoPrint04-beyonce05-arcade-fire
06-darkside07-daftpunk08-boards-of-canada09-lorde10-garotas-suecas
11-mbv12-haim13_The_knife14-barbara-eugenia15-marcelo-jeneci
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21-Sebadoh22-nick-cave23-cesrv24-BowiePrint
26-bonifrate27-passo-torto28-trio-eterno-suite-pistache30-don-l29-porto
31-Wado32-James-Blake33-Blood-Orange34-justin35-dorgas
36-apanhador-so37-phoenix38-paul-mccartney39-theinternet40-cicero
41-vampire-weekend42-franz43-felipe-cordeirobeck-fullcover45-muzak
46-atoms-for-peace47-mahmundi48-doamor49-karol-conkafaca

Estes são os melhores discos de 2013 e estas são as melhores músicas do ano passado (pra quem não ouviu, as reuni todas num mesmo Vida Fodona). Não caiam na armadilha de achar que esses são os discos que considero mais importante pra história da música ou os discos que mudaram o panorama musical no ano que passou. Tem disco que entrou em lista de melhores do ano que eu nem ouvi nem mesmo me dei ao trabalho ou discos de 2013 que só fui ouvir em 2014 (como o excelente disco do Saint Pepsi que o Tomás pinçou em sua lista ou disco do Men, citado pelo Silvano), do mesmo jeito que a maioria das revistas (que fecham sua edição de janeiro no meio de dezembro) não conseguiram incluir o disco da Beyoncé, lançado aos 45 do segundo tempo do ano passado.

Os discos escolhidos são os que mais ouvi e gostei durante o ano que passou. É critério de eleger melhores obras de arte produzidas num período determinado de 365 dias é arbitrário – e com a série de camadas culturais que coexistem hoje em dia, talvez estejamos ouvindo discos que soem como 1931, 1968, 1985 ou 2032 em pleno 2013. Foi-se o tempo que um único disco ou uma única música regia o zeitgeist, o mundo de nichos interligados que hoje formam o panorama do pop (em que até o mainstream – ou os mainstreams – virou um nicho) permite que cada um eleja sua trilha sonora como pano de fundo para sua vida. Muita gente passou o ano ouvindo músicas de outras épocas, resgatando as referências citadas no disco do Daft Punk, dissecando a discografia de Bruce Springsteen porque ele veio ao Brasil, desbravando a música africana graças à recente conexão África-São Paulo ou ouvindo as composições eruditas que Kubrick escolheu para musicar seus filmes. Foi-se o tempo em que uma publicação decidiu que o disco do fulano ou o filme do beltrano era quem melhor capturava o espírito daquela época e pronto, todos deviam acatar calados.

Hoje todos temos vozes, fazemos nossas listas e trilhas sonoras. Você pode gostar da minha lista, mas não da ordem dos discos. Ou talvez prefira separar os brasileiros dos gringos. Ou que na minha lista não entrou nenhum disco que entrou na sua. Tudo bem, não vou grilar com isso e espero que você também não grile. Me incomodo mais com o fato de não ter escrito ao menos um parágrafo para cada um dos discos e músicas ou de linkar pra onde dá pra ouvir esse ou aquele álbum como gostaria de ter feito, mas o tempo urge e prefiro deixar apenas a lista na íntegra do que deixar o trabalho pela metade.

E com esse post, começo a pisar de fato em 2014. O Trabalho Sujo volta aos poucos às atividades normais e, já adianto, mudanças virão.

Afinal, elas sempre vêm.

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