Eis mais uma íntegra de show que o produtor inglês Nigel Godrich publica no canal de seu programa In the Basement, com shows gravados no estúdio londrino Malda Vale. Desta vez são os mestres indie Sonic Youth, em sua última grande fase, no final da primeira década do século, misturando o repertório do disco Rather Ripped com a turnê de aniversário de sua obra-prima Daydream Nation, com o baixista do Pavement Mark Ibold liberando Kim Gordon para tocar a terceira guitarra.
“The Sprawl”
“Incinerate”
“Hey Joni”
“Jams Run Free”
“Pink Steam”
Perfeito demais.
Desde o começo do ano, o produtor Nigel Godrich criou um canal no YouTube para publicar a íntegra de shows que conduziu no estúdio Maida Vale, da BBC em Londres, entre 2006 e 2009. O programa era conhecido como In the Basement e trouxe artistas do quilate de Sonic Youth, Beck, Fall, Iggy Pop, José González, Eels, Sparks, Fleet Foxes, Shins, Jamie Lidell, Andrew Bird, Super Furry Animals, Damien Rice, entre outros. Até agora, ele já publicou shows do Gnarls Barkley, os dois do Radiohead que conduziu (num tocando o In Rainbows na íntegra e no outro o King of Limbs), um do Queens of the Stone Age além de faixas isoladas para o Cansei de Ser Sexy, Thundercat, Willis Earl Beal, White Stripes, Jarvis Cocker e Laura Marling, mas em seus arquivos shows com nomes como E agora eles publicaram o curto show que PJ Harvey apresentou lá em 2007, mostrando músicas de seu então recém-lançado White Chalk.
Que mulher!
O fundador do Pink Floyd une esforços com o produtor do Radiohead para lançar seu primeiro disco em doze anos – mais informações lá no meu blog no UOL.
Nigel Godrich, produtor inglês que ajudou o Radiohead a consolidar sua reputação a partir do disco The Bends, é a arma secreta de Roger Waters em seu primeiro disco solo desde 2005. O baixista do Pink Floyd anda atarefado cuidando de seu passado tanto na turnê Us + Them, que percorrerá os Estados Unidos este semestre mirando munição em Donald Trump, quanto na exposição sobre o grupo que ajudou a fundar que estreia em maio na Inglaterra, mas isso não lhe tirou tempo de compor um novo disco solo e de forte teor político, seguindo a linha de seus outros álbuns, como a ópera Ça Ira, sobre a Revolução Francesa, que lançou em 2005, seu disco mais recente. E para ajudá-lo a buscar este novo som, chamou Godrich, que além de trabalhar com o grupo de Thom Yorke assinou a produção de discos do Beck, Paul McCartney, R.E.M., Pavement, U2, Air, Warpaint e Red Hot Chili Peppers, entre outros. Is This The Life We Really Want? será lançado em maio e o músico soltou trechos do novo disco em seu canal no YouTube.
Aconteceu neste fim de semana: Thom Yorke twittou uma foto em seu tumblr em que mostrava apenas um disco branco girando numa vitrola (que foi retwittado em seguida por Nigel Godrich, produtor do Radiohead e colaborador de Thom no projeto Atoms for Peace):
— Thom Yorke (@thomyorke) September 21, 2014
Já fomos avisados através de uma atualização de aplicativo que algo está acontecendo no universo do Radiohead em 2014. Será que o novo disco já está pronto pra chegar?
E “Default” é o nome do primeiro single da banda de Thom Yorke com o Flea, o Nigel Godrich, o Joey Waronker e o Mauro Refosco.
Tem pra download lá no Brasilioteque.
E, em paralelo a esse papo de Radiohead, vale conferir o Ultraísta, trabalho do produtor Nigel Godrich (que produziu todos os discos da banda desde o OK Computer) ao lado do produtor e baterista Joey Waronker (que, além de também tocar no Atoms for Peace, também é da banda de Beck). A Babee já havia destacado a ótima “Bad Insect”, que ganhou seu próprio vídeo, por isso escolhi outra música, lançada há mais tempo, “Static Light”:
Calma lá, o título é só pra chamar atenção 😛
No caso, para o show que a Dani assistiu em Paris (ah, Paris…), com o Nigel Godrich, o Nicolas Godin do Air, o Colin Greenwood do Radiohead e o Gaz Coombes e o Danny Goffey do Supergrass tocando todo o primeiro disco do Velvet. Tem mais vídeos lá no post dela, saca lá.
Não acredito que os álbuns irão morrer como a ditadura do single da era MP3 parece antever. Óbvio que não sobreviverão como um pedaço de plástico que toca música envelopado numa cartolina ou numa caixa de plástico ilustrado com uma capa legal. Nos tempos digitais que tornaram obsoletos tudo aquilo que só faz uma coisa que vivemos, é natural que o próprio formato álbum seja cobrado de algo entre a imersão e a interatividade. Algo que antes nos satisfazia – tirar uma tarde para ouvir um disco, ver a capa e folhear o encarte – agora parece muito trivial e limitado para os parâmetros atuais. Hoje o site de um artista faz muito mais as vezes de uma capa de disco, embora o próprio conceito de site torne-se obsoleto em breve. O fato é que a música vai encontrar uma forma de se apresentar envelopada em um conceito – seja visual, temático ou momentâneo.
Beck já vem há algum tempo tentando entender como a música será experimentada no futuro, dando um MP3 aqui, fazendo show com o Flaming Lips como banda de apoio ali, deixando o fã escolher a disposição das imagens na capa do disco (no disco The Information, que repetia a brincadeira da capa recorta-e-cola da Arca de Noé, de Toquinho e Vinícius) mais adiante. Mas com seu Record Club, Beck dá alguns passos para frente.
A brincadeira é simples: ele se tranca no estúdio com uns amigos para recriar, em um dia, um disco clássico escolhido aleatoriamente para ir soltando aos poucos as versões online. É um dia de trabalho que rende semanas e semanas de visitação e linkagem sobre o projeto que, à medida que vai tomando forma, funciona também como uma celebração do formato ameaçado pelo mundo digital. “Record Club” é um trocadilho entre o Clube do Registro – sobre o encontro de um dia de Beck com seus camaradas – com Clube do Disco. E, mais do que uma estratégia online, ele pode crescer e virar um disco de fato, um show, uma turnê. Na pior das hipóteses é uma respeitosa e ousada discografia paralela lançada oficialmente – mais ou menos como os trocentos CDs ao vivo que o Pearl Jam lançou no início da década.
Pra começar, ele preferiu chamar o time de casa. Juntou sua banda de apoio (Joey Waronker, Brian Lebarton, Bram Inscore, Chris Holmes) ao produtor Nigel Godrich (o de OK Computer, você sabe), o ator Giovanni Ribisi e a cantora islandesa Thorunn Magnusdottir para recriar o primeiro disco do Velvet Underground, o clássico banana. O disco finalmente foi consolidado e, como se esperar de uma gravação feita em apenas um dia, tem seus altos e baixos. Magnusdottir até funciona como uma Nico decente, dando a austeridade necessária à “Femme Fatale” e “All Tomorrow’s Parties” e a banda improvisada se comporta bem em versões bucólicas para “Sunday Morning” e “Run Run”. Mas quando tentam soar noise, são terríveis: “Waiting for the Man” e “There She Goes Again” têm guitarras retorcidas por pura idiossincrasia e as jam sessions de “Heroin” e “Venus in Furs” só funcionam como curiosidade mórbida. Os melhores momentos do disco, no entanto, acontecem quando Beck ressalta sua veia country, transformando “Black Angel’s Death Song” numa levada folk interminável, “I’ll Be Your Mirror” e “Europpean Son” em duetos de casal. Vale como experiência, não como produto – e é aí que Beck acerta com seu Record Club. É só uma brincadeira, uma tarde livre, mas ao mesmo tempo é um formato novo, um registro
E ele já está no segundo volume do projeto. Juntou-se ao MGMT, ao Devendra Banhart e à Binki do Little Joy para recriar o primeiro disco de Leonard Cohen (não duvide se o Amarante der as caras por lá). Outro projeto, já gravado, homenageia o único disco (o clássico Oar) de Alexander “Skip” Spence, ex-integrante do Jefferson Airplane e do Moby Grape, gravado ao lado de ninguém menos que o Wilco. E entre os discos já citados como próximos projetos estão um do Ace of Base (?!) e outro do Digital Underground.