O Pecado Mora ao Lado

, por Alexandre Matias

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O Pecado Mora ao Lado (The Seven Year Itch, 1955, EUA). Dir: Billy Wilder. Marilyn Monroe, Tom Ewell. 105 min. Por que ver: Marilyn Monroe. É pouco? Marilyn Monroe, Marilyn Monroe, Marilyn Monroe. Quer mais? Pode-se listar o nome da atriz por toda a extensão deste guia que não se quer se chega perto da presença perfeita que é a aparição loira de Ms. Monroe neste épico dedicado à sua beleza. O título original (a coceira dos sete anos) faz referência ao tempo em que o homem consegue ser fiel no casamento e Wilder coloca qualquer espectador deste filme – criança, idoso, homem, mulher – no papel de Richard Sherman (Ewell, o ator mais sortudo do mundo), um respeitado marido que vê a mulher sair em férias ao mesmo tempo em que uma estonteante modelo muda-se para o apartamento em cima ao seu. Ao sermos apresentado à personagem – cujo nome resume-se à “The Girl” (“A Garota” – ênfase no artigo definido e no substantivo feminino) – entendemos perfeitamente suas dúvida, seu desalento, seu desespero e sua disposição. E assim o diretor destrói a instituição chamada casamento ao fazer qualquer ser que move-se na superfície do planeta estancar-se de emoção à imagem simples e icônica de Marilyn, de branco, tendo o vestido suspenso pelo ar quente do metrô. Não são apenas suas pernas e risinhos – é a mulher, a garota, plena em nossa frente. Fique atento: Nem preciso dizer para não tirar os olhos de Marilyn (psiu, presta atenção!), mas vale registrar a presença de outro personagem crucial para o filme: o calor do verão, cujo peso no ar faz a consciência de Sherman derreter e a libido da garota estourar o termômetro.

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