No próximo sábado, dia 9 de novembro, o @inferninhotrabalhosujo estreia no Porta, quando recebemos as bandas Miragem, está lançando seu primeiro disco, Muitos Caminhos Prum Lindo Delírio, e a banda Schlop, além de discotecagens minha e da Lina Andreosi. A Porta está em novo endereço, na rua Horácio Lane 95, entre os bairros Pinheiros e Vila Madalena, do lado do Ó do Borogodó, os ingressos já estão à venda neste link e a festa também faz parte das comemorações dos 29 anos do Trabalho Sujo. Vamos?
Em novembro o Trabalho Sujo completa 29 anos e dou início às comemorações com compadres e comadres de diferentes épocas da minha vida discotecando comigo em uma festa num endereço icônico, quando celebro a fase final deste retorno de Saturno na emblemática Casinha, novo endereço que o Mancha – da clássica casa que levava seu nome – está fazendo festas desde o ano passado. E além do próprio Mancha, ainda tocam comigo, neste sábado, gigantes que atravessaram diferentes fases da minha vida profissional: o escultor de luz Serjão Carvalho, que viu o Trabalho Sujo nascer quando ele ainda era uma página impressa em um jornal no interior de São Paulo; a eterna musa indie Kátia Mello, o icônico Luiz Pattoli que tocava nas Noites Trabalho Sujo do Alberta e da Trackers comigo, ao lado de Danilo e Babee (que convidei mas não podem vir) e minha dupla de Desaniversário Camila Yahn. A casa fica na Rua Jorge Rizzo, 63, em Pinheiros, abre a partir das 22h e a festa atravessa madrugada adentro, apareça pra me dar um abraço e se acabar de dançar, como de praxe. Os ingressos já estão à venda neste link. Continue
E a primeira edição do Inferninho Trabalho Sujo na Porta Maldita seguiu exatamente a premissa que cogitei quando bolei a festa há pouco mais de um ano, reunindo três bandas novíssimas que não se conheciam e que trouxeram seus pequenos públicos para assistir inclusive aos shows das outras bandas, criando aos poucos a sensação de que aquilo que está acontecendo ao redor de cada grupo é mais extenso do que a amplitude pontual de cada um deles. A noite começou com o show cru e entrosado do trio Los Otros, fazendo sua sexta apresentação em público. A simbiose do casal vocalista, o guitarrista Tom Motta e a baixista Isabella Menin, dá a tônica da banda e a sua dinâmica entre vozes e instrumentos – e com o público – é acompanhada com empenho pelo baterista Vinicius Czaplinski, que também faz alguns vocais de apoio. Além de suas primeiras composições, o grupo ainda tocou uma música do Elvis Costello (“Pump It Up”), uma da Rita Lee (“Papai me Empresta o Carro”), outra do Charly Garcia (“La Sal No Sala”) e T-Rex (“20th Century Boy”), esta tocada num bis improvisado.
Depois deles foi a vez da banda Florextra, também em um de seus primeiros shows ao vivo, fazer sua primeira apresentação no Porta Maldita, puxando mais a linha para a MPB, principalmente devido à presença de sua vocalista, a sempre sorridente Giu Sampaio. Mas a dinâmica entre os outros músicos (Gabriel Luckmann, guitarrista que também faz vocais de apoio, o baixista e flautista Ma Vettore, o tecladista Alê London e o baterista Pepito – que trocou de instrumentos com Gabriel na última música) caminha entre uma MPB que equilibra-se entre a bossa nova e a Jovem Guarda e um indie rock dócil, cativando o público presente.
A terceira atração da noite foi o grupo de mais estrada naquele palco, embora também seja uma banda em seus primeiros dias. O trio Jovita orbita entre o rock psicodélico nitidamente influenciado por Boogarins e viagens instrumentais que conversam com fortes ecos de Clube da Esquina (principalmente a partir dos vocalizes em falsete do guitarrista João Faria), música brasileira tradicional e eletrônica (esses cortesias do synth e das percussões do baixista Nicolas “Bigode” Farias) e grooves instrumentais nascidos entre as décadas de 60 e 70. A bateria de Guilherme Ramalho aterra com vontade os devaneios do guitarrista e do baixista e juntos os três propõem voos quase instrumentais que mostram que a banda tem um futuro próximo promissor – ainda mais agora prestes a gravar seu primeiro disco. Um Inferninho didático, que ainda contou com o ar familiar e underground característicos do Porta Maldita, um lugar com pouco tempo de vida mas muita história pra contar… E quando eu tava discotecando madrugada adentro, temperado por algumas doses de Amaral, eis que surgem vários conhecidos perdidos na noite em busca de uma saideira, o que transformou a pisa do Porta Maldita numa boa viagem ao passado, com direito a Television, Smiths e Elvis Costello – e há quanto tempo eu não tocava “A Forest” na pista…?
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Desbravando mais um território, o Inferninho Trabalho Sujo desta semana acontece em um dos principais palcos para novas bandas em São Paulo neste meio de década, A Porta Maldita. Projeto itinerante com mais de dez anos de atuação, o Porta se estabeleceu como estabelecimento fixo há um ano, no número 400 da rua Luiz Murat, em frente ao cemitério que separa a Vila Madalena de Pinheiros, escondido sob uma discreta porta que esconde uma escada que leva para uma das pequenas casas da cidade com o melhor equipamento de som. Culpa do herói Arthur Amaral, que abriu espaço para minha festa nessa sexta-feira, dia 25, quando apresentamos três novíssimas bandas locais, os trios Los Otros e Jovina e o quinteto Florextra, com discotecagens minha e da Lina Andreosi entre os shows. Os ingressos já estão à venda neste link e custam mais barato do que se deixar pra comprar no dia.
Faz tempo, né? Mas finalmente vamos matar a saudade de mais uma de nossas festas em que a acabação feliz dá a tônica pra não acordarmos destruídos no dia seguinte. A Desaniversário deste mês veio um pouco mais tarde mas neste sábado, dia 19, estaremos mais uma vez transformando a pista do Bubu em uma fonte de diversão e dança ininterrupta, começando cedo, como de praxe, pra acabarmos a tempo de aproveitarmos bem o domingo. Eu, Clarice, Camila e Claudinho deixamos o alto astral dominar o recinto e contagiar os presentes com músicas que vocês nem lembravam que conheciam e pessoas que você nem sabia que queria conhecer. A festa, como sempre, acontece no Bubu, que fica na marquise do estádio do Pacaembu (Praça Charles Miller, s/n°), começa às 19h e vai até à meia-noite. Vem dançar com a gente!
Uma sexta-feira com um coração imenso: assim foi a edição de outubro do Inferninho Trabalho Sujo no Picles. A noite começou com a usina de força que é a banda Tietê. Ancorada no reggae, o novíssimo septeto paulistano tempera sua mistura de ritmos com funk, soul, grooves latinos e música brasileira e a energia que transborda no palco inevitavelmente contagia o público. Atiçados pelo carisma inacreditável da vocalista e saxofonista Dodô, os integrantes da banda trocam de instrumentos enquanto passeiam por diferentes vibes, sempre carregando a expectativa do público junto, seja nos momentos mais introspectivos ou na fritação completa. E eles estão só começando: acabaram de gravar o segundo disco (no estúdio Abbey Road, em Londres, olha só) e o repertório da noite ficou por conta destas músicas ainda inéditas, que deverão vir a público apenas em 2025.
A banda deixou o o caminho pronto para a estonteante Soledad enfeitiçar o público com o repertório de seu novo trabalho, chamado de Desterros, que misturas suas composições às da geração clássica do cancioneiro cearense, como Fagner, Fausto Nilo, Ednardo (revisto em uma versão apaixonante para “Beira Mar”), Rodger Rogério, entre outros. Seu terreiro é encantado com a ajuda de bruxos da música, com Davi Serrano e Allen Alencar revezando-se entre o baixo e a guitarra, Xavier e Clayton Martins trocando lugares entre a bateria e a percussão (acústica e eletrônica), enquanto Paola Lappicy serpenteava pelos teclados e sintetizadores. E entre estes hinos, ela ainda contou com as participações de Julia Valiengo (com quem dividiu “Santo ou Demônio”, de Fagner) e de Fernando Catatau, que ainda puxou duas músicas próprias, “Completamente Apaixonado” de seu primeiro disco solo e a clássica “Homem Velho” do grupo Cidadão Instigado. No centro de tudo, a voz e a o corpo de Sol, completamente entregues à emoção e à música, hipnotizava o público, que embarcava naquela viagem intensa de sentimentos e sons. Quando eu e a Bamboloki assumimos o som depois de seu show – e fomos de dance music a rock clássico, passando por clássicos da disco music, do funk e aquela mistura de summer eletrohits com o disco novo da Charli. E depois eu contei pra Bam o que o público que não estava na pista tinha mais… Que noite!
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Tá sentindo falta do Inferninho Trabalho Sujo? Pois cá estamos nessa sexta-feira mais uma vez no Picles, quando recebo pela primeira vez a promissora banda Tietê e a maga cearense Soledad num show que ainda contará com participações de Fernando Catatau e Júlia Valiengo. Depois dos shows, meia-noite em diante, esquento a pista ao lado da minha fiel escudeira ícone do desvario Bamboloki e já decidimos de antemão que vamos pesar pra eletrônica, ela quer Justice e eu quero Charli. O Picles fica no número 1838 da rua Cardeal Arcoverde, no coração de Pinheiros, e quem chegar antes das 21h paga mais barato. Vamos?
Três artistas de gerações diferentes sincronizaram-se às frequências do Inferninho Trabalho Sujo nessa sexta-feira, quando realizamos mais uma edição no Cineclube Cortina. A noite começou com a estreia da maravilhosa Tontom, que fez seu primeiro show em São Paulo com a desenvoltura de artista estabelecida, que contrasta com seu ar pós-adolescente. Ela ainda trouxe uma banda da pesada, formada por uma parte boa da atual cena do Rio de Janeiro, com Paulo Emmery na guitarra, Vovô Bebê no baixo, Manuella Terra na bateria e Antonio Dalbo nos teclados, todos recriando o pop irresistível produzido e arranjado por Guilherme Lírio no ótimo EP Manias 2000. Ela ainda aproveitou para tocar músicas inéditas e versões, como “Gente Aberta” de Erasmo Carlos e o hit “Lunares” de sua irmã Raquel Dimantas, além de repetir seu hit “Tontom Perigosa” no bis.
Depois foi a vez do Cidade Dormitório submeter o público reunido em sua psicodelia psicodramática, que começou com o baterista Fábio Aricawa sozinho no palco com a guitarra. Foi uma introdução premonitória – e até singela – para a densa viagem promovida pelo grupo, que singrou pelos sentidos entre as paisagens emocionais desoladas das letras superpostas sobre os fractais multicoloridos do som, tudo isso conduzido pela bateria de Fábio ao lado do baixo pesado de João Mário e pelos solos em fúria e discursos intermimáveis de Yves Deluc e segunda guitarra de Lllucas, além de todos assumirem vocais em diferentes momentos do show. O público cantou junto com o grupo músicas de todos seus discos, como Esperando o Pior, Fraternidade-Terror, Verões e Eletrodoméstico e, claro, o recente Ruída ou O Começo Me Distrai, elevando o nível da noite para a catarse.
Quem fechou os trabalhos foi o grande Tatá Aeroplano, que subiu com sua Boate Invisível com duas mudanças na formação, pois dois músicos da banda estão em turnê pelo exterior – o sagaz Arthur Kunz segurou bem o ritmo de Bruno Buarque enquanto Bia Magalhães trouxe voz e carisma para compensar a ausência de Malu Maria. Mas Junior Boca, Dustan Gallas e Kika estavam lá chancelando o recente trabalho coletivo do mister, que começou a noite com músicas de seus discos mais recentes (Boate… e Não Dá Pra Agarrar), que consolidou essa nova formação de sua banda, mas também passeou por outros momentos de sua discografia, incluindo a versão que faz para “Ressurreições” de Jorge Mautner, encerrando os shows de sexta com o astral lá em cima. Foi demais!
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Na próxima sexta-feira, dia 27, temos uma edição do Inferninho Trabalho Sujo no Cineclube Cortina, desta vez reunindo gerações de artistas diferentes pra mostrar que a cena musical desta década está pegando fogo. A noite começa com a novidade carioca do ano, a cantora e compositora Tontom, que lançou seu EP Mania 2000 este ano, que traz o irresistível hit “Tontom Perigosa”, fazendo sua primeira apresentação em São Paulo. Depois é a vez da nova sensação indie nordestina, o trio sergipano Cidade Dormitório, que volta para São Paulo para mostrar as músicas de seu disco mais recente, Ruína ou O Começo Me Distrai. E finalmente encerramos a noite com a primeira aparição de Tatá Aeroplano no Inferninho, quando o mestre psicodélico mostra seu disco dançanete Boate Invisível com banda completa – e convidados que ainda irão ser anunciados. A noite começa às 21h com discotecagem da Lina Andreosi para terminar com a minha discotecagem ao lado da Francesca Ribeiro, como de praxe nos nossos Inferninhos – e os ingressos já estão à venda. O Cineclube Cortina fica na Rua Araújo, 62, no centro, perto do Metrô República. Vamos?
A edição deste mês da festa foi cancelada porque a prefeitura realizará um evento no estacionamento do estádio, impossibilitando o acesso ao Bubu. A próxima edição acontecerá no dia 19 de outubro, fiquem ligados!
Vamso a mais uma de nossas festas em que a acabação feliz dá a tônica pra não acordarmos destruídos no dia seguinte? A Desaniversário deste mês veio um pouco mais tarde mas neste sábado, dia 21, estaremos mais uma vez transformando a pista do Bubu em uma fonte de diversão e dança ininterrupta, começando cedo, como de praxe, pra acabarmos a tempo de aproveitarmos bem o domingo. Eu, Clarice, Camila e Claudinho deixamos o alto astral dominar o recinto e contagiar os presentes com músicas que vocês nem lembravam que conheciam e pessoas que você nem sabia que queria conhecer. A festa, como sempre, acontece no Bubu, que fica na marquise do estádio do Pacaembu (Praça Charles Miller, s/n°), começa às 19h e vai até à meia-noite. Vem dançar com a gente!