O “Chão” de Ina

, por Alexandre Matias

Venho acompanhando a gestação do primeiro disco da cantora e compositora paulistana Ina quando seu plano original era lançá-lo no fatídico 2020. Chão estava chegando à fase final, entre a mixagem e a masterização, quando ela começava a fazer planos de lançá-lo ao vivo, até que o coronavírus mudou os planos do planeta. De lá pra cá, ela arrematou o disco, entendeu melhor seu conceito e voltou lentamente aos palcos e agora, no início do ano, finalmente lança este primeiro trabalho, que mistura canções folk ao violão dedilhado de João Paulo Nascimento, a rabeca de Bruno Menegatti, o contrabaixo acústico de Zé Mazzei e as percussões de Camilo Zorilla. O disco finalmente será lançado nesta quarta-feira e ela antecipa em primeira mão para o Trabalho Sujo, ouça abaixo:

ina · Chão

“Esse álbum me ensinou muitas coisas, entre elas a confiar no tempo de tudo, na minha intuição e nas pessoas”, ela me conta por email, “por mais ensaio e pré-produção que a gente tenha feito na época da gravação – entre o fim de 2019 e o começo de 2020 -, Chão é um disco muito diferente hoje, porque é mais conciso. O tempo trouxe depuração, cortamos muita coisa, abrimos espaços. Qualquer obra é sempre um processo misterioso, você semeia e aquilo pode ser algo que leva dois meses ou dois anos de cultivo pra germinar, até que você consiga enxergar o desenho todo.”

Tags: