O dinamarquês Casper Christensen, do Filmnørdens Hjørne, editou esse vídeo com uma série de cenas de abertura – de filmes clássicos e de sucessos recentes – para mostrar a força que a primeira imagem que vemos na tela tem sobre a ideia de um filme.
O canadense Richard Vezina misturou a paranoia alucinante do filme de Kubrick com elementos da filmografia de David Lynch e o resultado é um Hotel Overlook que parece ter saído de um sonho…
…ou de um pesadelo?
Um mashup genial feito pelo Jared Lyon, criador do Twin Peaks Fest. Vi no Fuck Yeah Dementia, dica do Jader.
Ainda sobre O Iluminado, vale ver e ouvir o bom e velho Rob Ager demonstrar por que a arquitetura do Overlook Hotel é impossível espacialmente falando. Ele compara takes diferentes de cenas que acontecem no mesmo lugar para mostrar que há portas que não fecham cômodos nenhum, como Kubrick troca a câmera de lado apenas para confundir o espectador, detalha janelas e quartos que não existem, a dúbia localização do salão de bailes e a estranha dimensão do labirinto exterior. Assista abaixo:
Este curta de 17 minutos foi produzido pelo pessoal do Elstree Project, que tenta manter a memória cinematográfica da cultura inglesa e dedica-se a conversar com os técnicos do filme, sua relação com o caprichoso e exigente Kubrick e como realmente há camadas de interpretação para cada detalhe exposto no filme:
O pôster de O Iluminado foi feito pelo grande Saul Bass, um dos maiores designers da história do cinema. Mas nem tudo é fácil quando se é um mestre em sua arte e encontra-se com outro mestre, de outro patamar, e, como pinçado pelo blog The Fox is Black, eis a série de tentativas originais feitas pelo designer para o cartaz do filme e os motivos, escritos à mão, pelos quais Kubrick acabou dispensando outras versões (veja abaixo):
Um dos filmes citados por Silvano em sua compilação de curtas é o revelador The Making of The Shining, dirigido e editado por Vivian Kubrick, filha do mestre da sétima arte, que percorreu os bastidores do filme disposta a registrar o que podia, e com o aval do pai. Em menos de 20 minutos, o curta alterna entrevistas (tocantes como a de Scatman Crothers, hilárias como as do pequeno Danny Lloyd), cenas épicas do filme finalizado, Kubrick lidando diretamente com os protagonistas (e Shelley Duvall desculpando-o pelo transtorno que o cineasta a submeteu para extrair a forte performance da atriz) e cenas triviais da equipe espalhada pelo fictício Hotel Overlook.
Vivian era uma das três filhas do casal Stanley e Christiane (ao lado de Anya e Katharina, embora esta última seja filha apenas da esposa do cineasta, de um casamento anterior) e certamente era a favorita do diretor. Além do filme dirigido que registras os bastidores do clássico de 1980, ela voltou a colaborar com o pai ao compor a trilha sonora de seu filme seguinte, Nascido para Matar. Kubrick queria que ela voltasse a trabalhar com ele em Eyes Wide Shut, mas os dois tiveram uma briga séria que ficou sem ser resolvida pois o pai morreu antes que o filme chegasse aos cinemas, em 1999. Depois disso, Vivian se distanciou da família e se envolveu com a cientologia, tornando-se “uma pessoa completamente mudada”, segundo a irmã postiça Katharina. Ela foi ao enterro do pai acompanhada de um representante da seita, mas nem chegou a ir ao enterro da irmã Anya, de quem era muito próxima na infância, quando ela faleceu vítima de câncer em 2009.
Abaixo, seu único filme: