Centro do Rock 2017: Meu Reino Não é Desse Mundo

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O projeto de anarcogospel do Negro Leo é a principal atração do showcase que o selo carioca Quintavant faz no CCSP neste sábado dentro da programação do Centro do Rock, que ainda tem shows do Thiago Nassif (que apresenta o disco Três, que gravou com Arto Lindsay) e do Lucas Pires (que apresenta o espetáculo Hot On N’Aldeia Global). Mais informações sobre os shows, que começam às 19h, aqui.

Negro Leo Chega em São Paulo – Parte 4

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“Pura adrenalina!”, assim Negro Leo define o final do processo iniciado há um mês no Centro da Terra, quando ele começou uma viagem quatro movimentos que chega ao fim nesta segunda-feira. Depois de duas noites burilando o formato canção e uma completamente free jazz, ele chega ao último dia rompendo barreiras entre a música, a performance, o cinema e o teatro, reunindo vários outros convidados além daqueles que havia mencionado anteriormente. Só quem for vai saber. Conversei com ele sobre esta última etapa.

Ao final da temporada, o que você pode dizer sobre todo este processo?
https://soundcloud.com/trabalhosujo/negro-leo-chega-em-sao-paulo-ao-final-da-temporada-o-que-voce-pode-dizer-sobre-todo-este-processo

Algo fugiu de controle ou aconteceu como você pensava que iria acontecer?
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Fale um pouco sobre o experimento da terceira noite.
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Como a quarta noite conversa com o resto da temporada?
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O que você pode adiantar sobre a última noite?
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A temporada termina em si mesma ou ela deve ter algum desdobramento?
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O que você descobriu sobre São Paulo durante este processo?
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Negro Leo Chega em São Paulo – Parte 3

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Chegamos à terceira noite de Negro Leo Chega em São Paulo e ele avisa que a partir desta segunda-feira as coisas vão ficar insanas. Se você não sabe o que é Negro Leo Chega em São Paulo, ele fala mais sobre isso aqui e aqui – e aqui tem mais informações sobre o show desta segunda no Centro da Terra.

São Paulo está mudando para você à medida em que você fazer essa série de shows em São Paulo?
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A segunda noite foi uma versão alternativa da primeira noite?
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A terceira noite pode seguir o mesmo rumo?
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Como que as dimensões do Centro da Terra favorecem esse tipo de composição?
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O quanto esse processo é ensaiado e o quanto ele é improvisado?
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Como criar em frente a uma plateia muda o processo de criação?
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O que esperar da terceira noite de Chega em São Paulo?
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Negro Leo Chega em São Paulo – Parte 2

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Negro Leo segue chegando. Na segunda noite de sua temporada no Centro da Terra, cuja curadoria é assinada por este que vos escreve, ele desce ainda mais nas profundezas da cidade, engrossando o caldo que começou a curar na semana passada. Como em todas as apresentações deste mês, não sabemos o que acontecerá durante o show, apenas os músicos que ele convidou para participar da temporada. São os mesmos? São outros? Alguém volta? Nunca acaba? Conversei com o Leo sobre o processo de encontro ao produto.

Quais suas impressões sobre a primeira noite no Centro da Terra?
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São músicas em processo ou sequer são músicas?
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Como Negro Leo Chega em São Paulo está sendo criado, como obra?
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Qual sua relação pessoal e musical com Dustan Gallas, Thomas Harres e Zé Nigro?
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O quanto a experiência dos quatro shows pode ser mais importante do que o produto fechado?
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São Paulo nunca acaba?
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Mais informações sobre o show no evento do Facebook.

Negro Leo Chega em São Paulo – Parte 1

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Negro Leo está sossegado em São Paulo – morando próximo ao Parque da Água Branca, ele acorda ao som de galos e galinhas mesmo estando próximo ao coração da besta de metal e concreto. Mas inquieto como sempre, inicia nesta segunda uma temporada em que quatro segundas-feiras transformam-se em sua obra de chegada à cidade. Negro Leo Chega em São Paulo começa a ser realizado hoje, a partir das 20h, no Centro da Terra, e pode contar com a participação dos seguintes convidados: Juliana Perdigão, Maria Beraldo Bastos, Jonathan Doll, Cibelle, Dustan Gallas, Zé Nigro, Thomas Harres, Ava Rocha, Rafael Montorfano, Dellani Lima, Filipe Nader, Ivan Gomes, Bruno Schiavo, Farme & Hixizine e Paulinho Fluxus. Só saberemos quando a noite começar. Conversei com ele sobre a expectativa para hoje e suas impressões sobre a cidade.

Qual é o som de São Paulo?
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E em termos visuais, como São Paulo lhe pareceu esteticamente?
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O que você gosta de ouvir na cidade?
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São Paulo é uma cidade fria?
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Como você compara a relação entre ricos e pobre do Rio e de São Paulo?
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O que esperar da primeira noite de Negro Leo Chega em São Paulo?
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Vida Fodona #554: Vida Fodona de resistência

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O único Vida Fodona de março de 2017.

!!! – “The One 2”
Spoon – “Whisperilllistentohearit”
Katy Perry – “Chained to the Rhythm (Hot Chip Remix)”
Bruno Mars – “24k Magic”
Dr. Dre – “Let Me Ride”
Mano Brown + Dom Pixote + Seu Jorge – “Dance Dance Dance”
Daryl Hall & John Oates – “I Can’t Go For That (No Can Do)”
Roxy Music – “Oh Yeah”
Paralamas do Sucesso – “Nebulosa do Amor”
Lorde – “Liability”
George Michael – “Careless Whisper”
Boogarins – “Olhos”
Feist – “Pleasure”
Velvet Underground + Nico – “All Tomorrow’s Parties”
Black Angels – “I’d Kill for Her”
Underworld – “Slow Slippy”
A Tribe Called Quest – “We the People”
Danny Brown – “White Lines”
Negro Léo – “O Céu dos Otários é Neutro”
Sambanzo – “Capadócia”
Sebadoh – “Vampire”
Giovani Cidreira – “Crimes da Terra”
Karina Buhr – “Esôfago”
Ney Matogrosso – “Freguês da Meia-Noite”

E aqui a versão do Spotify, com menos músicas:

Negro Leo chega em São Paulo

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Depois de uma temporada brilhante do Tatá Aeroplano para inaugurar e abençoar a música no Centro da Terra, é a vez de entrarmos em território desconhecido. O dono das segundas-feiras de abril é o instigante Negro Leo, que acaba de se mudar do Rio de Janeiro para cá com mulher e filha e usa o mote da chegada na cidade para construir esta obra aberta em quatro atos chamada Chega em São Paulo. São quatro noites entre o ruído e a melodia, a canção e a desconstrução, a música e o silêncio, em que ele convida nomes como Juliana Perdigão, Maria Beraldo Bastos, Jonathan Doll, Cibelle, Dustan Gallas, Zé Nigro, Thomas Harres, Ava Rocha, Rafael Montorfano, Dellani Lima, Filipe Nader, Ivan Gomes, Bruno Schiavo, Farme & Hixizine, Paulinho Fluxus e eventuais surpresas nos dias 3, 10, 17 e 24 de abril. Mas quem toca que dia? Quem toca o quê? Que músicas vamos ouvir? Vamos além da música? Teatro, performance, dança, cinema e luz – quais são os limites que traduzem as expectativas sobre a chegada de Negro Leo em São Paulo? Conversei com ele sobre esta temporada que começamos na semana que vem. Vem com a gente.

Conhecer São Paulo
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O cartaz da temporada no Centro da Terra
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A rotina em São Paulo
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O que é Chega em São Paulo
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Os 75 Melhores Discos de 2016 – 39) Negro Leo – Água Batizada

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Dissecando a canção.

Tudo Tanto #016: Um 2015 espetacular

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Na edição de janeiro da minha coluna na revista Caros Amigos, eu escrevi sobre o grande ano que foi 2015 para a música brasileira.

A consagração de 2015
O ano firmou toda uma safra de artistas que lançou discos que reverberarão pelos próximos anos

Alguma coisa aconteceu na música brasileira em 2015. Uma conjunção de fatores diferentes fez que vários artistas, cenas musicais, produtores e ouvintes se unissem para tornar públicos trabalhos de diferentes tempos de gestação que desembocaram coincidentemente neste mesmo período de doze meses e é fácil notar que esta produção terá um impacto duradouro pelos próximos anos. O melhor termômetro para estas transformações são os discos lançados durante este ano.

Os treze anos de espera do disco novo do Instituto, o terceiro disco pelo terceiro ano seguido do Bixiga 70, os seis anos de espera do disco novo do Cidadão Instigado, o disco que Emicida gravou na África, um disco que BNegão e seus Seletores de Frequência nem estavam pensando em fazer, o surgimento inesperado da carreira solo de Ava Rocha, o disco mais político de Siba, o espetacular segundo disco do grupo goiano Boogarins, os discos pop de Tulipa Ruiz e Barbara Eugênia, a década à espera do segundo disco solo de Black Alien, o majestoso disco primeiro disco de inéditas de Elza Soares, os quase seis anos de espera pelo disco novo do rapper Rodrigo Ogi, dos Supercordas e do grupo Letuce e um projeto paralelo de Mariana Aydar que tornou-se seu melhor disco. Mais que um ano de revelação de novos talentos (o que também aconteceu), 2015 marcou a consolidação de uma nova cara da música brasileira, bem típica desta década.

São álbuns lançados às dezenas, semanalmente, que deixam até o mais empenhado completista atordoado de tanta produção. É inevitável que entre as centenas de discos lançados no Brasil este ano haja uma enorme quantidade de material irrelevante, genérico, sem graça ou simplesmente ruim. Mas também impressiona a enorme quantidade de discos que são pelo menos bons – consigo citar quase uma centena sem me esforçar demais – e que foram feitos por artistas jovens, ainda buscando seu lugar no cenário, o que apenas é uma tradução desta que talvez seja a geração mais rica da música brasileira. A quantidade de produção – reflexo da qualidade das novas tecnologias tanto para gravação e divulgação dos trabalhos – não é mais meramente quantitativa. O salto de qualidade aos poucos vem acompanhando a curva de ascensão dos números de produção.

Outro diferencial desta nova geração é sua transversalidade. São músicos, compositores, intérpretes e produtores que atravessam diferentes gêneros, colaboram entre si, dialogam, trocam experiências. Não é apenas uma cena local, um encontro geográfico num bar, numa garagem, numa casa noturna, num apartamento. É uma troca constante de informações e ideias que, graças à internet, transforma os bastidores da vida de cada um em um imenso reality show divulgado pelas redes sociais, em clipes feitos para web, registros amadores de shows, MP3 inéditos, discussões e textões posts dos outros.

A lista de melhores discos que acompanha este texto não é, de forma alguma, uma lista definitiva, mesmo porque ela passa pelo meu recorte editorial, humano, que contempla uma série de fatores e dispensa outros. Qualquer outro observador da produção nacional pode criar uma lista de discos tão importantes e variada quanto estes 25 que separei no meu recorte. Dezenas de ótimos discos ficaram de fora, fora artistas que não chegaram a lançar discos de fato – e sim existem na internet apenas pelo registros dos outros de seus próprios trabalhos. E em qualquer recorte feito é inevitável perceber a teia de contatos e referências pessoais que todo artista cria hoje em dia. Poucos trabalham sozinhos ou num núcleo muito fechado. A maioria abre sua obra em movimento para parcerias, colaborações, participações especiais, duetos, jam sessions.

E não é uma panelinha. Não são poucos amigos que se conhecem faz tempo e podem se dar ao luxo de fazer isso por serem bem nascidos. É gente que vem de todos os extratos sociais e luta ferrenhamente para sobreviver fazendo apenas música. Gente que conhece cada vez mais gente que está do seu lado – e quer materializar essa aliança num palco, numa faixa, num mesmo momento. Esse é o diferencial desta geração: ela vai lá e faz.

Desligue o rádio e a TV para procurar o que há de melhor na música brasileira deste ano.

Ava Rocha – Ava Patrya Yndia Yracema
BNegão e os Seletores de Frequência – TransmutAção
Barbara Eugênia – Frou Frou
Bixiga 70 – III
Boogarins – Manual ou Guia Prático de Livre Dissolução de Sonhos
Cidadão Instigado – Fortaleza
Diogo Strauss – Spectrum
Elza Soares – Mulher do Fim do Mundo
Emicida – Sobre Crianças, Quadris, Pesadelos e Lições de Casa
Guizado – O Vôo do Dragão
Ian Ramil – Derivacivilização
Instituto – Violar
Juçara Marçal & Cadu Tenório – Anganga
Juçara Marçal, Kiko Dinucci e Thomas Harres – Abismu
Karina Buhr – Selvática
Letuce – Estilhaça
Mariana Aydar – Pedaço Duma Asa
Negro Leo – Niños Heroes
Passo Torto e Ná Ozzeti – Thiago França
Rodrigo Campos – Conversas com Toshiro
Rodrigo Ogi – Rá!
Siba – De Baile Solto
Space Charanga – R.A.N.
Supercordas – A Terceira Terra
Tulipa Ruiz – Dancê

Os 75 melhores discos de 2015: 21) Negro Leo – Niños Heroes

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Black future.