On the run #140: Nicolas Jaar’s Our World (a John Lennon tribute)

NICOLASJAAR

Domingo passado, há 33 anos, John Lennon era arrancado de nossa existência em uma das notícias mais trágicas da história da música pop. Nicolas Jaar lembra a data de forma triste e contemplativa, misturando suas próprias músicas, transmissões de rádio, texturas sonoras e o próprio John em um set melancólico e introspectivo.

Darkside ao vivo

papertrails

Nicolas Jaar e Dave Harrington fazem sua “Paper Trails”, parte de um dos melhores discos de 2013, ao vivo.

Vi no Bruno.

Daftside e como soaria o disco novo do Daft Punk se ele não tivesse a sonoridade dos anos 70

daftside

Um dos grandes trunfos de Random Access Memories, o recém-lançado e alardeado novo disco do Daft Punk, é o fato de ele ser uma obra fechada, um disco conceitual sobre o universo disco nos anos 70 e a influência sobre a sonoridade da dupla francesa. Isso também o tornou alvo de várias críticas, vinda de gente que esperava que os dois explorassem novas fronteiras dos universos paralelos que habitam – a música eletrônica e a música para dançar. Eu particularmente entendo Random Access Memories como um disco de época, que dá uma grandiosidade épica à disco music que o gênero só foi adquirir ao ser cooptada pela indústria do disco.

Aí vem o prodígio Nicolas Jaar e seu compadre Dave Harrington e remixam, na íntegra, todo o disco lançado há menos de dois meses sob o nome de Darkside – ou Daftside, neste caso. Random Access Memories Memories picota trechos do disco, altera a ordem das músicas, enfatiza a guitarra de Niles Rodgers, praticamente elimina todos os vocais e dá ênfase às distorções digitais, tanto glitches quanto timbres. Um exercício consciente e ousado de plunderfonia, que contesta a sonoridade setentista e a provoca para refletir o estranho ano que estamos vivendo: saem os sorrisos felizes típicos da disco e entra uma obscuridade desconfortável mas familiar, filtrado por uma ótica digital torta. Dá pra ouvir essa jóia na íntegra aí embaixo:

Cat Power x Nicolas Jaar

O festejado Jaar pegou o “Cherokee” no novo disco da Cat Power e deu-lhe uma leveza sideral. Mas prefiro a versão original… No link abaixo dá pra baixar ambas versões.