Hot Chip x New Order

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O quinteto inglês Hot Chip esticou por quase 12 minutos “Tutti Frutti”, uma das faixas do novo disco do New Order.

New Order 2015: “You’re artificial”

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Mais uma música do novo disco Music Complete do New Order, que deve ser lançado ainda este mês. “Plastic” lembra mais os anos 90 de quando os Chemical Brothers convidavam Bernard Sumner para os vocais do que as clássicas músicas de pista do grupo nos anos 80, apontando uma ponte entre o disco Republic de 1993 e o big beat inglês.

New Order 2015: “How much do you need?”

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Bem brega essa versão século 21 pra lenda do Rei Arthur que o New Order criou para o clipe de seu novo single, “Restless“. Felizmente não chega a estragar a música.

New Order 2015: “And in this changing world I am lost for words”

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Além de “Restless” ser a primeira música do novo disco do New Order a vir a público, ela também marca o reencontro da tecladista Gillian Gilbert, fora da banda desde o início do século, com os fãs. A música segue apenas o que se espera da banda, sem nenhum arroubo de hit mas sem soar apenas como repetição da própria fórmula. Mas se o disco todo for nesse tom, será só mais um motivo pra banda continuar viva do que propriamente um álbum relevante. A esperança está na combinação de personalidades, uma vez que Music Complete traz músicas com Iggy Pop, Brandon Flowers e La Roux.

Disco novo do New Order em 2015

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Dá pra botar fé?

O New Order anunciou hoje que lançará em setembro seu décimo álbum de estúdio, batizado de Music Complete. É o primeiro disco da banda em dez anos (Waiting for the Sirens’ Call foi lançado em 2005) e marca a volta da tecladista Gillian Gilbert à banda, que saiu após a banda lançar Get Ready, em 2001, para cuidar do filho. Além dela, a atual formação do New Order conta com os fundadores Bernard Sumner e Stephen Morris, além dos novatos Tom Chapman e Phil Cunningham e o novo disco foi todo produzido pelo grupo, à exceção das faixas “Singularity” e “Unlearn This Hatred” (produzidas pela chemical brother Tom Rowlands) e de “Superheated” (produzida pelo mestre Stuart Price). Nem sinal de Peter Hook, como era de se esperar.

Eis as faixas do novo trabalho, que sai no dia 25 de setembro.

“Restless”
“Singularity”
“Plastic”
“Tutti Frutti”
“People On The High Line”
“Stray Dog”
“Academic”
“Nothing But A Fool”
“Unlearn This Hatred”
“The Game”
“Superheated”

Jarvis Cocker como uma deusa; Malkmus tocando Black Crowes; Scarlett Johannsoon cantando New Order; Pussy Riot tocando Le Tigre

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Sexta passada a Vice completou 20 anos e fez uma festaça com uns shows improváveis, pois a empresa pediu a alguns artistas tocarem músicas que faziam sucesso quando a Vice nasceu. O quão inusitado é Stephen Malkmus cantando o hit “Remedy”, dos Black Crowes?

Stephen Malkmus rocking the stage at the VICE party #pavement #vice20 #brooklyn #ny

Um vídeo publicado por Larissa Gomes (@larissagomes) em

Mas nesse sentido nada supera Jarvis Cocker cantando a megabalada “The Power of Love”, hit dos anos 80 de Jennifer Rush (regravado no Brasil como “O Amor e o Poder”, da Rosana), que lançou a carreira de Celine Dion quando esta a regravou no início dos anos 90:

A noite ainda teve Scarlett Johannson cantando “Bizarre Love Triangle” do New Order…

#scarjo covering #neworder i died #vice20

Um vídeo publicado por Lily Streeter (@streetcircus) em

…e Sasha Klokova do trio russo Pussy Riot mandando ver no hino feminista “Deceptacon”, do Le Tigre:

Deve ter sido massa.

Como foi o bate-papo com o Peter Hook na Casa do Mancha

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De bermudas e havaianas, o baixista do Joy Division e do New Order chegou à Casa do Mancha depois de tomar umas cervejas no Empanadas, ali na Vila Madalena, quando fui mediador de uma conversa entre e ele e uns trinta fãs, que tiraram a tarde quente de sexta-feira para se espremer num “shitty hole”, com disse o próprio Peter Hook em relação à Casinha. “É de lugares assim que sai a melhor música”, explicou em seguida, dizendo que já havia tocado com suas duas bandas em casas menores e com menos estrutura que lá. Figuraça, Peter Hook aparenta menos que seus quase 60 anos, não mediu palavras para falar de seu passado de glória e desancar o ex-parceiro Bernard Sumner e ficou com os olhos cheios de lágrimas quando foi perguntado sobre a morte do ex-empresário Rob Gretton. O Pablo, que agora tem um blog no UOL, também esteve lá e relatou o encontro. Destaco um trecho:

Apesar do ar seco paulistano, Hook estava se divertindo. Brincou com a tradutora, fez caretas, ignorou uma mensagem da filha no celular e deu um conselho torto sobre como ser bem-sucedido na profissão. “A coisa de se estar num grupo é aprender que você está certo e o mundo todo está errado. Senão você não consegue seguir em frente. O que mais me assusta nesses programas de talentos da TV é que as pessoas vão neles para saber: ‘O que você acha de mim?’ E quando se é um grupo, você apenas diz: ‘Foda-se!’ Se você pergunta para as pessoas o que elas acham de você, e elas não concordam com você, você fica arrasado. Para um grupo se dar bem, tem que ser realmente você contra o resto do mundo.”

“Imagine”, ele finalizou a tese, “o que os jurados do X-Factor diriam se vissem hoje uns caras como Ian Curtis, Ian Brown [do Stone Roses], Shaun Rider [do Happy Mondays]. Oh não!”

Várias pessoas filmaram o bate-papo, se alguém tiver publicado o vídeo, manda aí o link nos comentários. A foto que ilustra esse post é do próprio Pablo, que me mandou por celular com a legenda “kkkkk”.

Dia de bater um papo com o Peter Hook

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O ex-baixista do Joy Division e do New Order Peter Hook toca mais uma vez em São Paulo nessa sexta-feira, na Clash (e o vencedor da promoção do par de ingressos que sorteei no início da semana já foi avisado por email). Mas antes do show de hoje à noite, Hooky bate um papo com fãs na Casa do Mancha, num evento promovido pelo British Council. Fui chamado para mediar o papo, que teve suas inscrições feitas a partir de perguntas enviadas para a organização (veja aqui se você vai participar). A boa é chegar cedo, tipo 13h, para não correr o risco de ficar de fora da Casinha. Nos vemos mais tarde?

Quem quer bater um papo com o Peter Hook?

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“Entre 15 e 20 vezes”, Peter Hook puxa pela memória, ao tentar lembrar-se de quantas vezes veio ao Brasil – seja com o New Order, o Revenge ou simplesmente discotecar. “Parecia bem mais selvagem naquela época”, diz ao lembrar-se dos anos 80, quando vieram pela primeira vez, “mas acho que é porque não estávamos acostumados. Sempre tivemos uma reação maravilhosa do público e tocamos para mais gente do que quando tocamos em casa, o que é estranho, mas não reclamo. Também passamos por alguns apuros, mas o quanto menos se falar sobre isso, melhor.”

O baixista fundador do Joy Division e do New Order vem mais uma vez ao Brasil com sua banda The Light no longevo projeto de tocar toda sua discografia ao vivo: começou com os discos do Joy Division em 2011 e emendou com os dois primeiros discos do New Order no ano passado. Dessa vez ele vem tocar a transição do rock para a música eletrônica, quando o grupo fundou a base para a cena indie dance que nasceu em Manchester no final dos anos 80. Lowlife e Brotherhood são o tema do show que ele apresenta sexta-feira no Clash. No mesmo dia ele bate um papo com fãs na Casa do Mancha, às duas tarde, e eu que vou intermediar essa conversa. Como as vagas são limitadas é preciso inscrever-se para participar da conversa e as instruções estão na página do evento do Facebook.

“Gravar Lowlife foi particularmente bom, pois ainda estávamos curtindo e nos divertindo”, lembra-se Peter, em entrevista por email. “No Brotherhood as coisas começaram a ficar mais fracionadas, especialmente a divisão entre as canções acústicas e eletrônicas. Não tocamos muitas o Brotherhood ao vivo, o que torna delicioso tocá-lo agora, tenho que dizer”. Ele gosta de ser visto como um roqueiro clássico (“mas prefiro o termo lenda viva, em especial na parte viva!”), mas escuta muita música nova, especialmente porque também discoteca. “Atualmente tenho ouvido muito Metronomy, The National, Tinie Tempah, Drake, Asap e Everything Everything.”

Tenho um par de ingressos para o show de sexta. Para concorrer é só dizer qual sua música favorita do New Order de um desses dois discos (Lowlife e Brotherhood) e explicar o porquê – além de deixar seu email para entrar em contato.

Peter Hook ensina o baixo de “Ceremony”, do New Order

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Um músico e seu instrumento.